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Estado de Minas COVID-19

Os principais sintomas de COVID em quem tomou duas ou mais doses de vacina

Inc�modos t�picos da infec��o pelo coronav�rus podem variar de acordo com o n�vel de imunidade de cada um, aponta levantamento feito no Reino Unido


23/06/2022 09:19 - atualizado 23/06/2022 09:19

Mulher limpando o nariz com lenço
Com o passar da pandemia e o avan�o da vacina��o, sintomas mais comuns de COVID ficaram menos graves (foto: Getty Images)


Nariz escorrendo, dor de cabe�a, espirros, dor de garganta e tosse persistente. Esses s�o os cinco sintomas mais comuns entre as pessoas que tiveram COVID ap�s tomarem duas ou mais doses de vacina.

J� nos indiv�duos que n�o foram imunizados, os inc�modos mais frequentes da doen�a s�o, em ordem decrescente, dor de cabe�a, dor de garganta, nariz escorrendo, febre e tosse persistente.

Esses achados v�m de um acompanhamento feito h� mais de dois anos no Reino Unido atrav�s de um aplicativo criado pela empresa de tecnologia Zoe.

Os dados s�o analisados em parceria com pesquisadores do King's College, universidade localizada em Londres, com apoio do NHS, o sistema de sa�de p�blica do pa�s.

Os mais de 4,7 milh�es de usu�rios cadastrados na plataforma online precisam apenas reportar os sintomas que sentem quando testam positivo para COVID.

A partir da�, os especialistas analisam todas essas informa��es e montam uma esp�cie de ranking dos sintomas mais corriqueiros, que mudaram consideravelmente ao longo das semanas e meses de pandemia.

Leia tamb�m:  4ª onda de COVID: como se proteger diante de aumento de casos no Brasi.

O trabalho, que at� mar�o de 2022 recebia financiamento do governo do Reino Unido, foi fundamental para identificar com rapidez alguns dos inc�modos menos esperados da COVID, como a perda de olfato e paladar.

Confira a seguir os sintomas mais frequentes da doen�a de acordo com a quantidade de doses de vacina aplicadas.

Mudan�a t�nue, mas relevante

Entre as pessoas que tomaram ao menos duas doses de vacina, os sintomas de covid mais comuns s�o:

  1. Nariz escorrendo
  2. Dor de cabe�a
  3. Espirros
  4. Dor de garganta
  5. Tosse persistente

J� entre aqueles n�o tomaram nenhuma dose, o top 5 sofre algumas mudan�as:

  1. Dor de cabe�a
  2. Dor de garganta
  3. Nariz escorrendo
  4. Febre
  5. Tosse persistente

A principal diferen�a � a presen�a da febre entre aqueles que n�o foram vacinados, o que indica um quadro mais grave. Eles tamb�m relatam mais dor de cabe�a e dor de garganta em compara��o com aqueles que tomaram duas ou mais doses do imunizante.


Vacina
Vacina��o � a principal forma de evitar as complica��es mais graves da COVID (foto: Getty)

"Existem algumas raz�es para explicar essa mudan�a, como o fato de que indiv�duos vacinados t�m sintomas menos severos", analisam os respons�veis pelo experimento, em numa publica��o feita no site oficial do aplicativo Zoe em 25 de abril.

"Tamb�m precisamos considerar que um volume maior de casos � reportado nos indiv�duos mais jovens, que apresentam sintomas diferentes e menos graves", complementam.

Os autores ponderam que o ranking de sintomas ï¿½ baseado apenas nas informa��es compartilhadas dentro do aplicativo. Isso, portanto, n�o leva em conta a circula��o de variantes espec�ficas do coronav�rus.

E vale lembrar tamb�m que os sintomas de COVID podem variar bastante. A lista completa das manifesta��es t�picas da doen�a, de acordo com o servi�o de sa�de p�blica do Reino Unido, inclui:

  • Febre
  • Calafrio
  • Tosse persistente
  • Perda ou mudan�a de olfato
  • Perda ou mudan�a de paladar
  • Dificuldade para respirar
  • Cansa�o ou exaust�o
  • Dor no corpo
  • Dor de cabe�a
  • Dor de garganta
  • Nariz entupido ou escorrendo
  • Perda de apetite
  • Diarreia
  • Se sentir mal, com n�usea e enjoo

O que devo fazer se estiver com sintomas de COVID?

De acordo com autoridades nacionais e internacionais, se voc� apresentar um ou mais dos sinais t�picos da infec��o pelo coronav�rus, o primeiro passo � ficar em casa e restringir a intera��o com outras pessoas.

Isso � ainda mais importante se voc� tem contato com indiv�duos vulner�veis �s complica��es da covid, como idosos ou pacientes com o sistema imunol�gico comprometido.

Nesse contexto, outro passo importante � fazer um teste para confirmar ou descartar a doen�a.

Al�m do RT-PCR, que � considerado o principal e mais confi�vel m�todo de diagn�stico, � poss�vel encontrar testes r�pidos de ant�geno em farm�cias e laborat�rios espalhados pelo pa�s.

Caso o resultado seja mesmo positivo, � importante seguir em isolamento por cinco a sete dias.

