
"A intelig�ncia artificial, muito aplicada na medicina atualmente, possibilita a cria��o de padr�es cl�nicos para determinar o melhor medicamento em cada caso"
Mariana Peixoto, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia
O avan�o cient�fico em tratamentos imunomoduladores mudou completamente a perspectiva das pessoas com doen�as reum�ticas completamente. At� ent�o, quando uma pessoa era diagnosticada com reumatismo, j� sabia que sua vida mudaria para sempre, pois a aus�ncia de medicamentos eficazes a ‘condenava’ a um cotidiano de priva��es e sequelas.
Esses e outros temas ser�o debatidos em BH, durante a XIII Jornada Mineira de Reumatologia, que acontece nos dias 24 e 25 deste m�s. O objetivo � apresentar tratamentos que proporcionem uma vida normal ao paciente com reumatismo, no que se refere ao trabalho, fam�lia e pr�tica esportiva, entre outras a��es, focando o controle da enfermidade.
A jornada � promovida pela Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR). De acordo com a presidente da entidade, Mariana Peixoto, o tema desta edi��o � a “Reumatologia e o Futuro”, abordando as novidades em medicamentos e evolu��o em estudos para tratar as mais de 120 patologias integrantes desse grupo.
“A intelig�ncia artificial, muito aplicada na medicina atualmente, possibilita a cria��o de padr�es cl�nicos para determinar o melhor medicamento em cada caso. A inova��o propicia encontrar aquele paciente com maior chance de ficar em remiss�o da doen�a sem tratamento medicamentoso e, at�, auxiliar na identifica��o de quem apresenta maior possibilidade para desenvolver uma doen�a reumatol�gica, visando preveni-la”, afirma.
Sem dores
As doen�as reum�ticas provocam dor ao comprometerem o sistema m�sculo-esquel�tico e a maioria n�o tem cura, acometendo estruturas como articula��es, ossos, cartilagens, m�sculos, tend�es e ligamentos.Algumas delas ainda podem atingir outros �rg�os, como rins, cora��o, pulm�es, olhos, pele e at� o intestino. A evolu��o terap�utica contribui para que uma parcela cada vez maior dos 12 milh�es de brasileiros com uma dessas patologias, conforme o Minist�rio da Sa�de, possa levar uma vida normal e sem dores, minimizando ainda o risco de incapacidade f�sica.
Mariana explica que existe uma predisposi��o gen�tica para essas doen�as, mas a causa ainda n�o foi identificada. Alguns v�rus e bact�rias podem provocar um desequil�brio no sistema imunol�gico e ser o gatilho. “Os novos medicamentos direcionados a diferentes alvos terap�uticos, como os inibidores de JAK, bloqueadores de interleucinas, moduladores da cascata do complemento, entre outros, possibilitam tratar artrite reumatoide, artrite psori�sica, espondilite anquilosante, l�pus, vasculites e osteoporose com alta efic�cia e menor efeito colateral”, explica.
Componentes biol�gicos s�o a bola da vez
Os principais tratamentos dispon�veis s�o os imunobiol�gicos. A mudan�a s�o os novos componentes biol�gicos, mol�culas vivas criadas por engenharia gen�tica a partir de micro-organismos, mas com constitui��o cada vez mais pr�xima da mol�cula humana, permitindo tratar as patologias por longo prazo com menor impacto para o paciente.
A inova��o revolucionou a reumatologia enquanto especialidade m�dica, permitindo “desligar” a doen�a e prevenir deformidades. No caso do Brasil, h� imunobiol�gicos para artrite reumatoide, l�pus, vasculites, espondiloartrites, espondilite anquilosante, artrite psori�sica, osteoporose e artrite idiop�tica juvenil, entre outras.
A imunoterapia � o tratamento da doen�a induzindo controle da resposta imunol�gica. Um imunomodulador faz ajustes em algum aspecto do sistema imunol�gico, aumentando ou diminuindo uma citocina espec�fica ou a forma que a c�lula se comporta. A atividade e a efici�ncia desse sistema podem ser influenciadas por fatores ex�genos e end�genos, levando � imunossupress�o ou imunoestimula��o.
J�, a imunossupress�o � uma redu��o da ativa��o ou efic�cia do sistema imunol�gico, ou seja, � um tipo de tratamento redutor do est�mulo do sistema imunol�gico de atacar c�lulas saud�veis. Todas as medica��es, tanto imunomoduladoras como imunossupressoras s�o op��es dispon�veis, com a indica��o dependendo do tipo de doen�a, manifesta��o e perfil do paciente.