
O psic�logo afirma que, assim como a emo��o do medo, a ansiedade � uma resposta de luta e fuga do organismo em que o c�rebro comanda a libera��o de mais adrenalina, levando o cora��o a palpitar mais forte, a press�o sangu�nea aumentar e outras altera��es no organismo para que as pessoas tenham energia necess�ria para enfrentar ou fugir de um perigo e amea�a futura. "Algo similar acorre quando experimentamos a emo��o de medo, mas, diferentemente da ansiedade, ele � experimentado diante de uma amea�a do presente".
Nem toda ansiedade � patol�gica
Mauro Felix avisa que, mesmo n�o sendo uma experi�ncia agrad�vel para a maioria das pessoas, � poss�vel afirmar que nem toda ansiedade vivida � patol�gica, mas assim um benef�cio. "Por exemplo, sentir-se ansioso ao fazer uma prova pode nos ajudar a nos prepararmos mais para ela e fazer com que tenhamos resultados mais positivos."
O grande problema, alerta o psic�logo, � quando a ansiedade est� desregulada e toca a todo tempo, capturando amea�as irreais, como a folha da �rvore que cai no ch�o, a bola que quica no quintal ou o cachorro do vizinho que late. "Quando o c�rebro come�a a perceber perigos e amea�as onde n�o h�, liberando alarmes intensos, prolongados e desproporcionais � causa, a ansiedade deixa de ser positiva e passa a ser patol�gica, gerando problemas para a vida".
Conforme Mauro Felix, � chamado de transtorno de ansiedade este estado patol�gico que tem impactos negativos na vida do indiv�duo, podendo gerar em algum n�vel sintomas cognitivos como receio de perder o controle ou ter algum dano na vida, sintomas emocionais como ficar nervoso, assustado ou apreensivo e sintomas comportamentais como agita��o f�sica ou evita��o de situa��es amea�adoras. "Esses sintomas, quando manifestados de forma aguda, intensa, prolongada e desproporcional � realidade, geram estados de sofrimento e improdutividade no sujeito."
Por n�o existir uma divis�o clara do que pode ser entendido como uma ansiedade normal ou patol�gica, o diagn�stico feito por um especialista � fundamental.
"Em caso de transtornos de ansiedade, o diagn�stico tamb�m servir� para identificar o tipo que est� acometendo o sujeito. De acordo com a vers�o mais atual do Manual Estat�stico de Transtornos Mentais (DSM), os transtornos de ansiedade podem ser classificados em sete tipos, o que torna o diagn�stico correto important�ssimo para que o tratamento possa ser adequado e gerar efeitos positivos", enfatiza o especialista.
"Em caso de transtornos de ansiedade, o diagn�stico tamb�m servir� para identificar o tipo que est� acometendo o sujeito. De acordo com a vers�o mais atual do Manual Estat�stico de Transtornos Mentais (DSM), os transtornos de ansiedade podem ser classificados em sete tipos, o que torna o diagn�stico correto important�ssimo para que o tratamento possa ser adequado e gerar efeitos positivos", enfatiza o especialista.
Intensidade e tempo do quadro de ansiedade

Mauro Felix diz que as pessoas que sofrem de algum tipo de transtorno de ansiedade devem procurar um tratamento especializado de acordo com a intensidade e tempo de como os sintomas est�o se manifestando. "Mesmo sendo importante o tratamento para revers�o do quadro, somente um ter�o das pessoas que sofrem de ansiedade procura tratamento adequado com a ajuda de um profissional especializado."
"Al�m da ajuda profissional de um m�dico psiquiatra e de um psic�logo, recomenda-se a pessoas que sofram de algum tipo de ansiedade patol�gica a inclus�o de novos h�bitos na rotina. Por mais que em alguns casos a terapia medicamentosa seja necess�ria. Mas o medicamento por si s� n�o ser� capaz de trazer efeitos significativos para mudan�a do quadro patol�gico, tendo o sujeito que fazer outras a��es", destaca o psic�logo.
Leia tamb�m: O que � a ansiedade e como ela se diferencia da depress�o.
Mauro Feliz pontua que esse processo � similar a uma pessoa que deseja ganhar massa muscular e resolve ingerir diariamente suplementos de prote�na para ter mais facilidade de ganhar m�sculos. "Mesmo que estes suplementos tenham sido recomendados e o uso acompanhado por um profissional especializado, se associado a eles n�o houver a pr�tica de treinos f�sicos adequados, a simples ingest�o do suplemento alimentar n�o ter� efeitos para o crescimento dos m�sculos. Da mesma forma ocorre com a terapia medicamentosa. Ela facilitar� o treino agindo no c�rebro para desligar o circuito da ansiedade para que a pessoa esteja pronta para desenvolver novas habilidades, mas n�o tratar� o quadro por si s�", alerta.
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Mauro Feliz pontua que esse processo � similar a uma pessoa que deseja ganhar massa muscular e resolve ingerir diariamente suplementos de prote�na para ter mais facilidade de ganhar m�sculos. "Mesmo que estes suplementos tenham sido recomendados e o uso acompanhado por um profissional especializado, se associado a eles n�o houver a pr�tica de treinos f�sicos adequados, a simples ingest�o do suplemento alimentar n�o ter� efeitos para o crescimento dos m�sculos. Da mesma forma ocorre com a terapia medicamentosa. Ela facilitar� o treino agindo no c�rebro para desligar o circuito da ansiedade para que a pessoa esteja pronta para desenvolver novas habilidades, mas n�o tratar� o quadro por si s�", alerta.
Estrat�gias: atividade f�sica, mindfulness e mudan�a de h�bitos alimentares

Neste sentido, o psic�logo destaca que � importante incluir como estrat�gias para mudan�a do quadro de ansiedade patol�gica tratamentos complementares � psicoterapia e a terapia medicamentosa, como a pr�tica de exerc�cios f�sicos aer�bicos, mudan�a de h�bitos alimentares e mindfulness.
"H� evid�ncias cient�ficas que comprovam o quanto uma caminhada de 30 minutos, tr�s vezes na semana, depois de 16 semanas tem a mesma efic�cia que alguns medicamentos. J� o mindfulness atua na preven��o e na melhora da aten��o e foco, que costumam estar comprometidos em casos de ansiedade patol�gica, pois tira o sujeito do circuito autom�tico, trazendo-o para se conectar com o presente", sugere o psic�logo.
Por fim, no campo da alimenta��o, Mauro Felix recomenda: "A ingest�o de �gua, pois o c�rebro � composto por mais de 90% de �gua; carboidratos complexos (integrais), pois eles mant�m o n�vel de glicemia mais est�vel durante o dia, evitando o pico; inserir na dieta o magn�sio (espinafre, legumes e nozes), zinco (ostras, gema de ovo e castanha de caju), probi�ticos (iogurtes e picles) e aspargos."
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E, de acordo com o psic�logo, deve-se evitar "grandes quantidades de caf�, pois aumenta os n�veis de dopamina e de �lcool, que na hora pode at� diminuir a ansiedade, mas tem um efeito rebote no dia seguinte. N�o pular refei��es, j� que o jejum leva a uma diminui��o da glicose e o aumento da adrenalina. Ter um caf� da manh� rico em prote�na (abacate, ovos, iogurtes com lactobacilos, misturado com granola e aveia) tamb�m ajuda no combate e preven��o de quadros patog�nicos de ansiedade."