Se os inc�modos melhorarem depois desse tempo, � poss�vel retomar a rotina. Agora, se eles piorarem (ou aparecerem outros mais graves, como falta de ar), � importante buscar um pronto-socorro.


Mulher fazendo teste de covid
Os testes que detectam a COVID analisam a saliva ou as c�lulas da garganta atr�s de evid�ncias da presen�a do coronav�rus (foto: Getty Images)


Essas informa��es s�o particularmente relevantes agora, em um momento em que o Brasil apresenta uma nova subida de casos de covid: de acordo com o Conselho Nacional de Secret�rios da Sa�de (Conass), a m�dia m�vel di�ria de novas infec��es est� em 39,8 mil. H� um m�s, em 20 de maio, essa taxa estava em 13,7 mil.

Ficar atento aos sintomas — e como eles podem variar de acordo com a quantidade de vacinas aplicadas — tamb�m � importante para o contexto brasileiro. At� o momento, 78% da popula��o do pa�s tomou as duas doses do esquema inicial e 48% receberam o refor�o.

Por que vacinados pegam covid?

As vacinas contra a COVID dispon�veis atualmente foram desenvolvidas com um prop�sito principal: diminuir o risco de desenvolver as complica��es mais graves da doen�a, relacionadas � hospitaliza��o, intuba��o e morte.

Independentemente do tipo de tecnologia usada, as vacinas t�m um objetivo principal: fazer com que nosso sistema imune seja exposto com seguran�a a um v�rus ou a uma bact�ria (ou pedacinhos espec�ficos deles).

A partir desse primeiro contato, que n�o vai prejudicar a sa�de, nossas c�lulas de defesa geram uma resposta, capaz de deixar o organismo preparado caso o agente infeccioso de verdade resolva aparecer.

Acontece que esse processo imunol�gico � extremamente complicado e envolve um enorme batalh�o de c�lulas e anticorpos. A resposta imune, portanto, pode variar consideravelmente segundo o tipo de v�rus, a capacidade de muta��es que ele tem, a forma como � desenvolvida a vacina, as condi��es de sa�de da pessoa…

No meio de todos esses processos, portanto, � muito dif�cil desenvolver um imunizante que seja capaz de evitar a infec��o em si, ou seja, bloquear a entrada do causador da doen�a nas nossas c�lulas.

Mas a� vem um ponto muito importante: mesmo nos casos em que a vacina n�o consegue prevenir a infec��o, muitas vezes a resposta imune criada a partir dali pode tornar os sintomas menos graves nas pessoas que foram imunizadas, prevenindo assim doen�as mais severas e �bitos.

Isso ocorre, por exemplo, com as vacinas contra o rotav�rus e a gripe: quem as toma pode at� se infectar, mas o risco de desenvolver formas mais graves dessas doen�as � reduzido consideravelmente.

E � exatamente esse mesmo fen�meno que observamos agora com a covid-19: ainda que os imunizantes dispon�veis n�o sejam capazes de barrar novas ondas de casos, eles est�o funcionando muito bem para impedir o agravamento da maioria das infec��es.

Prova disso s�o as ondas mais recentes que ocorreram entre o final de 2021 e o in�cio de 2022, relacionadas com o espalhamento da variante �micron: embora muitos pa�ses tenham batido recordes absolutos de casos, a taxa de interna��es e mortes nesses lugares foi significativamente menor em rela��o a momentos anteriores da pandemia.

Um estudo do Centro de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC) dos Estados Unidos publicado em mar�o calculou o tamanho dessa prote��o. Os dados revelam que adultos que tomaram tr�s doses de vacina contra a covid tem um risco 94% menor de precisar de interna��o, ventila��o mec�nica ou morrer, quando comparados �queles que n�o se imunizaram.

Uma terceira evid�ncia desse efeito protetor vem do pr�prio acompanhamento feito pela Zoe e pelo King's College, mencionado no in�cio desta reportagem.

Sintomas graves da covid, como dificuldade para respirar e febre alta, eram bem mais frequentes no in�cio da pandemia, quando as vacinas ainda n�o estavam dispon�veis.

Com as ondas de casos e, principalmente, a aplica��o das doses em boa parte da popula��o, essas manifesta��es despencaram no ranking, e foram aos poucos substitu�das no topo dos relatos por inc�modos relativamente mais leves, como nariz escorrendo, dor de cabe�a e espirros.

Do ponto de vista pr�tico, em indiv�duos vacinados com duas ou mais doses, o coronav�rus at� consegue invadir as c�lulas da boca, do nariz e da garganta, onde vai causar aqueles sintomas t�picos de um resfriado.

Felizmente, na maioria desses casos, o sistema imune logo � ativado e impede a progress�o do pat�geno para os pulm�es e para o resto do corpo, onde ele causaria falta de ar, febre, inflama��o e outros desdobramentos mais s�rios.

Atualmente, o Minist�rio da Sa�de recomenda uma quarta dose da vacina contra a covid para quem tem mais de 40 anos ou para quem apresenta algum problema imunol�gico.

Para indiv�duos de 13 a 49 anos, s�o preconizadas tr�s doses. Para crian�as de 5 a 11 anos, o esquema inicial com duas doses continua a ser indicado.

'Este texto foi originalmente publicado https://www.bbc.com/portuguese/geral-61783065'

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