
O escoc�s Malcolm Brown achou que estava apenas desidratado quando suas pernas pararam de funcionar ap�s uma intoxica��o alimentar durante um feriado na Turquia.
Mas quando suas m�os e bra�os tamb�m ficaram dormentes e sua vis�o turva, ele soube que havia algo muito errado com ele.
Brown ent�o ficou completamente paralisado do pesco�o para baixo.
O engenheiro aposentado foi levado a um hospital em Edimburgo, onde foi diagnosticado com s�ndrome de Guillain-Barr�, uma rara doen�a auto-imune.
Ele falou com a BBC de sua cama de hospital usando viva voz, porque ele n�o pode segurar um telefone.
Malcolm, que tem 71 anos, e sua esposa Janis voaram para a Turquia para um feriado de duas semanas em Kusadasi, no oeste do pa�s, em 19 de setembro do ano passado.

No entanto, Malcolm teve uma intoxica��o alimentar e passou uma semana de cama.
O casal acredita que a causa foi um queijo que compraram no supermercado.Malcolm adoeceu depois de comer o queijo, mas Janis n�o havia comido nada. Um amigo que comeu o queijo no dia seguinte tamb�m sofreu uma intoxica��o alimentar.
Quando voltaram para Edimburgo, Malcolm come�ou a "se sentir esquisito", com formigamento nos dedos e pernas fracas.
"Eu sa� do carro, ca� de costas na garagem e n�o consegui me levantar", disse ele.
"Janis conseguiu me virar e eu rastejei de bru�os. Ent�o n�o consegui colocar a roupa e Janis teve que me vestir."
"Eu n�o conseguia levar uma colher � boca ou segurar uma chaleira, e foi a� que pensei que era algo mais do que desidrata��o. Eu estava me deteriorando rapidamente e era assustador n�o saber o que havia de errado."

Malcolm disse que um dia ele estava em forma e ativo, e no dia seguinte n�o conseguia fazer nada.
"Nunca pensei que algo pudesse fazer isso comigo", disse ele. "A parte mais dif�cil foi aceitar a ajuda da equipe do hospital e da Janis. N�o quero ser um fardo para a Janis."
"Ela acabou de passar 10 anos cuidando de seus pais, ent�o n�o quero que ela tenha outro inv�lido. N�o estou preocupado comigo mesmo, � ficar dependendo de Janis que me preocupa."
Janis disse que era "horr�vel" ver Malcolm paralisado do pesco�o para baixo.
"Ele simplesmente ca�a como um beb� gigante indefeso e teria que ser i�ado para fora da cama", disse ela. "Nossas duas filhas n�o tiveram permiss�o para v�-lo por quase nove meses. Foi um pesadelo. N�o pude ver Malcolm por cinco meses no Natal devido �s restri��es de covid."

Janis entrou em contato com a Gain, ONG dedicada a ajudar pessoas afetadas pela s�ndrome de Guillain-Barr�, para saber se ela poderia comprar alguma tecnologia que permitisse ao marido fazer liga��es sem usar as m�os.
"Foi quando eles se ofereceram para pagar um sistema de ativa��o por voz".
"Eu acabei pagando do meu pr�prio bolso, mas isso me fez pensar que � �timo que uma ONG consiga pagar por coisas assim para ajudar as pessoas, ent�o eu quis arrecadar dinheiro para ela."
Como resultado, Janis, de 69 anos, est� correndo 874 milhas (1.406 km) — para levantar recursos para Gain.
A condi��o de Malcolm significa que seu sistema imunol�gico est� atacando seu pr�prio sistema nervoso.
O sistema imunol�gico normalmente ataca quaisquer germes que entrem em nosso corpo, mas em pessoas com s�ndrome de Guillain-Barr� algo errado acontece e o sistema nervoso acaba sendo alvo desse ataque.
N�o est� claro por que isso acontece, mas a condi��o geralmente surge ap�s uma infec��o das vias respirat�rias, como uma gripe, ou uma infec��o do sistema digestivo, como uma intoxica��o alimentar ou um problema estomacal.
Os m�dicos disseram que, embora n�o esteja clara a extens�o dos danos ao sistema nervoso de Malcolm, ele poderia ser reparado entre 12 e 18 meses. Os nervos crescem um mil�metro por dia.

Malcolm melhorou e agora consegue ficar de p� e sentar em uma cadeira de rodas.
"Ainda n�o consigo mover meus pulsos, ent�o minhas m�os caem nas pontas dos meus bra�os", disse ele.
"N�o pensei que demoraria tanto para me recuperar, mas sou uma pessoa positiva e n�o me senti deprimido ou com pena de mim mesmo."
Malcolm ainda precisa de ajuda para comer e com a higiene pessoal, mas diz que "compartimentalizou" sua vida.
"Estou aceitando que n�o posso fazer nada enquanto estiver no hospital e, com uma certa dose de otimismo, sei que vou melhorar", disse ele.
"Penso �s vezes que se tivesse apenas pegado um pacote diferente de queijo, n�o estaria aqui, mas voc� tem que aceitar as coisas como elas s�o."
Sua fam�lia espera que ele possa voltar para casa no m�s que vem, assim que uma rampa para cadeiras de rodas for instalada em sua resid�ncia.
Antes de ficar paralisado, Malcolm jogava golfe tr�s vezes por semana.
Ele diz: "Posso nunca voltar a ser t�o ativo como era, mas nunca vou parar de tentar melhorar e n�o vou desistir."
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