Doen�as tireoidianas como o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e o c�ncer de tireoide afetam mais de 750 milh�es indiv�duos no mundo, segundo a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). Cerca de 60% dessas pessoas - principalmente mulheres acima de 40 anos - simplesmente desconhecem o problema, conforme estimativa da Organiza��o. No Dia Internacional da Tireoide, nesta quinta-feira (25/5), o objetivo � conscientizar a popula��o sobre o papel fundamental desta gl�ndula no organismo e a import�ncia dos exames de rotina para avaliar o seu bom funcionamento.
Respons�vel por regular todo o metabolismo, a tireoide impacta desde o crescimento e desenvolvimento de crian�as e adolescentes, passando por quest�es como fertilidade, mem�ria, sistema cardiovascular, ciclo menstrual, colesterol, ganho ou perda de peso, funcionamento do intestino, entre outros. Exames de imagem e laboratoriais de rotina s�o essenciais para o diagn�stico precoce das doen�as tireoidianas. Isso porque, em parte dos casos, essas enfermidades somente s�o identificadas tardiamente, quando j� evolu�ram para complica��es.
Segundo a m�dica endocrinologista Fl�via Pieroni, coordenadora de Provas Funcionais do S�o Marcos Sa�de e Medicina Diagn�stica, marca integrante da Dasa, maior rede de sa�de integrada do Brasil, a investiga��o das doen�as tireoidianas pode come�ar pelos exames laboratoriais, a partir da coleta de sangue. "Nesse procedimento, destacam-se os testes de TSH e os horm�nios ativos T4 e T3 livres, que podem definir se a tireoide est� funcionando adequadamente. E, para estabelecermos as causas do mau funcionamento da tireoide, podemos dosar os anticorpos direcionados a ela (anti-TPO, anti-tireoglobulina, TRAB e TSI). Em casos de d�vidas sobre a causa da disfun��o tireoidiana, pode-se lan�ar m�o da cintilografia de tireoide, um exame de imagem que determina se h� ou n�o produ��o excessiva dos horm�nios tiroidianos", explica. LEIA MAIS: Saiba da rela��o entre os dist�rbios da tireoide e o diabetes
A m�dica destaca tamb�m a possibilidade de realizar o ultrassom de tireoide, exame de imagem essencial para o diagn�stico dos n�dulos tireoidianos, que costumam surgir, em tamanhos muito pequenos, na regi�o do pesco�o. "As caracter�sticas ultrassonogr�ficas ajudam a definir o risco de um n�dulo ser maligno, sendo melhor avaliado atrav�s da pun��o e an�lise citol�gica do material nele contido", explica Fl�via, ressaltando que o diagn�stico definitivo do c�ncer de tireoide, entretanto, somente ser� determinado por meio da bi�psia, material obtido em procedimento cir�rgico.
Altera��es
A especialista explica que as principais doen�as decorrentes de altera��es na tireoide s�o de dois tipos: funcionais, quando h� altera��o na produ��o dos horm�nios tireoidianos, ou estruturais, quando as altera��es englobam o aumento no tamanho da tireoide, que pode ter como consequ�ncia a compress�o de estruturas adjacentes (como a traqueia, por exemplo) e a presen�a de n�dulos. "Apesar de a maioria dos n�dulos representar les�es benignas, � importante descartar a hip�tese de c�ncer de tireoide", complementa a profissional.
Segundo a m�dica Fl�via Pieroni, os principais fatores de risco para o aparecimento de n�dulos na tireoide s�o: g�nero feminino (a incid�ncia do c�ncer da tireoide � maior entre as mulheres), defici�ncia de iodo, hist�ria familiar de n�dulos de tireoide e hist�ria pessoal de exposi��o � radia��o. "Os n�dulos tireoidianos, entre os quais os tumores malignos, podem ocorrer em todas as faixas et�rias, mas s�o mais comuns acima dos 40 anos de idade, sendo mais prevalentes em mulheres (5% � palpa��o) que nos homens (1% � palpa��o). Em indiv�duos adultos, essa preval�ncia aumenta significativamente quando o diagn�stico � ultrassonogr�fico, podendo variar entre 20% a 65% na popula��o geral", observa.
J� no tipo funcional, a redu��o da produ��o de horm�nios � chamada de hipotireoidismo. Neste caso, o paciente apresenta sintomas como diminui��o da frequ�ncia card�aca, sonol�ncia, cansa�o, queda de cabelo, pris�o de ventre, entre outros. J� quando a gl�ndula aumenta sua produ��o de horm�nios, tem-se o hipertireoidismo, caracterizado pelo aumento da frequ�ncia card�aca, sudorese, nervosismo, perda de peso e tremores, entre outros sintomas.
Para a m�dica, a principal recomenda��o para preven��o das altera��es da tireoide, tanto para seu adequado funcionamento, quanto para preven��o do surgimento de n�dulos tireoidianos, � a ingest�o adequada de iodo. "O iodo, no nosso meio, � fornecido atrav�s do sal de cozinha e tamb�m est� contido em alguns alimentos, como os peixes e frutos do mar, gema de ovo e latic�nios. As necessidades de iodo aumentam na gesta��o e na amamenta��o. Mas vale lembrar que o excesso cr�nico de iodo tamb�m pode trazer malef�cio, como o hipertireoidismo e tiroidites", encerra.
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