
A autora do texto, Diana Peragine, queria ainda contrapor outros estudos que associavam rela��es sexuais mais cedo na vida com riscos � sa�de sexual e uma s�rie de resultados negativos como uma gravidez n�o planejada, DSTs e at� mesmo explora��o e abuso sexual.
No entanto, o estudo "Os riscos e benef�cios de 'ir para a cama' cedo", publicado na revista cient�fica Journal of Sexual Medicine em julho, mostra que pessoas que t�m essas primeiras experi�ncias sexuais mais cedo s�o mais propensas a ter um melhor funcionamento sexual mais tarde na idade adulta, e aqueles que atrasam essas experi�ncias s�o mais propensos a enfrentar dificuldades sexuais no futuro.
O estudo ouviu 3.139 pessoas, que responderam a uma s�rie de perguntas sobre o in�cio da vida sexual, contatos sexuais, est�mulos sexuais e tamb�m indicaram a primeira experi�ncia com orgasmos. Eles precisaram responder perguntas sobre o hist�rico sexual at� quatro semanas antes do question�rio e se tiveram dificuldades com orgasmos, desejo, excita��o e satisfa��o sexual.
Vida sexual come�a mais cedo com o passar das gera��es
A partir dos question�rios foi poss�vel identificar que aqueles que tiveram experi�ncias sexuais precoces apresentaram menos dificuldades sexuais nos dom�nios analisados e, portanto, tinham uma fun��o sexual mais saud�vel. A m�dia de in�cio das rela��es sexuais entre os participantes do estudo foi de 17 anos.
No estudo, 93% dos participantes indicaram que j� tiveram alguma experi�ncia sexual antes de se envolver em rela��es sexuais – incluindo contato sexual anterior, orgasmo e estimula��o sexual.
Peragine aponta que capturar experi�ncias sexuais al�m da rela��o sexual foi importante porque a adolesc�ncia � uma �poca de descoberta e experimenta��o sexual, e a rela��o sexual raramente marca o in�cio da atividade sexual para os jovens. Outros estudos j� apontam para o inicio da vida sexual mais cedo com o passar das gera��es.
Al�m disso, ela pontua tamb�m que a fun��o sexual saud�vel � fundamental para a sa�de sexual e deve ser contada entre os poss�veis resultados de sa�de de uma inicia��o sexual precoce.
Para Peragine, o estudo elucida mais quest�es sobre as primeiras experi�ncias sexuais e os impactos positivos na sa�de que esses eventos t�m mais tarde na vida. Ela espera tamb�m que o estudo possa informar melhor a educa��o sexual – particularmente a educa��o apenas para abstin�ncia.
"Nossas descobertas n�o apenas contradizem essa vis�o, mas (indicam) que os esfor�os para retardar a atividade sexual podem acarretar um risco”, diz ela. A educa��o apenas para abstin�ncia “pode at� ser prejudicial para a sa�de sexual dos jovens a longo prazo – pelo menos no que diz respeito � capacidade de sexo funcional e saud�vel”, garante.