A Fifa aproveitou a Conven��o de Futebol Feminino em Sydney, na Austr�lia, para lan�ar um projeto voltado para a sa�de e performance da modalidade
A Federa��o Internacional de Futebol (Fifa) aproveitou a Conven��o de Futebol Feminino em Sydney, na Austr�lia, para lan�ar um projeto voltado para a sa�de e performance da modalidade. O objetivo � intensificar as pesquisas sobre o assunto e elevar a participa��o, educa��o e desempenho das mulheres.
O projeto
O documento divulgado pela Fifa tem 52 p�ginas e conta com 23 especialistas. Uma delas � Ivi Casagrande, preparadora da Sele��o Brasileira.
A pesquisa aponta as diferen�as principais entre homens e mulheres, especialmente na parte f�sica, de horm�nios, gravidez, menopausa, recupera��o, hidrata��o, sono, les�es, entre outros.
A entidade defende que as informa��es sobre sa�de e performance do futebol feminino deveriam ser acess�veis para todos os envolvidos na modalidade, n�o s� jogadoras, m�dicos ou mulheres dos estafes.
Das pesquisas relacionadas ao futebol, 94% s�o feitas a partir do corpo do homem.
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Menstrua��o e educa��o
- 95% das jogadoras apresentam sintomas di�rios do ciclo menstrual.
- Uma em cada tr�s jogadoras ajustaram o treino devido a sintomas.
- 66% sentem que os sintomas afetam seu desempenho.
- 90% das jogadoras n�o comunicam os problemas do ciclo menstrual aos treinadores.
- 41% das jogadoras tiveram sangramento intenso.
- 85% percebem conhecimento insuficiente do ciclo menstrual.
- 42-47,1% das atletas usam contracep��o hormonal e 45% usam analg�sicos para sintomas menstruais.
"Quando jogava a �nica coisa que come�aram a fazer era acompanhar o ciclo, mas n�o era usado para nada a informa��o. Hoje com os estudos voc� consegue usar isso para melhorar a performance. Faz uma enorme diferen�a ser treinada como mulher e n�o como um pequeno homem. Permite que as mulheres sejam melhores", disse Kirsty Yallop, ex-atleta da Nova Zel�ndia.
Um dos pontos principais desse projeto fala sobre mulheres serem encorajadas a acompanharem o ciclo menstrual e aprender mais sobre os pr�prios corpos, sendo educadas como algo normal.
Esse t�pico, assim como outros que envolvem as mulheres, ainda � considerado tabu em discuss�es at� mesmo na vida normal em sociedade.
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"Em 2019 nos EUA test�vamos os times e d�vamos as informa��es a eles. Para alguns times que fui, algumas atletas colocavam o capuz quando come��vamos a falar sobre isso. Homens do estafe sa�am da sala achando que n�o precisavam fazer parte disso. N�o � assim. � sobre normalizar para todo mundo se sentir confort�vel", disse Dawn Scott, m�dica do Washington Spirit.
Com pesquisas mais voltadas para o corpo feminino, a entidade busca incentivar o entendimento de horm�nios, como treinar as jogadoras, o que mudar, recupera��o, nutri��o, educar as atletas entre outros para fortalecer a plataforma de pesquisa do futebol feminino.
"Um dos principais problemas � que pesquisar em mulheres � complicado e caro. Os horm�nios podem mudar do dia para a noite. Entender a din�mica, dia um do ciclo menstrual, depois testar em outro e outro. Com homens pode fazer em qualquer dia. Precisamos ter mais conhecimento desta �rea e saber que n�o podemos copiar o modelo masculino. Investir dinheiro. Precisamos pensar em como colocar a pesquisa no campo e tamb�m levar do campo para a teoria e aprofundar mais", afirmou Georgie Bruinvels, que trabalha tamb�m no Chelsea e na Inglaterra.
"Jogadoras sentem que durante o ciclo menstrual n�o conseguem performar da mesma maneira. Desta forma, as diferentes �reas precisam saber lidar. As mulheres podem estar muito bem em um dia e mal no outro. � preciso passar o conhecimento a elas", completou Bruinvels. Neste ano, por exemplo, mulheres j� tiveram shorts adaptados pensado no per�odo menstrual.
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