Obesidade, diabetes e hipertens�o s�o problemas de sa�de associados ao consumo desses alimentos Paloma Popov professora do curso de Nutri��o do Centro Universit�rio de Bras�lia (CEUB)
O Dia Mundial da Nutri��o, nesta sexta-feira (31), � uma oportunidade para debater e avaliar as pr�ticas nutricionais e a import�ncia de pol�ticas p�blicas preventivas. No Brasil, o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados representa mais da metade do consumo alimentar da popula��o brasileira (57,9%), conforme aponta estudo divulgado pelos Or�amentos Familiares (POF) do IBGE. Pessoas negras, ind�genas, moradoras das �reas rural e das regi�es Norte e Nordeste, assim como grupos com menores n�veis de escolaridade e renda, s�o os maiores consumidores de ultraprocessados.
De acordo com a professora do curso de Nutri��o do Centro Universit�rio de Bras�lia (Ceub) Paloma Popov, o primeiro passo para resolver esse problema � entender a diferen�a entre alimentos minimamente processados, processados e ultraprocessados, conforme categoriza o Guia Alimentar Brasileiro. "O que difere os alimentos processados dos ultraprocessados � que estes �ltimos possuem a quantidade m�nima de componentes alimentares. Por exemplo, o milho em casca � um alimento minimamente processado, enquanto o milho enlatado � um alimento processado. Os salgadinhos feitos de milho s�o um exemplo de alimento ultraprocessado", explica.
Paloma considera que a praticidade de consumir alimentos ultraprocessados contribui significativamente para o aumento do consumo, pois as pessoas querem comer com rapidez e facilidade. Segundo ela, refei��es e lanches congelados com conservantes, aromatizantes e outros aditivos n�o s�o apenas prejudiciais � sa�de, mas tamb�m podem causas doen�as. "Apesar da rotina corrida, o consumidor deve ler os r�tulos dos alimentos processados e ultraprocessados e escolher produtos com menos ingredientes e mais reconhec�veis", recomenda.
Uma hora a conta chega! Popov explica que as consequ�ncias do consumo de alimentos ultraprocessados ao longo do tempo podem ser graves, como obesidade, sobrepeso, diabetes e hipertens�o. "No passado, o Brasil enfrentou um grave problema de desnutri��o, mas agora a mudan�a � em dire��o � obesidade e problemas de sa�de devido aos h�bitos alimentares". Segundo a docente do Ceub, � fundamental conscientizar a popula��o sobre os perigos do consumo de alimentos ultraprocessados e a necessidade de uma alimenta��o balanceada para prevenir doen�as.
"Como se diz na nutri��o: somos o que comemos. Infelizmente, a popula��o est� esquecendo de voltar � cozinha. Muitas vezes, a cozinha � apenas uma parte decorativa da casa, quando na verdade precisamos estimular o preparo do alimento como um cuidado, uma terapia em fam�lia. Se cozinharmos o b�sico, como arroz, feij�o, verdura e salada, j� estaremos nos ajudando e mostrando os ganhos para a sa�de, como a pele, o cabelo e o intestino funcionando bem. � o m�nimo que precisamos fazer. Esse � o nosso maior foco de estudo e preocupa��o", considera Paloma.
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