Agosto Dourado � um m�s dedicado a ressaltar a import�ncia do aleitamento materno
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Fabiana Reinholz - De acordo com o Minist�rio da Sa�de, em 1986, o percentual de crian�as brasileiras com menos de seis meses alimentadas exclusivamente com leite materno n�o passava de 3%. Em 2008, j� tinha atingido os 41%. Atualmente, a amamenta��o exclusiva chega aos 46%. Percentual pr�ximo aos 50% que a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estipulou como meta a ser atingida pelos pa�ses at� 2025.
Para encerrar o Agosto Dourado, m�s dedicado a ressaltar a import�ncia do aleitamento materno, o Brasil de Fato RS conversou com as nutricionistas N�li Akui e Clarissa Agostini do Hospital Divina, da Divina Provid�ncia. N�li � a respons�vel t�cnica do Servi�o de Nutri��o e Diet�tica do Hospital e Clarissa atua na assist�ncia a gestantes e no alojamento conjunto onde ficam internados mam�es e beb�s.
Qual a import�ncia do aleitamento materno?
O leite materno � o alimento espec�fico para o beb�, possui anticorpos que aumentam a imunidade, protegendo-o contra doen�as e cont�m os nutrientes espec�ficos para a crian�a de acordo com sua fase do desenvolvimento, al�m de auxiliar na cria��o do v�nculo m�e-beb� e no desenvolvimento motor-oral e na forma��o do paladar. Para a m�e confere benef�cios como aux�lio no retorno do peso no p�s-parto e fator de prote��o contra doen�as como o c�ncer de mama e de �tero.
Quais vantagens do leite materno em rela��o aos outros leites?
Possui os nutrientes espec�ficos de acordo com cada fase e idade do beb�. M�es de rec�m-nascidos prematuros, por exemplo, produzem leite com maior quantidade de prote�nas, pois estes as necessitam em maior aporte. O primeiro leite excretado � o colostro, sendo que a m�nima quantidade j� � suficiente para trazer in�meros benef�cios. � considerada a “primeira vacina”, pois possui v�rios anticorpos. No Divina, temos o protocolo de colostroterapia como rotina na UTINeo - administra��o de 0,1 ml de colostro em cada bochecha do rec�m-nascido prematuro para j� conferir estes benef�cios.
O leite materno possui baixo custo, est� na temperatura adequada e possui todos os nutrientes e hidrata��o que beb� precisa, n�o sendo necess�rio acrescentar �gua ou ch�s at� os seis meses. Tamb�m n�o necessita nenhum tipo de preparo ou dilui��o, sendo pronto para o consumo, reduzindo risco de contamina��o.
Quais s�o as doen�as mais frequentes em crian�as que n�o s�o amamentadas no peito?
Crian�as n�o amamentadas com leite materno possuem maior risco de desidrata��o, diarreia e doen�as infecciosas.
Como manter o aleitamento materno ap�s o retorno ao trabalho e o que precisa ser feito?
A manuten��o ap�s o retorno ao mercado de trabalho ainda � um desafio, por�m existem alternativas como a esgota das mamas e armazenamento do leite materno em recipientes de vidro e mantido sob refrigera��o. Tamb�m h� legisla��es que defendem a licen�a maternidade at� o sexto m�s quando a m�e amamenta (per�odo do aleitamento exclusivo). E algumas empresas possibilitam locais para amamenta��o e flexibilidade de hor�rios para a mesma.
De acordo com o Minist�rio da Sa�de, em 1986, o percentual de crian�as brasileiras com menos de seis meses alimentadas exclusivamente com leite materno n�o passava de 3%. Em 2008, j� tinha atingido os 41%. Atualmente, a amamenta��o exclusiva chega aos 46%. Percentual pr�ximo aos 50% que a OMS estipulou como meta a ser atingida pelos pa�ses at� 2025. Na tua avalia��o, apesar do salto que teve, por que o percentual ainda � baixo?
Entendemos que a car�ncia de apoio dos locais de trabalho, rede de apoio enfraquecida, falta de informa��o sobre esgota e armazenamento do leite materno, contribuam para diminuir os �ndices de aleitamento materno exclusivo.
O Divina promoveu, no �ltimo s�bado (26), um mama�o coletivo em incentivo � amamenta��o. Qual a import�ncia desse tipo de campanha?
Troca de experi�ncias entre as m�es, fortalecimento da maternidade, salientar import�ncia do aleitamento materno, divulgar informa��es e conhecimentos.
Nos fale sobre a import�ncia dos bancos de leite.
Auxiliam na capta��o do leite materno, podendo levar seus benef�cios a v�rios beb�s internados. Neste local o leite passa pelo processo de pasteuriza��o, podendo ser usado por qualquer beb�. Acolhimento e orienta��es �s m�es com equipe treinada e habilitada. A doa��o de leite materno � fundamental para ampliar as chances de recupera��o de beb�s prematuros e/ou de baixo peso que est�o internados em UTIs neonatais. Tamb�m d� a oportunidade a esses beb�s de iniciarem com o alimento ideal desde as primeiras horas de vida.
Hoje, conforme legisla��o, � obrigat�rio que todo posto de coleta tenha um banco de leite de refer�ncia para doar o leite excedente. No caso do Divina, nossa refer�ncia � o Hospital Presidente Vargas.
Entre os meses de janeiro e julho deste ano foram coletados mais de 200 litros de leite humano no posto de coleta do Hospital Divina. Deste total, aproximadamente 160 litros foram destinados aos beb�s internados na UTI Neonatal. Desde mar�o, o leite excedente � transferido ao Banco de Leite Humano do Hospital Presidente Vargas (HPV), onde passa por pasteuriza��o e processamento, para posterior oferta aos beb�s da UTI Neo do HPV.
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