
“Em 2019, foi publicado no The Journal of Infection, um surto em um hospital terci�rio em Londres, onde 34 pacientes adquiriram Candida auris. O custo deste surto, resultou em um gasto de mais de 1,2 milh�o de euros”, exemplifica Hyllo Baeta.
Para o especialista, a Candida auris � perigosa por suas peculiaridades. “Ela pode ser multirresistente, ou seja, resiste aos antif�ngicos usuais, � dif�cil de ser erradicada do ambiente, dif�cil de ser identificada, apresenta grande capacidade de causar surtos e tem alta mortalidade”, descreve.
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Para o diagn�stico preciso, acrescenta Hyllo Baeta, � necess�rio identifica��o por espectrometria de massa no MALDI-TOF ou o sequenciamento gen�tico.
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Para o diagn�stico preciso, acrescenta Hyllo Baeta, � necess�rio identifica��o por espectrometria de massa no MALDI-TOF ou o sequenciamento gen�tico.
Circula��o restrita
O microbiologista esclarece que o “superfungo” n�o atinge a popula��o de forma geral, mas, essencialmente, as unidades hospitalares.Correm riscos de serem contaminados os pacientes em estado cr�tico, geralmente internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), ou os que est�o h� muito tempo hospitalizados, com muitos procedimentos invasivos.
“Isso n�o descaracteriza a periculosidade da Candida. � preciso frear o avan�o do fungo, antes que ele se dissemine para outras unidades hospitalares do pa�s, podendo vir a provocar um alto n�mero de mortes”, pondera Hyllo Baeta.
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Segundo Hyllo Baeta, a Candida auris � um problema no ambiente hospitalar. “Ela pode permanecer por muito tempo na superf�cie dos ambientes, nos materiais m�dico hospitalares, como term�metros, superf�cies de ventiladores mec�nicos, bombas de infus�o e no leito dos pacientes, que podem transmitir o fungo para outros pacientes. Por isso, ela se dissemina com certa facilidade. A persist�ncia e a dissemina��o do fungo, apesar de todas as medidas de preven��o de infec��o, devem-se a alta transmissibilidade, a capacidade de colonizar rapidamente a pele do paciente e o ambiente pr�ximo a ele".
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Conforme ainda Hyllo Baeta, algumas medidas preventivas devem ser tomadas para controlar o “superfungo”. “Importante fazer a higiene das m�os, ter precau��o e cuidado no contato de pacientes hospitalizados, desinfec��o ambiental adequada, notificar todos os casos e implementar uma vigil�ncia laboratorial eficiente”.
A origem
Hyllo Baeta ressalta que a Candida auris surgiu, simultaneamente em tr�s continentes, devido a alguns fatores, entre eles o aumento da temperatura do planeta e a prolifera��o de poluentes, principalmente os antif�ngicos. No Brasil, de acordo com a Anvisa, a primeira infec��o causada pelo “superfungo” foi identificada em 2020, em Salvador.