Meningite: vacina��o � a principal forma de preven��o da doen�a
As infec��es mais comuns s�o as transmitidas por v�rus e bact�rias. Destas, a meningite bacteriana, frequente no outono e inverno, � considerada a mais grave
Meningite: com alto potencial de dissemina��o, a doen�a � causada por diferentes agentes
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Febre, dor de cabe�a, v�mitos, confus�o mental, rigidez da nuca s�o alguns dos sintomas da meningite, inflama��o das meninges, membranas que protegem o enc�falo e a medula espinhal. Com alto potencial de dissemina��o, a doen�a � causada por diferentes agentes. No entanto, os tipos mais severos da doen�a podem ser evitados com a aplica��o de vacinas.
As infec��es mais comuns s�o as transmitidas por v�rus e bact�rias. Destas, a meningite bacteriana, frequente no outono e inverno, � considerada mais grave. A infectologista e consultora do Servi�o de Imuniza��o do Sabin Diagn�stico e Sa�de, Ana Rosa dos Santos, refor�a a import�ncia de manter o calend�rio vacinal em dia: "Por ser uma doen�a provocada por v�rias bact�rias, existem imunizantes diferentes que agem na preven��o de infec��es causadas por algumas delas. Portanto, � necess�rio acompanhar o esquema de vacina��o recomendado para cada uma".
A vacina ACWY oferece prote��o contra os quatros principais tipos de infec��es causadas pela bact�ria Neisseria meningitidis. Com esquema de duas ou tr�s doses, essa vacina deve ser aplicada nos primeiros seis meses de vida. O refor�o � indicado em duas ocasi�es: entre quatro e seis anos e aos 11 anos: "Caso os adolescentes e adultos n�o tenham tomado o refor�o na inf�ncia, podem tomar uma dose �nica da meningoc�cica conjugada ACWY", lembra a especialista.
A meningoc�cica B, dispon�vel apenas na rede privada, � recomendada tamb�m at� os seis meses. � importante a vacina��o para adolescentes e adultos, principais respons�veis pela transmiss�o e infec��o de grupos menores de cinco anos. S�o duas doses com intervalo de um a dois meses, dependendo da idade.
As vacinas ACWY e B podem ser usadas em adultos com at� 50 anos, dependendo de risco epidemiol�gico, como os viajantes com destino �s regi�es onde h� risco aumentado da doen�a e pessoas de qualquer idade com doen�as que aumentem o risco para a meningite meningoc�cica.
Todas as vacinas s�o seguras e eficazes
Al�m disso, existem imunizantes que previnem a meningite transmitida por outros micro-organismos. A pentavalente, por exemplo, al�m de prevenir difteria, t�tano, coqueluche e poliomielite, protege contra a meningite causada pela bact�ria Haemophilus influenzae tipo b, como tamb�m a hexavalente. Estas vacinas s�o indicadas para crian�as a partir dos dois meses de idade.
Outra bact�ria importante, o Streptococcus pneumoniae (pneumococo), que causa doen�a meningoc�cica invasiva, pode ser evitada por vacinas, tais como a pneumoc�cica conjugada 10-valente, geralmente recomendada para crian�as de at� cinco anos de idade; e pneumoc�cica conjugada 13-valente, mais completa, dispon�vel na rotina da vacina��o infantil em cl�nicas privadas, pois protege contra mais tr�s sorotipos mais frequentes e mais prevalentes as infec��es respirat�rias.
“Todas as vacinas s�o seguras e eficazes. Algumas precisam de doses de refor�o porque os anticorpos podem cair ao longo do tempo e o indiv�duo deixa de estar protegido. Por isso, � necess�rio buscar orienta��o sobre as imuniza��es que cada um pode receber”, explica a especialista.
Viagem ao exterior
Para as pessoas que pretendem viajar ao exterior, � importante sempre verificar, com anteced�ncia, as exig�ncias recomendadas de acordo com o seu destino. Por exemplo, a vacina contra meningite meningoc�cica ACWY � recomendada para aqueles que se dirigem para a regi�o subsaariana da �frica (parte do cintur�o da meningite), onde a doen�a � end�mica e ocorrem surtos e epidemias nos per�odos de aglomera��o, como durante o Hajj (peregrina��o que leva milh�es de mu�ulmanos todos os anos at� a cidade sagrada de Meca), na Ar�bia Saudita, com exig�ncia de vacina��o para os viajantes. Por sinal, em 2023 a peregrina��o ocorre entre o final de junho e in�cio de julho.
Al�m da vacina��o, existem outros cuidados que precisam ser redobrados para prevenir as infec��es, uma vez que a principal forma de contamina��o � pelo contato entre pessoas, por meio das vias respirat�rias, por got�culas e secre��es do nariz e da garganta: "Evitem aglomera��es, contato �ntimo com pessoas doentes (por exemplo, pela fala, tosse, beijo, espirro), mantenham os ambientes bem arejados e ventilados, n�o compartilhem objetos de uso pessoal, higienizem as m�os com �lcool, e �gua e sab�o com frequ�ncia”, refor�a Ana Rosa dos Santos.
Aos primeiros sinais, procure atendimento m�dico para avalia��o cl�nica, pois o diagn�stico precoce possibilita o tratamento imediato, o que reduz a gravidade da doen�a e evita mortes. A notifica��o imediata de qualquer caso � muito importante para a conten��o de surtos e epidemias da doen�a.
O diagn�stico ser� confirmado a partir da coleta de amostras de sangue e l�quido cefalorraquidiano (l�quor), analisadas em laborat�rio. A identifica��o espec�fica do agente � importante para que o m�dico saiba como conduzir, exatamente, o tratamento da infec��o.
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