
Heleno tamb�m negou que tivesse participado da reuni�o narrada pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid � Pol�cia Federal em que Bolsonaro teria discutido um golpe de Estado com ministros militares e comandantes das For�as Armadas.
"Nunca ouvi falar na minuta de GLO, minuta do golpe. O presidente da Rep�blica disse, v�rias vezes, que jogaria dentro das quatro linhas, e n�o era minha miss�o convencer o presidente a sair das quatro linhas. Pelo contr�rio", afirmou Heleno.
Outro documento localizado pela PF no celular de Cid decretava Estado de S�tio e GLO (Garantia da Lei e da Ordem). Em dela��o premiada, o ex-ajudante de ordens citou ainda uma minuta entregue pelo ex-assessor Filipe Martins para convocar novas elei��es e prender advers�rios.
Heleno foi aplaudido ao ser questionado pela relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), sobre a declara��o dada a manifestantes no final do ano passado de que "bandido n�o sobe a rampa". Sem citar Lula, o ex-ministro disse que continua achando isso "at� hoje".
No depoimento desta ter�a, o general tamb�m rebateu GDias, ex-ministro do GSI (Gabinete de Seguran�a Institucional) de Lula, e afirmou � comiss�o que houve transi��o entre os dois governos e "nada ficou sob o tapete".
Em mais de uma ocasi�o, Gon�alves Dias afirmou que n�o houve transi��o entre as duas pastas e que confiou no ex-n�mero dois de Heleno, general Penteado. O ex-ministro de Bolsonaro disse que GDias teve "liberdade para conversar com quem quisesse" e fazer as trocas necess�rias.
"[GDias] teve a liberdade de conversar com quem quisesse, de estabelecer quem ele queria manter no GSI. Teve absoluta liberdade de fazer as trocas que julgasse necess�rias", disse Heleno, ressaltando que deixou claro ao sucessor os 80 cargos de confian�a que teria � disposi��o.
"Tenho plena consci�ncia de que ele recebeu todos os dados para come�ar seu trabalho nas melhores condi��es poss�veis", completou, destacando que GDias participou de tr�s palestras sobre a pasta, uma delas ao lado de Aloizio Mercadante.
O ministro Cristiano Zanin, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que o general deveria comparecer � CPI do 8 de janeiro, mas poderia ficar em sil�ncio para n�o produzir provas contra si mesmo. Heleno sinalizou que, mesmo assim, vai responder as perguntas.
Em junho, em depoimento � CPI da C�mara Legislativa do Distrito Federal, Heleno afirmou que os ataques �s sedes dos tr�s Poderes em 8 de janeiro n�o foram uma tentativa de golpe contra a democracia. Em um esfor�o para blindar Bolsonaro, o general disse que n�o havia planejamento nem l�der.