
A epidemiologista Margaret Harris, porta-voz da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), condenou ataques a animais e sugeriu a ado��o de um novo nome para a var�ola dos macacos. A declara��o da especialista, dada em coletiva de imprensa nesta ter�a-feira (9/08), ocorreu ap�s uma carta, assinada por cientistas e enviada a OMS, pedir a mudan�a do termo para uma nomenclatura "que n�o seja discriminat�ria nem estigmatizante".
Margaret ressaltou, ainda, que a doen�a foi primeiramente identificada nos macacos, mas que no atual surto da var�ola, a transmiss�o tem sido de humano para humano. "A transmiss�o que estamos vendo agora com o grande surto de var�ola do macaco � uma transmiss�o de pessoa para pessoa. O v�rus est� em alguns animais, e vemos um salto para os humanos, mas n�o � isso que estamos vendo agora. O risco de transmiss�o vem de outro ser humano", disse.
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De acordo com informa��es do Jornal Nacional, divulgadas na segunda-feira (8/8), sete macacos foram resgatadas com sinais de intoxica��o, em S�o Jos� do Rio Preto, S�o Paulo. "N�o estigmatize nenhum animal ou qualquer ser humano porque se voc� fizer isso, teremos um surto muito maior, defendeu a porta-voz.
Segundo o boletim mais recente do Minist�rio da Sa�de, foram confirmados 2.293 casos no Brasil e outros 2.363 est�o sob suspeita. O cont�gio ocorre pelo contato com as got�culas expelidas pela pessoa infectada e toque nas les�es ou roupas dos pacientes, al�m da via sexual.
Um dos principais sintomas da doen�a s�o as les�es que se espalham pelo corpo. Em geral, o quadro dura cerca de 21 dias. "Os sintomas come�am com cansa�o, febre, dor no corpo, dor de cabe�a e os g�nglios s�o acometidos formando as �nguas", elenca o infectologista Hemerson.
Medidas n�o-farmacol�gicas como distanciamento, uso de m�scaras e higieniza��o das m�os foram recomendadas pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa).