
doen�a cr�nica que leva � di�lise ou ao transplante.
Estima-se que 30% dos portadores de diabetes t�m algum n�vel de les�o renal, levando o diabetes a ser, junto com a hipertens�o, a maior causa daA m�dica nefrologista Zita Maria Leme Brito, diretora m�dica do Centro de Nefrologia e Di�lise Fresenius 9 de Julho, que integra a rede Fresenius Medical Care, explica que o aumento dos n�veis de glicose - ou tamb�m conhecido como a��car ou carboidrato do tipo simples - no sangue pode acarretar diversas complica��es, principalmente les�es vasculares.
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Nem todo o a��car da fruta � frutose
“Existe o diabetes mellitus tipo 1, que usualmente se apresenta na inf�ncia, e � caracterizado por um defeito nas c�lulas do p�ncreas em produzir um horm�nio chamado insulina, e � respons�vel por colocar a glicose dentro da c�lula. Sendo assim, na aus�ncia desse horm�nio, os n�veis de glicose ficam altos no sangue", explica a m�dica.
"M� alimenta��o, sedentarismo e obesidade contribuem de forma relevante para esse aumento da resist�ncia porque o ac�mulo de gordura dificulta a a��o do horm�nio insulina. Logo, a ingest�o exagerada de a��cares, carboidratos, gorduras e sal � grande inimiga da boa sa�de. Primeiro, podem vir a obesidade e a resist�ncia � insulina. Mas os problemas v�o progredindo � medida que envelhecemos, com complica��es mais graves como hipertens�o arterial, diabetes, doen�as nos rins, nos olhos, no cora��o e at� nos nervos”, explica Zita Maria Leme Brito.
M� alimenta��o, sedentarismo e obesidade
Por�m, a maior parte dos pacientes diab�ticos apresenta o tipo 2, que usualmente se manifesta ap�s os 40 anos, e � caracterizado por uma resist�ncia � insulina, o que acaba por tamb�m gerar um aumento dos n�veis de glicose no sangue."M� alimenta��o, sedentarismo e obesidade contribuem de forma relevante para esse aumento da resist�ncia porque o ac�mulo de gordura dificulta a a��o do horm�nio insulina. Logo, a ingest�o exagerada de a��cares, carboidratos, gorduras e sal � grande inimiga da boa sa�de. Primeiro, podem vir a obesidade e a resist�ncia � insulina. Mas os problemas v�o progredindo � medida que envelhecemos, com complica��es mais graves como hipertens�o arterial, diabetes, doen�as nos rins, nos olhos, no cora��o e at� nos nervos”, explica Zita Maria Leme Brito.
Redu��o da capacidade de filtra��o dos rins
De acordo com Zita Maria Leme Brito, os rins sofrem justamente porque o excesso de a��car no sangue causa inicialmente uma hiperfiltra��o, que vai progressivamente lesionando os vasos sangu�neos, reduzindo, com o passar do tempo, a capacidade de filtra��o dos rins.
“Alimentos com alto �ndice glic�mico, como farinhas brancas, batata e a��car refinado s�o respons�veis por jogar rapidamente na circula��o sangu�nea grandes quantidades de glicose. Com isso, geram a necessidade de uma libera��o r�pida de muita insulina para colocar esse excesso de glicose para dentro das c�lulas e, muitas vezes, esse excesso ser� convertido em gordura", avisa a m�dica.
A nefrologista alerta que � importante notar que, ap�s esse pico de insulina e a entrada da glicose para a c�lula, essa queda pode gerar fome e vontade de comer mais carboidratos de �ndice glic�mico alto. "Assim, a obesidade e a resist�ncia � insulina v�o sendo desenvolvidas. Para o rompimento desse c�rculo vicioso e mal�fico, � necess�ria uma alimenta��o saud�vel, com uma dieta rica em alimentos cuja absor��o dos carboidratos � mais lenta, evitando assim os picos de insulina, como fibras, verduras e legumes de baixo �ndice glic�mico. E a pr�tica regular de exerc�cios f�sicos. Estes s�o os aliados mais importantes".
