Segundo estimativas, 90% dos casos de diabetes no mundo s�o tipo 2. Apesar de a gen�tica ter uma forte influ�ncia no desenvolvimento da doen�a, o sobrepeso e a obesidade s�o os principais motivos do crescimento deste tipo de diabetes no mundo. No entanto, ao longo da pandemia de COVID-19, descobriu-se que a infec��o pelo v�rus tamb�m se tornou um dos fatores do desenvolvimento de diabetes tipo 2.
A endocrinologista do Hcor, Cristina Triches, explica que isso ocorre porque, em situa��es de infec��o e/ou inflama��o aguda, o organismo exige uma maior produ��o pancre�tica de insulina para conseguir manter os n�veis normais de glicose no sangue, o que pode piorar o controle glic�mico de pacientes diab�ticos e causar hiperglicemia em pessoas previamente saud�veis.
Estudos t�m mostrado que alguns pacientes sem hist�rico de diabetes passaram a apresentar uma alta taxa de glicose no sangue durante a infec��o que persistiu ap�s a recupera��o. “Ainda n�o sabemos se a COVID-19 precipitou o desenvolvimento do diabetes, se o v�rus provocou les�es �s c�lulas do p�ncreas que levaram � hiperglicemia cr�nica ou se a doen�a foi causada pela resposta inflamat�ria sist�mica ao SARS-CoV-2”, pondera a especialista.
Quem teve COVID deve rastrear o diagn�stico do diabetes
Para observar a evolu��o de doen�as cr�nicas, como da diabetes tipo 2, � necess�rio um per�odo de acompanhamento de 5 a 10 anos. “Como a pandemia � recente, n�o � poss�vel dizer se os casos ser�o persistentes ou transit�rios. Tamb�m n�o podemos afirmar ainda a rela��o de causalidade entre as doen�as. Mesmo assim, � importante orientar os pacientes que tiveram COVID-19 a procurar um m�dico para rastrear o diagn�stico de diabetes”, refor�a a endocrinologista .
O acompanhamento peri�dico dos n�veis de glicose no sangue � recomendado a todas as pessoas. Sua utiliza��o de acordo com diretrizes m�dicas mais atualizadas traz in�meros benef�cios aos pacientes. “Dependendo do n�vel, o diabetes pode n�o apresentar sinais. Por isso, solicitamos a dosagem de glicemia de jejum e a hemoglobina glicada (m�dia glic�mica do paciente nos �ltimos 3 meses). Para fechar o diagn�stico, � necess�rio que, pelo menos, dois exames estejam alterados. Se for apenas um, este dever� ser repetido para confirmar”, explica a Cristina Triches.
A frequ�ncia na realiza��o dos exames deve ser individualizada e depende da idade do paciente e dos fatores de risco metab�licos apresentados.
Se n�o diagnosticado precocemente e tratado de maneira adequada, o diabetes pode causar uma s�rie de outros danos ao organismo, como insufici�ncia renal, les�es na retina e em diversos nervos, infarto agudo do mioc�rdio e acidente vascular cerebral.
“Felizmente, tivemos um avan�o enorme nos �ltimos anos com o desenvolvimento de novas classes de hipoglicemiantes e insulinas. Dentre os novos medicamentos, podemos citar os inibidores de SGLT2 via oral e agonistas de GLP-1 injet�veis, que s�o medicamentos que conferem benef�cios adicionais ao controle da glicemia, como prote��o cardiovascular e renal e perda de peso. Ainda, insulinas de a��o ultrarr�pida e ultralenta tornaram o tratamento com essa subst�ncia mais eficiente, seguro e confort�vel para os pacientes”, revela a Dra. Cristina.
“Felizmente, tivemos um avan�o enorme nos �ltimos anos com o desenvolvimento de novas classes de hipoglicemiantes e insulinas. Dentre os novos medicamentos, podemos citar os inibidores de SGLT2 via oral e agonistas de GLP-1 injet�veis, que s�o medicamentos que conferem benef�cios adicionais ao controle da glicemia, como prote��o cardiovascular e renal e perda de peso. Ainda, insulinas de a��o ultrarr�pida e ultralenta tornaram o tratamento com essa subst�ncia mais eficiente, seguro e confort�vel para os pacientes”, revela a Dra. Cristina.
Mesmo fazendo uso de medicamento, o paciente precisa ter bons h�bitos para manter os n�veis glic�micos apropriados e prevenir as complica��es. “Alimenta��o saud�vel, pr�tica de exerc�cio f�sico aer�bico por, pelo menos, 150 minutos por semana e manuten��o do peso ideal fazem parte do tratamento de quem j� foi diagnosticado com a doen�a, mas tamb�m s�o indicados � popula��o geral para prevenir o diabetes”, ressalta a m�dica.