homem fuma cigarro eletrônico

O tabagismo � um problema de sa�de coletiva

Silvia/Pixabay


Desde 1986 o Brasil comemora o Dia Nacional do Combate ao fumo em 29 de agosto. A data foi criada pelo Instituto Nacional de C�ncer (Inca) para refor�ar as a��es nacionais de sensibiliza��o e mobiliza��o da popula��o para os danos sociais, pol�ticos, econ�micos e ambientais causados pelo tabaco. Encarar o tabagismo como problema de sa�de coletiva segue sendo um tema atual.

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Respons�vel por cerca de 90% das mortes por c�ncer de pulm�o, o tabagismo � reconhecido como uma doen�a cr�nica causada pela depend�ncia � nicotina presente nos produtos � base de tabaco, em todos os seus formatos e apresenta��es, incluindo-se a� tanto o tradicional cigarro quanto as vers�es mais recentes de consumo, conhecidos como cigarro eletr�nico, vape ou pod, e at� mesmo o tabagismo passivo, ou seja, a exposi��o de pessoas que n�o consomem a subst�ncia � fuma�a exalada pelos fumantes.

Apesar de proibidos de serem comercializados no Brasil de maneira regular, os cigarros eletr�nicos continuam ganhando mais adeptos; de 2018 a 2022, a quantidade de usu�rios quadruplicou, segundo estudo da Intelig�ncia em Pesquisa e Consultoria (IPEC). Isso ocorre, em parte, porque esses usu�rios n�o se consideram fumantes e intitulam-se ‘vaporizadores’ (vapers).

Respons�vel por cerca de 90% das mortes por c�ncer de pulm�o, o tabagismo � reconhecido como uma doen�a cr�nica causada pela depend�ncia � nicotina presente nos produtos � base de tabaco, em todos os seus formatos e apresenta��es

Instituto Nacional de C�ncer, o Inca



N�veis de toxicidade

Os perigos aumentam quando se considera que os n�veis de toxicidade podem ser t�o prejudiciais quanto os do cigarro tradicional; algumas marcas de cigarros eletr�nicos cont�m concentra��es mais elevadas de formalde�do, um agente cancer�geno, quando comparadas �s produzidas pela fuma�a de alguns cigarros, entre outros malef�cios.
 
“Os efeitos do tabagismo v�o muito al�m do que � poss�vel perceber”, alerta Rizzieri Gomes, m�dico cardiologista, focado na mudan�a do estilo de vida (MEV) de seus pacientes. “Costuma-se focar mais nos danos f�sicos, mas existem danos familiares, emocionais e uma s�rie de outros, pois a nicotina � uma das drogas que mais causa depend�ncia no mundo. Neste dia, quem puder levar informa��o a um amigo, um parente ou mesmo um conhecido, pode estar ajudando esse fumante”, sugere.

Coca-cola e chiclete bubbaloo

Um outro malef�cio apontado por um estudo divulgado pela Unesp � a alta quantidade de a��car presente nos l�quidos que abastecem os cigarros eletr�nicos,  para proporcionar aromas de frutas, como abacaxi, morango, melancia, e at� alguns sabores que t�m apelo nost�lgico e infantil, como coca-cola e chiclete bubbaloo, esses l�quidos podem causar c�rie e doen�as periodontais.

A mesma pesquisa chamou aten��o para o perfil dos fumantes atuais de cigarros eletr�nicos, concentrado entre os jovens; 19,7% das pessoas entre 18 e 24 anos j� experimentou cigarro eletr�nico (na faixa entre 35 e 49 anos esse percentual cai para 3,3%). 

Leia:  Cigarro � a principal causa de c�ncer bucal, alerta Inca.

Como parar de fumar?

Rizzieri Gomes lista uma s�rie de atitudes que podem ajudar quem quiser parar de fumar:
  1. Estabelecer uma data para parar.
  2. Buscar ajuda profissional, como m�dicos e terapeutas.
  3. Encontrar substitutos saud�veis para o cigarro, como alimentos nutritivos.
  4. Praticar exerc�cios f�sicos para lidar com o estresse.
  5. Evitar situa��es e pessoas que estimulem o consumo de tabaco.
  6. Cercar-se de apoio familiar e amigos que incentivam e motivam.
  7. Acreditar em si mesmo(a) e celebrar cada conquista.