Latas de refrigerante, imagem meramente ilustrativa

Latas de refrigerante, imagem meramente ilustrativa

Breakingpic/Pexels
Representantes dos setores de bebidas e da ind�stria de alimentos criticaram a possibilidade de o aspartame, ado�ante usado em produtos como refrigerantes sem a��car, passar a ser listado como possivelmente carcin�geno pela Iarc (Ag�ncia Internacional de Pesquisa em C�ncer), bra�o da OMS (Organiza��o Mundial da Sa�de).

 

Procuradas pela reportagem, a Coca-Cola Brasil e a PepsiCo disseram que o setor est� sendo representado pelo ICBA (Conselho Internacional de Associa��es de Bebidas). O conselho, por sua vez, disse em nota que "at� a Iarc concorda que n�o � a autoridade apropriada para realizar a avalia��o de risco com base no consumo real".

 

Ainda de acordo com a entidade, a poss�vel medida da Iarc contradiz evid�ncias cient�ficas e induz as pessoas a consumirem mais a��car em vez de escolherem op��es seguras sem e com baixo teor de a��car. "Tudo com base em estudos de baixa qualidade", diz.

 

"Ao contr�rio do parecer vazado da Iarc, uma revis�o sistem�tica de abril de 2022 publicada pelo �rg�o controlador da Iarc, a WHO [OMS], concluiu que n�o havia "associa��o significativa" entre o maior consumo de ado�antes de baixa e nenhuma caloria (medido por meio do consumo de bebidas) e a mortalidade por c�ncer", escreveu o conselho em nota � imprensa.

 

A Abiad (Associa��o Brasileira da Ind�stria de Alimentos para Fins Especiais e Cong�neres) disse que o Iarc n�o tem atribui��o de �rg�o regulador de seguran�a alimentar.

 

"A Abiad demonstra preocupa��o com as especula��es preliminares sobre a opini�o da referida ag�ncia, que podem confundir os consumidores sobre a seguran�a do aspartame", escreveu a associa��o em nota. O posicionamento � seguido pela Hypera, dona de marcas de ado�antes como a Zero-Cal.

 

Conforme mostrou a ag�ncia Reuters, a indica��o de que o aspartame � cancer�geno ser� feita em julho pela Iarc. A informa��o levantou d�vidas sobre os riscos do produto para a sa�de no curto e longo prazo.

 

Os ado�antes artificiais n�o nutritivos s�o alvo da OMS desde maio, quando a ag�ncia indicou que eles n�o devem ser usados para perda e manuten��o do peso corporal. A diretriz incluia o aspartame.

 

Segundo especialistas ouvidos pela Folha na �poca, n�o � necess�rio interromper o uso dos produtos, indicados principalmente para pessoas com diabetes. M�dicos pontuaram que este tipo de recomenda��o � direcionado principalmente para governos, que devem rever o consumo em programas que mirem a sa�de p�blica.

 

Ponderam, por�m, que � importante consultar um profissional da �rea, como nutricionista, para receber uma orienta��o personalizada.