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Estado de Minas GRAVIDEZ

Composto presente em cosm�ticos � ligado a partos prematuros, mostra estudo

Presentes em esmaltes, shampoos e condicionadores, os ftalatos podem reduzir o tempo de gesta��o em tr�s ou mais semanas, mostra estudo americano


12/07/2022 09:49

Mulher grávida
(foto: Martin Bureau/AFP)

Os ftalatos s�o uma esp�cie de produto curinga nas ind�strias. Conseguem tornar pl�sticos r�gidos em male�veis - comuns em brinquedos infantis -, garantem a fixa��o da cor do esmalte e d�o aquele aspecto cremoso aos condicionadores e shampoos, entre outras utilidades. Os impactos desses compostos na sa�de humana, por�m, t�m despertado investiga��es cient�ficas, com resultados preocupantes. Um deles acaba de ser divulgado pelo National Institutes of Health, dos Estados Unidos, e mostra que gr�vidas expostas aos ftalatos t�m um risco aumentado de terem um parto prematuro, dando � luz tr�s ou mais semanas antes da data recomendada.

Segundo os autores, trata-se do maior estudo sobre o tema feito at� hoje. Para isso, o grupo analisou dados de 6.045 gr�vidas, com, em m�dia, 26 anos, que deram � luz entre 1983 e 2018. Do grupo, 539 mulheres - o equivalente a 9% da amostra - tiveram um parto prematuro, antes de se completar a 37ª semana de gesta��o. Metab�litos de ftalatos foram encontrados em mais de 96% das amostras de urina coletadas dessas gestantes.

A exposi��o a quatro dos 11 ftalatos encontrados nas volunt�rias foi associada a uma probabilidade de 14% a 16% maior de ter um beb� antes do tempo recomendado. Segundo os autores do estudo, publicado na revista Jama Pediatrics, as descobertas mais consistentes foram para a exposi��o a um ftalato que � comumente usado em produtos de cuidados pessoais, como esmaltes e cosm�ticos, chamado mono-N-butil-ftalato.

No artigo, os autores avaliam que os resultados do trabalho sugerem que a exposi��o ao ftalato durante a gravidez pode ser um fator de risco evit�vel para o parto prematuro. Em nota Kelly Ferguson, autora s�nior do estudo, enfatiza a import�ncia de detectar essas vulnerabilidades. "Ter um parto prematuro pode ser perigoso tanto para o beb� quanto para a m�e. Por isso, � importante identificar os fatores de risco que podem ser evitados."

Redu��o de danos

Os pesquisadores tamb�m usaram modelos estat�sticos para simular interven��es que pudessem amenizar os impactos dos ftalatos na gesta��o. Descobriram que reduzir a mistura de n�veis de metab�litos de ftalatos em 50% poderia prevenir partos prematuros em, em m�dia, 12%.

Os cientistas indicam algumas medidas que podem ajudar nessa queda da exposi��o. Escolher produtos de higiene pessoal sem ftalatos, a��es volunt�rias de empresas para reduzir o uso desses produtos e mudan�as nos padr�es e nas regulamenta��es est�o entre elas.

 

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O grupo tamb�m sugere que as gestantes optem por comer alimentos frescos e caseiros, evitando, dessa forma, os processados que v�m em recipientes ou embalagens pl�sticas. Vale ainda o cuidado com produtos com fragr�ncia, j� que os ftalatos funcionam como fixadores de aromas e cheiros, inclusive em perfumes, indicam os autores.

"� dif�cil para as pessoas eliminarem completamente a exposi��o a esses produtos qu�micos na vida cotidiana, mas nossos resultados mostram que mesmo pequenas redu��es em uma grande popula��o podem ter impactos positivos tanto nas m�es quanto nos filhos", afirma Barrett Welch, primeiro autor do estudo.

A equipe segue investigando a liga��o entre os partos prematuros e a exposi��o aos ftalatos. Agora, realizam estudos adicionais para entender melhor os mecanismos que podem estar ligados a essa associa��o e determinar se existem maneiras eficazes para as m�es amenizarem essa vulnerabilidade.

Azeite pode melhorar o leite materno

O consumo de azeite extravirgem durante a gravidez aumenta o n�vel de antioxidantes no leite materno, que podem tamb�m atravessar a barreira placent�ria e chegar ao feto em forma��o, mostra um estudo espanhol divulgado na �ltima edi��o da revista Food Chemistry. Por enquanto, o grupo constatou esse efeito em experimentos com camundongos, mas a expectativa � de que isso se repita entre os humanos.

"At� o momento, v�rios estudos descreveram que a composi��o do leite materno pode ser afetada por fatores biol�gicos e ambientais aos quais a m�e est� exposta, como a dieta", argumentam os autores do estudo. "Portanto, as interven��es nutricionais durante a gesta��o e o per�odo de amamenta��o podem repercutir na qualidade do leite materno e, consequentemente, na sa�de do lactente."

A equipe identificou o aumento na quantidade de antioxidantes ap�s an�lise que avaliou qualitativa e quantitativamente os n�veis de compostos fen�licos e seus derivados em amostras biol�gicas da f�mea gr�vida e da prole ap�s seis semanas de ingest�o di�ria do azeite.

Os resultados mostram que os compostos fen�licos provenientes da dieta rica em azeite extravirgem chegam � circula��o sist�mica das m�es. Curiosamente, alguns desses antioxidantes estavam em maiores concentra��es no plasma da prole do que no das m�es. "Nosso trabalho esclarece a import�ncia da alimenta��o da mulher durante a gravidez e a lacta��o e fornece a base para futuros estudos sobre o impacto dos compostos fen�licos na sa�de da m�e e do beb�", frisa o grupo, liderado por Maria J. Rodr�guez-Lagunas e Anna Vallverd�-Queralt, da Universidade de Barcelona.


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