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Estado de Minas SA�DE DO CORA��O

Estudo: a rela��o entre atividade f�sica e redu��o de doen�as do cora��o

Estudo realizado por cientistas da Esc�cia sugere uma rela��o direta entre a pr�tica frequente de atividades f�sicas e o menor risco de insufici�ncia card�aca


30/08/2022 10:54

Atletas se preparando para corrida
(foto: Pexels)

A insufici�ncia card�aca � uma condi��o cr�nica e progressiva que se desenvolve quando o cora��o n�o � capaz de desempenhar corretamente o processo de bombeamento de sangue para atender �s necessidades do corpo, e pode resultar em fadiga e dificuldade para respirar. Segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), 23 milh�es de pessoas em todo o mundo sofrem da doen�a. Uma pesquisa observacional realizada por cientistas da Universidade de Glasgow, na Esc�cia, e publicada na revista Circulation, da Associa��o Americana do Cora��o, sugeriu que a pr�tica frequente de atividades f�sicas - moderadas e intensas - pode diminuir o risco da enfermidade.

O estudo, que durou cerca de seis anos, avaliou mais de 94 mil pessoas, com idades entre 37 e 71 anos, cadastradas no Biobank, um banco de dados do Reino Unido. Do total, 57% eram mulheres e 96,6%, brancos. Nenhuma dessas pessoas tinha hist�rico de insufici�ncia card�aca.

Todas foram submetidas a atividades f�sicas moderadas e intensas. Cada participante usou um aceler�metro de pulso por sete dias consecutivos, durante 24 horas, para medir a intensidade e a dura��o dos exerc�cios.

Na an�lise de desempenho, os que realizaram atividades f�sicas moderadas, de 150 minutos a 300 minutos semanalmente, tiveram um risco 63% menor de insufici�ncia card�aca. Para os participantes que se exercitaram entre 75 minutos e 150 minutos semanais, de forma vigorosa, a chance de desenvolver a doen�a caiu 66%.

Leia tamb�m: M�sica auxilia pessoas com dem�ncia a se reconectar com familiares

As redu��es de perigo foram ajustadas para idade, sexo, etnia, escolaridade, condi��es socioecon�micas, tabagismo, consumo de �lcool e fatores diet�ticos. Ap�s a inscri��o, os dados foram coletados por meio de registros hospitalares.

"Essas descobertas indicam que todo movimento f�sico conta. Uma caminhada de 10 minutos � melhor do que ficar sentado. E, se poss�vel, tente caminhar um pouco mais r�pido, o que aumenta a intensidade e os potenciais benef�cios do exerc�cio", disse Frederick K. Ho, p�s-doutor, professor de sa�de p�blica na Universidade de Glasgow e co-autor principal do estudo. Ele enfatizou que ir al�m das recomenda��es de �rg�os de sa�de pode fornecer uma maior prote��o ao cora��o.

Fatores de risco


Os especialistas ressaltam que a pr�tica de exerc�cios beneficia, especialmente, pessoas com �ndice de massa corporal equivalente a sobrepeso ou obesidade, press�o alta e taxas de glicose ou colesterol elevadas - fatores de risco para a insufici�ncia card�aca. Segundo Carlos Celis, primeiro co-autor s�nior da pesquisa, as atividades f�sicas fortalecem o m�sculo card�aco, auxiliando o �rg�o no combate a doen�as.

"Os profissionais de sa�de podem sugerir mais movimentos com base no estilo de vida atual e no estado de sa�de do paciente", disse Ho. "Geralmente, a atividade f�sica moderada � mais f�cil de incorporar �s rotinas di�rias e, geralmente, mais segura. A vigorosa, �s vezes, � a mais eficiente em termos de tempo e pode ser mais adequada para pessoas ocupadas", ressaltou.

O pesquisador alertou, de qualquer forma, para que todas as pessoas tenham cautela ao iniciarem novos regimes de atividades f�sicas. O objetivo � prevenir les�es ou eventos adversos agudos, como ataque card�aco em uma pessoa sedent�ria que inicia exerc�cios de alto impacto repentinamente.

Os especialistas esclarecem que a pesquisa � observacional e n�o pode determinar uma rela��o de causa e efeito entre a quantidade e intensidade da atividade f�sica e o risco da doen�a. Como os participantes do Biobank do Reino Unido s�o predominantemente brancos, novos estudos s�o necess�rios para confirmar se os resultados se aplicam a pessoas de diversas etnias.

"Nossas descobertas se somam ao grande corpo de outras evid�ncias, sugerindo que manter uma quantidade modesta de atividade f�sica regular pode ajudar a prevenir o desenvolvimento de uma s�rie de condi��es cr�nicas, incluindo insufici�ncia card�aca", enfatizou o professor Naveed Sattar, segundo co-autor s�nior do estudo.

Tr�s perguntas para...

Carlos Celis, pesquisador da Escola De Sa�de Cardiovascular e Metab�lica da Universidade De Glasgow

Qual a import�ncia deste estudo para a sa�de das pessoas?


Nosso estudo � o maior realizado at� o momento usando aceler�metros de pulso para medir a atividade em mais de 94 mil adultos. Tamb�m fornece novas evid�ncias de que ir al�m das recomenda��es atuais de atividades moderadas de 150 minutos por dia pode fornecer maior prote��o. Descobrimos que a atividade f�sica moderada tem o potencial de aumentar os benef�cios do risco cardiovascular, conforme apropriado para todos.

Em termos gerais, a pr�tica de atividade f�sica � importante para a sa�de humana. Quais s�o os principais benef�cios para o cora��o?

Existem muitas maneiras potenciais pelas quais a atividade f�sica regular pode reduzir o risco de desenvolver insufici�ncia card�aca. Por exemplo, ajuda a prevenir o ganho de peso e condi��es cardiometab�licas relacionadas, como press�o alta e diabetes tipo 2, que s�o fatores de risco para insufici�ncia card�aca. O exerc�cio f�sico regular tamb�m pode fortalecer o m�sculo card�aco, o que, por sua vez, � capaz de impedir o desenvolvimento de insufici�ncia card�aca.

A pesquisa abrange um grupo espec�fico de pessoas. O que � necess�rio para determinar a rela��o entre insufici�ncia card�aca e atividades de impacto?


Este estudo inclui um grande n�mero de indiv�duos recrutados da popula��o brit�nica. A faixa et�ria variou entre 37 e 71 anos, sendo 57% mulheres. Portanto, os achados podem ser extrapolados para outras popula��es com caracter�sticas semelhantes. Embora nosso estudo forne�a evid�ncias de uma forte associa��o inversa entre insufici�ncia card�aca e atividade f�sica, s�o necess�rias evid�ncias futuras de ensaios em humanos ou m�todos estat�sticos avan�ados, como a randomiza��o mendeliana.


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