
A poss�vel infec��o de trabalhadoras da sa�de por contato com superf�cies infectadas pelo v�rus da var�ola dos macacos � tema de artigo que sinaliza os cuidados adicionais a serem adotados na preven��o da doen�a.
O texto, intitulado Possible Occupational Infection of Healthcare Workers with Monkeypox V�rus, Brazil, ser� publicado na edi��o de dezembro da revista cient�fica Emerging Infectius Diseases, editada pelos Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
Al�m da Fiocruz Pernambuco e do Centro Estadual de Vigil�ncia em Sa�de do Rio Grande do Sul (Cevs/SES-RS), participaram da pesquisa tr�s universidades ga�chas (Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Universidade Federal de Ci�ncias da Sa�de de Porto Alegre e Universidade Feevale) e o Bernhard Nocht Institute for Tropical Medicine - National Reference Center for Tropical Infectious Diseases, de Hamburgo (Alemanha).
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O estudo traz o caso de duas enfermeiras que desenvolveram a doen�a, cinco dias ap�s atender um paciente em casa para coleta de material e diagn�stico de var�ola dos macacos. "Os cuidados adotados nesse atendimento s�o detalhadamente descritos, mostrando que elas utilizaram todo equipamento de prote��o - exceto as luvas - enquanto estavam no per�odo inicial de entrevista, no quarto do paciente. Esse item de prote��o s� foi colocado no momento da coleta, ap�s elas esterilizarem as m�os", diz o texto.
Pesquisador da Fiocruz Pernambuco, Gabriel Wallau conduziu o estudo ao lado do especialista em sa�de do Cevs Richard Steiner Salvato. A conclus�o dos autores � que as enfermeiras podem ter se contaminado pelo contato com superf�cies infectadas da casa desse paciente, que se encontrava no pico de transmiss�o viral. Ou ainda, ao manusear a caixa de transporte das amostras, de in�cio com as luvas infectadas e posteriormente sem luvas.
Segundo a Fiocruz, o estudo pode ser utilizado como refer�ncia para a ado��o de melhores pr�ticas ao lidar com pacientes infectados com o v�rus monkeypox. Os autores recomendam medidas de preven��o e bloqueio dessa rota de transmiss�o, que envolvem treinamento espec�fico para essa coleta, implementa��o de medidas de controle, higieniza��o frequente das m�os e utiliza��o correta de equipamentos de prote��o individual (EPIs).
De acordo com os pesquisadores, o uso das luvas � recomendado durante todo o per�odo de visita a pacientes, contato com pessoas suspeitas de estarem infectadas e com seu ambiente/objetos de uso pessoal. A higieniza��o das superf�cies com desinfetante efetivo contra outros pat�genos (como norov�rus, rotav�rus e adenov�rus) - antes e depois da intera��o com casos suspeitos - e a vacina��o dos grupos de alto risco, incluindo os profissionais de sa�de que atuam na linha de frente dessa doen�a, s�o outras medidas apontadas pelo grupo da pesquisa.
"Trazer � luz o evento de transmiss�o por meio de superf�cie � importante para aprimorar as recomenda��es p�blicas voltadas para a prote��o tanto dos profissionais de sa�de que lidam diretamente com esses pacientes, como dos familiares e outras pessoas envolvidas nesse cuidado", disse, em nota, o pesquisador Gabriel Wallau.