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Estado de Minas ALERTA

Brasil vive aumento de casos de Candida auris, o 'superfungo'

O 'superfungo', como vem sendo chamado, pode ocorrer em unidades hospitalares e � multirresistente, de dif�cil erradica��o e identifica��o


22/08/2022 10:02 - atualizado 22/08/2022 10:07

Hyllo Baeta
Hyllo Baeta, assessor em microbiologia do Laborat�rio Lustosa, diz que o 'superfungo' n�o atinge a popula��o de forma geral, mas correm riscos os pacientes em estado cr�tico, internados em UTIs (foto: Arquivo Pessoal)
J� circula pelo Brasil mais uma grave amea�a � sa�de p�blica: a Candida auris, mais conhecida pelo apelido de “superfungo”.  Segundo a Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa), o pa�s est� vivendo seu “terceiro surto” de Candida auris. Na �ltima semana, foram confirmados 36 casos em Recife (PE), , conforme a Ag�ncia. Em janeiro j� haviam sido registrados dois casos na Bahia. Ao longo da pandemia, outros 18 casos foram notificados.

Em sua participa��o no 3º Congresso Mineiro de Epidemiologia, Preven��o e Controle de Infec��es e 6º Congresso Mineiro de Infectologia, em Belo Horizonte, no dia 11 de agosto, o assessor em microbiologia do Laborat�rio Lustosa, Hyllo Baeta, alertou para a gravidade da situa��o e afirmou que o pa�s demandar� milh�es de reais em investimentos para controlar a Candida auris.

“Em 2019, foi publicado no The Journal of Infection, um surto em um hospital terci�rio em Londres, onde 34 pacientes adquiriram Candida auris. O custo deste surto, resultou em um gasto de mais de 1,2 milh�o de euros”, exemplifica Hyllo Baeta.

Para o especialista, a Candida auris � perigosa por suas peculiaridades. “Ela pode ser multirresistente, ou seja, resiste aos antif�ngicos usuais, � dif�cil de ser erradicada do ambiente, dif�cil de ser identificada, apresenta grande capacidade de causar surtos e tem alta mortalidade”, descreve.

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Para o diagn�stico preciso, acrescenta Hyllo Baeta, � necess�rio identifica��o por espectrometria de massa no MALDI-TOF ou o sequenciamento gen�tico.

Circula��o restrita

O microbiologista esclarece que o “superfungo” n�o atinge a popula��o de forma geral, mas, essencialmente,  as unidades hospitalares.

Correm riscos de serem contaminados os pacientes em estado cr�tico, geralmente internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), ou os que est�o h� muito tempo hospitalizados, com muitos procedimentos invasivos.

“Isso n�o descaracteriza a periculosidade da Candida. � preciso frear o avan�o do fungo, antes que ele se dissemine para outras unidades hospitalares do pa�s, podendo vir a provocar um alto n�mero de mortes”, pondera  Hyllo Baeta.

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Segundo Hyllo Baeta, a Candida auris � um problema no ambiente hospitalar. “Ela pode permanecer por muito tempo na superf�cie dos ambientes, nos materiais m�dico hospitalares, como term�metros, superf�cies de ventiladores mec�nicos, bombas de infus�o e no leito dos pacientes, que podem transmitir o fungo para outros pacientes. Por isso, ela se dissemina com certa facilidade. A persist�ncia e a dissemina��o do fungo, apesar de todas as medidas de preven��o de infec��o, devem-se a alta transmissibilidade, a capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente pr�ximo a ele".

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Conforme ainda Hyllo Baeta, algumas medidas preventivas devem ser tomadas para controlar o “superfungo”.  “Importante fazer a higiene das m�os, ter precau��o e cuidado no contato de pacientes hospitalizados, desinfec��o ambiental adequada, notificar todos os casos e implementar uma vigil�ncia laboratorial eficiente”.

A origem

Hyllo Baeta ressalta que a Candida auris surgiu, simultaneamente em tr�s continentes, devido a alguns fatores, entre eles o aumento da temperatura do planeta e a prolifera��o de poluentes, principalmente os antif�ngicos. No Brasil, de acordo com a Anvisa, a primeira infec��o causada pelo “superfungo” foi  identificada em 2020, em Salvador.



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