As preliminares, os momentos com o parceiro ou a parceira e a excita��o devem ser curtidos sem pressa. Sexualidade � autoconhecimento (foto: Sasin Tipchai/Pixabay )
Falar sobre sexo ainda � um tabu coberto de censuras, que deveriam ser deixadas de lado, j� que a pr�tica pode oferecer diversos benef�cios � sa�de. E o Dia do Sexo surgiu justamente de uma brincadeira, para dar mais leveza ao tema. A data ganhou o imagin�rio brasileiro e se popularizou pelo "trocadilho num�rica", de duplo sentido, que envolve o "seis de setembro": 6/9 remete a uma posi��o sexual, popularmente conhecida como “69”. A celebra��o, lembrada anualmente de forma simb�lica, surgiu em 1999, ap�s a campanha publicit�ria de uma marca de preservativos, cujo intuito era o de promover produtos adultos e a��es relacionadas ao assunto.
Segundo Vanessa Machado, ginecologista do Vera Cruz Hospital, ao chegar ao auge sexual, o corpo humano libera endorfinas, que d�o sensa��o de bem-estar, ativam a circula��o sangu�nea e proporcionam relaxamento, equil�brio dos horm�nios, al�vio de dores e estresse, melhora da qualidade de vida, do sono, do sistema imunol�gico e ainda queima calorias.
“O orgasmo leva a uma descarga repentina da tens�o sexual e, nesse momento, in�meras �reas do c�rebro s�o ativadas. Os n�veis de oxigena��o e do fluxo de sangue aumentam consideravelmente, melhorando a circula��o no cora��o e no c�rebro. O prazer sexual proporciona muitos benef�cios, como reduzir o estresse e a ansiedade e aumentar a sensa��o de bem-estar devido � libera��o de ocitocina (o horm�nio da felicidade), al�m de favorecer a sa�de mental das mulheres”, enumera a m�dica.
Prazer � uma recompensa
Vanessa Machado, ginecologista do Vera Cruz Hospital, diz que ao chegar ao auge sexual, o corpo humano libera endorfinas, que d�o sensa��o de bem-estar, ativam a circula��o sangu�nea e proporcionam relaxamento equil�brio dos horm�nio (foto: Arquivo Pessoal)
Outro fator apontado pela ci�ncia como motivador sexual � o instinto biol�gico de procria��o. “A teoria � a de que o prazer � uma recompensa t�o agrad�vel que agu�a o engajamento no sexo e a procriar. Sem essa ‘recompensa’, talvez o ser humano n�o se interessasse por sexo e nossa esp�cie poderia ser extinta", destaca Vanessa Machado.
Entretanto, atingir o cl�max n�o � t�o f�cil, segundo pesquisa do Projeto de Sexualidade (Prosex) da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo (USP), que ouviu tr�s mil participantes, com idade entre 18 e 70 anos: metade das pessoas relatou n�o ter orgasmo nas rela��es sexuais; 55,6% das mulheres t�m dificuldade para chegar ao orgasmo, sendo que 67% t�m dificuldade para se excitar, e outras 59,7% t�m dor na rela��o.
Outro estudo,feito pelo Standford University Medical Center, diz que a maioria das mulheres jovens e saud�veis que reclama de n�o atingir o orgasmo descobre que isso tem mais rela��o com fatores psicol�gicos do que f�sicos. “A mulher acaba v�tima da vida corrida, do servi�o extenuante, de longas jornadas de trabalho, do cansa�o, da vergonha do corpo, de opress�es da sociedade. Essas queixas se tornaram frequentes na pr�tica cl�nica nos �ltimos anos em raz�o da pandemia”, conta a especialista.
As preliminares
Conforme a ginecologista, a rela��o sexual � muito mais do que o orgasmo e n�o pode (e nem deve) estar condicionada apenas ao ato da penetra��o. “As preliminares, os momentos com o parceiro ou a parceira e a excita��o devem ser curtidos sem pressa. Sexualidade � autoconhecimento. N�s mulheres somos as �nicas na face da terra a ter um �rg�o dedicado exclusivamente ao prazer. Que possamos us�-lo sem culpa, no nosso ritmo e do nosso jeito. A dica � aproveitar mais a experi�ncia do sexo como um todo e n�o focar apenas no orgasmo”, conclui a m�dica.
receba nossa newsletter
Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor