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Estado de Minas HORM�NIOS

Supress�o menstrual pode ser aliada para a qualidade de vida da mulher

Para muitas mulheres, a supress�o da menstrua��o, que significa interromper a menstrua��o, ainda � um assunto que envolve alguns tabus


05/07/2022 12:25

Mulher com roupas íntimas segura flor vermelha
(foto: Cottonbro/Pexels)

C�licas, dor de cabe�a, irritabilidade, incha�o e dor nas mamas, mudan�as de humor. A menstrua��o � um per�odo que costuma causar desconforto para as mulheres. S�o esses alguns dos sintomas que acompanham o ciclo menstrual que, normalmente, ocorre no intervalo de 28 a 30 dias, e que consiste no espa�o de tempo entre uma menstrua��o e outra, parte do processo reprodutivo da mulher.

� durante o ciclo menstrual que o corpo se prepara para a gravidez. A menstrua��o corresponde ao processo de descama��o do endom�trio (membrana interna do �tero) quando n�o h� a fecunda��o do �vulo pelo espermatozoide. A camada espessa, formada durante o per�odo de prepara��o da gesta��o, desprende-se da parede uterina, ocasionando o sangramento.

� ainda nessa fase que ocorrem importantes mudan�as no organismo feminino, devido �s oscila��es hormonais. Para o professor doutor em ginecologia e titular da Academia Mineira de Medicina, Walter Pace, os horm�nios trazem, muitas vezes, uma s�rie de manifesta��es cl�nicas que podem propiciar altera��es emocionais. "Como os horm�nios v�o mudando durante o m�s, os n�veis aumentam e diminuem, o que faz com que haja altern�ncia de comportamento da mulher e de sensibilidade a esses horm�nios", afirma Pace.

Esse � um dos fatores que tem incentivado mulheres a buscar tratamento para suspender a menstrua��o, pois o bloqueio do ciclo menstrual favorece o equil�brio no comportamento feminino que, naturalmente, � afetado por conta de intensas varia��es hormonais que ocorrem desde a fase ovulat�ria at� o per�odo pr�-menstrual.

Os benef�cios da supress�o menstrual para a sa�de da mulher

Para muitas mulheres, a supress�o da menstrua��o, que significa interromper a menstrua��o, ainda � um assunto que envolve alguns tabus. Resist�ncia associada a fatores culturais e a falta de informa��o podem influenciar na decis�o da mulher de bloquear ou n�o a menstrua��o, mesmo quando surgem sintomas que interferem na qualidade de vida.

O tema ganhou notoriedade no Brasil e no mundo a partir dos estudos de Elsimar Coutinho, professor doutor em ginecologia e cientista renomado, que defendeu a ideia de que a menstrua��o � um sangramento desnecess�rio ou in�til, tamb�m revelando como a supress�o menstrual pode contribuir para a sa�de das mulheres.

Leia mais: C�ncer de c�lon: como reconhecer sintomas e sinais nas fezes

Manter a estabilidade em rela��o ao n�vel de horm�nios no organismo � uma das principais vantagens da supress�o menstrual e que colabora, sobretudo, para minimizar impactos do ponto de vista comportamental. A menstrua��o tamb�m pode causar problemas de sa�de quando o sangramento ocorre em excesso - nesses casos n�o � raro o surgimento de anemias e doen�as infecciosas.

Existe uma s�rie de doen�as que s�o horm�nio dependentes, ou seja, quando n�o h� o equil�brio dos horm�nios podem ficar mais prevalentes ou evolu�rem mais rapidamente, principalmente o estrog�nio, que estimula a forma��o e o agravamento de doen�as, tais como endometriose, miomatose, hiperplasia doen�as de mama, entre outras.

A supress�o menstrual deve ser indicada nos casos em que a mulher apresenta sintomas que inviabilizam ou pioram a sua qualidade de vida, a exemplo de sangramento excessivo, tens�o pr�-menstrual (TPM), oscila��es significativas de humor e as doen�as horm�nio dependentes.

Walter Pace explica que suspender a menstrua��o n�o tem correla��o com preju�zos � sa�de da mulher. Ao contr�rio, interromper esse processo pode prevenir doen�as que prevalecem quando as mulheres menstruam. Al�m disso, diferente do que muitas pessoas pensam, n�o interfere na fertilidade da mulher, e, em algumas situa��es, protege.

Quais s�o os m�todos para interromper a menstrua��o?

H� muitas formas de suspender a menstrua��o. A mais conhecida � por meio da utiliza��o de p�lulas anticoncepcionais. Em muitos casos, as mulheres recorrem a esse tratamento com o intuito de se livrar dos sintomas caracter�sticos dessa fase, com as c�licas e a TPM. No entanto, tamb�m h� situa��es em que a supress�o menstrual � indicada com o prop�sito de reduzir os riscos de doen�as horm�nio dependentes mais graves, como por exemplo, a endometriose, o c�ncer de �tero e de ov�rio.

Hoje existem in�meras alternativas medicamentosas capazes de diminuir os efeitos colaterais proporcionado pelo uso di�rio das p�lulas. Os mais eficazes s�o os implantes hormonais e o DIU, que possuem medicamentos que n�o passam, inicialmente, pelo f�gado, minimizando os riscos e efeitos colaterais.

"Os implantes hormonais nada mais s�o do que uma via de administra��o de horm�nios", afirma Walter Pace. � comum a utiliza��o desses horm�nios para bloquear a ovula��o, tratar desequil�brios hormonais, assim como nos casos de doen�as horm�nio dependentes. Os tratamentos podem ser individualizados, com subst�ncias e doses espec�ficas para cada paciente.

"Quando se fala de anticoncep��o e supress�o da menstrua��o utilizamos os progest�genos (progesterona sint�ticas) com caracter�sticas diferentes e que podem ser adaptadas � situa��o cl�nica de cada mulher. A quantidade de horm�nios � infinitamente menor e h� uma const�ncia na libera��o desses horm�nios quando os implantes s�o inabsorv�veis", reitera.


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