Tecido
Com um material que imita a fun��o de um tecido natural, cientistas conseguiram reparar a les�o e restaurar a fun��o er�til em porcos. O enxerto artificial, segundo os pesquisadores, poder� ser um tratamento n�o medicamentoso e minimamente invasivo para uma das principais queixas de sa�de sexual entre homens a partir dos 40 anos. Nos animais, a t�cnica recuperou imediatamente a ere��o, disseram os autores do estudo, publicado na revista Matter.
Shi explica que, no p�nis dos mam�feros, os tecidos er�teis s�o envoltos por fibras onduladas de col�geno e elastina, empilhadas paralelamente umas �s outras. Trata-se da t�nica albug�nea (TA), essencial para a manuten��o da rigidez do �rg�o, ou seja, a ere��o. No caso da doen�a de Peyronie ou mesmo devido ao envelhecimento, a TA pode se tornar disfuncional.
Hidrogel
No laborat�rio, os cientistas usaram um material chamado hidrogel polivin�lico (PVA). "O PVA � um hidrogel forte e fisiologicamente seguro que tem sido amplamente utilizado para reparo e regenera��o de tecidos porque tem muitas vantagens sobre enxertos derivados de tecidos naturais. Ele pode ser sintetizado a partir de v�rias mat�rias-primas com diferentes propriedades e, mecanicamente, � ajust�vel", explica Serge Ostrovidov, engenheiro de biomateriais da Universidade da Calif�rnia, em Los Angeles, e um dos coautores. "Mais importante, os hidrog�is podem ser equipados com fibras orientadas para imitar a camada dupla da t�nica albug�nea natural", diz.
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Com o material pronto e adaptado, os pesquisadores testaram a t�nica albug�nea artificial (ATA) em miniporcos com les�es nessa parte do �rg�o. Um adesivo contendo o hidrogel foi posicionado na les�o, restaurando a fun��o er�til de forma semelhante � do tecido peniano natural. Com uma inje��o de solu��o salina no p�nis, os cientistas conseguiram estimular a ere��o. Passado um m�s, a microestrutura do tecido natural circundante n�o havia sido totalmente restaurada, mas o adesivo favoreceu o desenvolvimento de fibras compar�veis �s normais. "Os resultados n�o foram perfeitos, mas foram �timos e nos surpreenderam", diz Shi.
Segundo o engenheiro de materiais, aperfei�oamentos na t�cnica dever�o levar a resultados melhores. Isso porque, nessa primeira etapa, os cientistas focaram exclusivamente na t�nica albug�nea, que, geralmente, n�o � o �nico tecido danificado quando h� les�es penianas. Os nervosos circundantes e o corpo cavernoso (tecido esponjoso que percorre o eixo do �rg�o) tamb�m sofrem danos. "Nessa fase, nosso trabalho se concentra no reparo de um �nico tecido no p�nis, e o pr�ximo est�gio ser� considerar o reparo do defeito peniano geral ou a constru��o de um p�nis artificial, com uma perspectiva hol�stica."
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