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Estado de Minas SETEMBRO AMARELO

Quatro sinais que indicam poss�vel enquadramento em contexto suicida

Cada caso � um caso e n�o � poss�vel generalizar. Porem, algumas caracter�sticas se assemelham e podem ser sinais de alerta


10/09/2022 17:35 - atualizado 10/09/2022 17:36

fita de laço amarelo símbolo da campanha Setembro Amarelo
Muitas pessoas associam o suic�dio a um ato ego�sta e, esse pensamento, gera um sentimento desconfort�vel, que causa sensa��o de inc�modo e a exclus�o da tem�tica (foto: Canva/Divulga��o)
Por muito tempo, falar de suic�dio foi visto como um grande tabu e, apesar de o assunto ainda ser delicado, hoje em dia �  mais comentado, principalmente durante o m�s de setembro, quando � colocada em evid�ncia a import�mcia da conscientiza��o sobre o suic�dio. De acordo com a Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS), a cada 40 segundos h� um caso de suic�dio ao redor do mundo. Uma pessoa em situa��o suicida, de forma geral, perdeu a esperan�a na vida, por isso, o apoio � fundamental. “O suporte no momento de dificuldades impostas pelo desejo de morrer � essencial, mas n�o exclui a urg�ncia de acompanhamento especializado, como de psic�logos e psiquiatras”, explica Ariel Lipman, m�dico psiquiatra e diretor da SIG Resid�ncia Terap�utica. 

“O suicidio � ainda um tabu, pois muitas pessoas n�o o compreendem e h� muito preconceito que envolve a problem�tica, fato que faz com que os pacientes n�o procurem ajuda, pois muitos deles sentem vergonha ao falar sobre o assunto", alerta o psiquiatra. 

A pr�tica � censurada, pois muitos indiv�duos associam o suic�dio a um ato ego�sta - e  esse pensamento gera um sentimento desconfort�vel,  que causa sensa��o de inc�modo e, portanto, a exclus�o da tem�tica. "N�o falar sobre suicidio n�o ir� fazer com que ele seja extinguido, muito pelo contr�rio. O correto � discutir a quest�o para que a desinforma��o seja combatida, mas isso tem que ser feito do jeito correto, sem romantizar ou banalizar o problema", complementa o m�dico. 
Sendo assim, o psiquiatra discute alguns sinais que podem ser ind�cio de que algu�m  possa estar inserido em um contexto suicida. “Cada caso � um caso e a generaliza��o de a��es � imposs�vel, por�m, algumas caracter�sticas se assemelham em m�ltiplas circunst�ncias. Lembrando que a an�lise deve ser feita sempre por um especialista e que, em todos os cen�rios s�rios, � preciso acompanhamento m�dico".


1- Aten��o �s palavras - n�o � s� o corpo que fala

Devido � psicofobia e tamb�m � romantiza��o de obst�culos problem�ticos � sa�de mental, � comum nos deparamos com brincadeiras que envolvem frases como “quero me matar”, “nao suporto mais viver”. Por causa dessa banaliza��o, palavras como essas podem passar despercebidas pela sociedade e, em muitos casos, envolvem uma quest�o s�ria e s�o invalidadas. Portanto, como diferenciar a��es verbais que se referem ao suic�dio de uma “brincadeira”, mesmo que de mau gosto?

Nas palavras de  Ariel Lipman: "A maneira como o indiv�duo fala, a entona��o de suas palavras e o cen�rio atual em que a pessoa est� inserida deve ser avaliado. De todo modo, quando algu�m diz “quero morrer”, seja como piada ou n�o, a frase refere-se sempre a um desconforto. A diferen�a � que depende de como a pessoa lida com a situa��o: pode estar elaborando bem, o que � visivelmente colocado, ou h� a possibilidade de estar insuport�vel sustentar a vida".


2 - O que antecede a situa��o atual da pessoa? 

O psiquiatra defende a necessidade de aten��o ao que precede a atual viv�ncia de um poss�vel indiv�duo suicida. “Ao estudar sua hist�ria, � poss�vel identificar ra�zes de problemas que podem vir a desencadear pensamentos suicidas ou at� mesmo a a��o. Por isso, mais uma vez falo sobre a import�ncia do acompanhamento profissional. � necess�ria a compreens�o de que uma rea��o suicida � um sintoma que, como qualquer outro, pode ser driblado a partir da melhora do quadro como um todo - o foco h� de ser o problema, nunca o resultado. � uma consequ�ncia", esclarece Lipman.

Para que possa ser enfrentado de maneira adequada, � necess�ria a aten��o a partir do que causa o efeito suicida. Se, por exemplo, o paciente est� deprimido e, por isso, encontra se em um cen�rio de poss�vel sucidio, normalmente, o quadro da depress�o melhorando, melhora tamb�m a situa��o em rela��o ao suic�dio. 


3- Observe o cen�rios que envolvem o indiv�duo em quest�o

Como dito anteriormente, n�o existe nenhuma a��o especial e geral que sinalize comportamentos suicidas, a n�o ser que seja voltada para o ato. Por exemplo, � sabido que, ap�s uma tentativa de tirar a pr�pria vida mal sucedida, a chance de que a situa��o ocorra novamente � alta. 

Leia tamb�m: Minas � o segundo estado com maior n�mero de suic�dios no Brasil. 

Entretanto, pessoas enfrentando momentos dif�ceis e desconfort�veis est�o fragilizadas. “Dificuldades existem na vida de todos os seres humanos, sem exce��o, o que difere � como as pessoas a enfrentam e, portanto, suas capacidades de supera��o", cita o psiquiatra. Assim, o cen�rio pode vir a ser um aspecto importante para a compreens�o de poss�veis cen�rios suicidas e, principalmente, como o indiv�duo age perante as circunst�ncias.


4 - Alerte-se a mudan�as comportamentais repentinas

“Mudan�as bruscas de comportamento, um discurso entristecido constantemente desesperan�oso, frases como ‘queria desaparecer’ ou ‘gostaria de n�o existir mais’ s�o indicativos que algo pode estar errado”, explica o psiquiatra. 

A altera��o r�pida de conduta � uma das principais evid�ncias que envolve indiv�duos suicidas. Como antes evidenciado, os motivos para que algu�m se enquadre no contexto podem ser muitos e diferem entre si, ao depender da realidade. “Existe um debate filos�fico sobre se todo paciente no cen�rio de tirar a pr�pria vida tem algum tipo de transtorno mental: nem todos, mas a larga maioria.

Psicopatologias como a depress�o, transtornos bipolares, esquizofrenia, TOC e at� mesmo a depend�ncia qu�mica grave s�o situa��es que podem levar o paciente a cometer ou ter pensamentos suicidas”, cita o m�dico. 

A partir da discuss�o, as mudan�as de comportamento podem ocorrer devido a transtornos, ou n�o. “Sendo assim, � importante classificar cada situa��o como singular, cada paciente � �nico e necessita de aten��o de um cuidado individualizado”, finaliza o psiquiatra. 




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