Estudo brasileiro sobre benef�cios da atividade f�sica conta a impot�ncia analisou dados de 20.789 homens com idade m�dia de 49 anos
Os pesquisadores afirmam que a pr�tica � t�o positiva que, "independentemente da idade e comorbidades", homens "devem ser fortemente encorajados durante o tratamento e preven��o desta condi��o."
O pesquisador no Hospital Israelita Albert Einstein na �rea de ci�ncias do envelhecimento, Rafael Mathias Pitta, um dos autores do levantamento, diz que a descoberta vale para qualquer movimento corporal que aumente o gasto cal�rico quando comparado ao repouso.
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Isso significa que o exerc�cio esportivo ou f�sico pode ser uma op��o, mas n�o � a �nica sa�da para quem pretende manter a sa�de sexual. Movimentos ocupacionais, de lazer, deslocamento e dom�sticos cont�nuos, com blocos m�nimos de 10 minutos, tamb�m podem contribuir para esse objetivo.
A frequ�ncia recomendada
A frequ�ncia recomendada � de 150 minutos na semana, o que significa cerca 30 minutos di�rios. Foi observado, por�m, que mesmo um volume menor tamb�m apresenta prote��o.
"Essa m�nima atividade acumulada na semana j� � o suficiente para prevenir a primeira manifesta��o de dano cl�nico endotelial presente do risco cardiovascular de homens adultos e idosos. Logo, a mudan�a de pequenos h�bitos di�rios podem ser estrat�gias importantes e interessantes na preven��o dessa e demais doen�as cr�nicas", afirma o pesquisador.
A pesquisa, que teve diversos colaboradores, foi coordenada por Pitta e Nelson Wolosker a partir da base de dados de pacientes homens que passaram por check-up de triagem entre janeiro de 2008 e dezembro de 2018 no Centro de Medicina Preventiva do Hospital Israelita Albert Einstein.
Foram avaliados relatos sobre disfun��o er�til, n�veis de atividade f�sica, perfil cl�nico e exames laboratoriais. Os resultados do artigo "The association between physical activity and erectile dysfunction: A cross-sectional study in 20,789 Brazilian men" (A associa��o entre atividade f�sica e disfun��o er�til: um estudo transversal de 20.789 brasileiros, em portugu�s) foram publicados na revista italiana de ci�ncia e medicina Plos One em novembro.
Entre os participantes, 17,2% relataram disfun��o er�til de leve a severa. Nas an�lises de laborat�rio, a condi��o foi associada a riscos cardiovasculares. Vari�veis como idade, diabetes, hipertens�o, IMC (�ndice de massa corporal) e sintomas do trato urin�rio tamb�m foram fatores de risco no desenvolvimento do problema.
"O efeito positivo da atividade f�sica se baseia n�o apenas no controle de fatores cl�ssicos de risco cardiovascular, como peso e n�veis de colesterol, mas tamb�m no aumento da biodisponibilidade sist�mica do �xido n�trico (NO) derivado do endot�lio, melhorando a sensibilidade � insulina, que tamb�m � um importante fator vascular", aponta Pitta.
O pesquisador indica que a atividade f�sica estimula a libera��o de NO, diminuindo os n�veis de citocinas pr�-inflamat�rias e aumentando os n�veis de testosterona. "Al�m disso, atua como ferramenta adjuvante na mudan�a do estilo de vida, como cessa��o do tabagismo, melhora dos sintomas depressivos, estresse percebido, alimenta��o e, consequente, controle de peso", pontua o educador.
A��es de sa�de para a disfun��o er�til
Para o urologista Carlos Teod�sio Da Ros, m�dico do Ambulat�rio de Andrologia do Hospital S�o Lucas da PUC-RS (Pontif�cia Universidade Cat�lica do Rio Grande do Sul), este tipo de estudo � importante por gerar dados nacionais sobre a disfun��o er�til, corroborando o conhecimento existente sobre o tema e permitindo a��es de sa�de p�blica locais."Mostra dados nossos, aqui do Brasil, e n�o de outras popula��es", destaca.
O m�dico diz ainda que, desde a d�cada de 1090, a literatura internacional indica que pelo menos a metade dos homens com mais de 40 anos de idade t�m algum grau de disfun��o er�til. "Em primeiro lugar, foi percebido que todos os fatores de risco para doen�a cardiovascular tamb�m eram fatores de risco para a disfun��o er�til", afirma o urologista.
Sobrepeso, obesidade e sedentarismo tamb�m se revelaram vil�es. "A atividade f�sica, como fator isolado, est� relacionada com o bom funcionamento do mecanismo de ere��o. Isto �, pacientes sedent�rios t�m mais impot�ncia que aqueles que fazem exerc�cios regulares, e os sedent�rios que adotam uma atividade f�sica podem recuperar a qualidade das ere��es", refor�a Da Ros.
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