A nefrologista alerta que � importante notar que, ap�s esse pico de insulina e a entrada da glicose para a c�lula, essa queda pode gerar fome e vontade de comer mais carboidratos de �ndice glic�mico alto. "Assim, a obesidade e a resist�ncia � insulina v�o sendo desenvolvidas. Para o rompimento desse c�rculo vicioso e mal�fico, � necess�ria uma alimenta��o saud�vel, com uma dieta rica em alimentos cuja absor��o dos carboidratos � mais lenta, evitando assim os picos de insulina, como fibras, verduras e legumes de baixo �ndice glic�mico. E a pr�tica regular de exerc�cios f�sicos. Estes s�o os aliados mais importantes".
Insufici�ncia renal aguda
O diab�tico tamb�m � mais propenso � desidrata��o, a infec��es e ao desenvolvimento de cetoacidose - estado grave no qual o corpo produz �cidos sangu�neos em excesso, o que o deixa predisposto � insufici�ncia renal aguda.
Entre os sintomas mais comuns est�o o aumento e a frequ�ncia do volume urin�rio, sede exagerada e vis�o turva. Mas qualquer tipo de diabetes mellitus pode evoluir silenciosamente nas suas fases iniciais, sendo ainda mais comum no diabetes tipo 2.
O que as pessoas com diabetes podem fazer para prevenir a insufici�ncia renal?
O controle dos n�veis de a��car no sangue � fundamental para reduzir a hiperfiltra��o e preservar os vasos dos rins, reduzindo o risco de desenvolver a doen�a renal cr�nica. Cuidar da press�o, evitar sal e fazer exerc�cios f�sicos s�o medidas preventivas tamb�m essenciais.
“Al�m disso, o que se recomenda � fazer testes para medir a prote�na albumina na urina e o n�vel de creatinina no sangue pelo menos uma vez por ano e, quando alterados, consultar um nefrologista. Evitar ingerir bebida alco�lica e fumar tamb�m � importante. Muitas pessoas com diabetes n�o desenvolvem a insufici�ncia renal cr�nica. Ser diab�tico nem sempre significa ter problemas renais", orienta a nefrologista.
Como � dado do diagn�stico do diabetes
O diagn�stico do diabetes � dado quando a dosagem de glicose ap�s jejum de oito horas no sangue � maior que 126 mg/dl, ou a hemoglobina glicada � maior ou igual a 6,5%.
O controle da glicose no sangue para n�veis pr�ximos a 100mg/dl e a hemoglobina glicada menor que 7gr/dl s�o os alvos. Para conseguir atingir estas metas, aliadas �s medica��es e a inje��es de insulina, as mudan�as de h�bitos de vida com dieta adequada, atividade f�sica, suspens�o do fumo e excesso de ingest�o de �lcool s�o fundamentais.
O controle da glicose no sangue para n�veis pr�ximos a 100mg/dl e a hemoglobina glicada menor que 7gr/dl s�o os alvos. Para conseguir atingir estas metas, aliadas �s medica��es e a inje��es de insulina, as mudan�as de h�bitos de vida com dieta adequada, atividade f�sica, suspens�o do fumo e excesso de ingest�o de �lcool s�o fundamentais.
“Uma vez n�o controlada, a diabetes pode cursar com complica��es em alguns �rg�os: olho (redu��o da vis�o), cardiovascular (angina e infarto card�aco, acidente vascular cerebral e insufici�ncia nas art�rias dos membros inferiores) e rins apresentando desde a s�ndrome nefr�tica (nefropatia diab�tica), causando incha�o nas pernas e olhos e urina com espuma, at� a insufici�ncia renal cr�nica com necessidade de terapia de substitui��o (hemodi�lise, di�lise peritoneal e transplante renal). Manter a glicemia dentro da normalidade � o grande segredo para evitar as complica��es e manter a qualidade de vida", alerta a nefrologista Zita Maria Leme Brito.