Depois de ensaiar durante todo o ano, 34 alunas do projeto Reabilita��o e Ballet (R&B), todas com mais de 50 anos, algumas chegando aos 80, se apresentam no Teatro do Col�gio Arnaldo, em Belo Horizonte, na noite dos dias 26 de novembro, s�bado, e no dia 1 de dezembro, quinta-feira.
No dia 26, o grupo apresenta o espet�culo A arte de ter f� na vida, com seis coreografias, a �ltima delas o Bolero de Ravel. No dia 1 de dezembro, a partir das 19 horas, as alunas voltam para outra apresenta��o do mesmo espet�culo, mas revezam o palco com os integrantes do Projeto Violidade, que ensina viol�o para pessoas da terceira idade.
O projeto R&B � conduzido pela fisioterapeuta e bailarina Meiry Ism�ria de Paula, criadora de um m�todo espec�fico e restrito a idosas e ou mulheres que j� tenham completado 50 anos. Para as aulas, � cobrado um pre�o simb�lico. Trata-se do primeiro curso de bal� para a terceira idade da capital mineira.
"Gra�as ao apoio do Col�gio Arnaldo, que doa o espa�o, as aulas do Reabilita��o e Ballet acontecem duas vezes por semana", conta Meiry. Ela diz que o trabalho n�o visa somente a beleza e a leveza do bal�, mas a import�ncia dos movimentos como recurso terap�utico. A atividade traz benef�cios f�sicos e emocionais que ajudam no tratamento de doen�as associadas ao processo de envelhecimento, muitas que comprometem o sistema m�sculo-esquel�tico.
A pr�tica da dan�a, segundo a fisioterapeuta e bailarina, contribui ainda para a melhoria da qualidade de vida da chamada gera��o 50 mais e das pessoas da terceira idade, al�m de ajudar no combate ao preconceito direcionado a essa faixa et�ria. "Por meio do nosso trabalho, as alunas estar�o aptas a subir aos palcos dos teatros para apresenta��es de espet�culos de bal�, que h�o de despertar na plateia um sentimento de admira��o e respeito, assim como o entendimento de que o aumento da idade n�o significa incapacidade", pontua Meiry.
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O projeto, segunda ela, tem em vista a reabilita��o f�sica e mental por meio dos movimentos e da socializa��o. N�o � somente o prazer de dan�ar, mas a promo��o do desejo e da alegria de viver, a melhora da auto estima e auto confian�a, a recupera��o da for�a muscular, da flexibilidade, do equil�brio est�tico e din�mico e da mobilidade f�sica, a analgesia, o al�vio da tens�o e do estresse, o aumento da disposi��o e, consequentemente, a melhora da qualidade de vida dos envolvidos.
Ao som da m�sica, quem dan�a viaja e centra-se na conex�o entre a mente e o corpo, refor�a Meiry. "Soltar o corpo ao som de uma melodia � libertar a mente e lavar a alma, � deixar para tr�s toda a tens�o e o estresse do dia a dia, sabendo que, al�m de prazeroso, � poss�vel prevenir e auxiliar no tratamento de in�meras doen�as f�sicas e psicol�gicas", diz.