mulher idosa tendo a pressão arterial medida por uma enfermeira

No Brasil, estima-se que existam 50 milh�es de hipertensos, o equivalente a 45% dos adultos com idade entre 30 e 79 anos

CDC/Unsplash
 

Recente levantamento apresentado pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) desperta preocupa��o para o risco de alta nos casos de doen�a renal cr�nica em todo o Brasil. Isso porque a hipertens�o arterial, um dos principais fatores de risco para les�o renal, estaria muito longe de ter o acompanhamento e controle adequados. Em relat�rio, a OMS estima que 1 em cada 3 brasileiros hipertensos desconhe�a a condi��o e, mesmo entre aqueles diagnosticados, a maioria n�o trata corretamente a doen�a¹.

“� realmente uma grande preocupa��o porque a hipertens�o arterial, assim como o diabetes, pode comprometer a fun��o dos rins muito rapidamente, com danos permanentes”, explica Bruno Zawadzki, diretor m�dico da DaVita, rede de tratamento renal. Ele esclarece que, por causa da hipertens�o descontrolada, muitos pacientes desenvolvem doen�a renal cr�nica, precisando de hemodi�lise e, dependendo do caso, se tornam eleg�veisz para o transplante renal.


No Brasil, estima-se que existam 50 milh�es de hipertensos, o equivalente a 45% dos adultos com idade entre 30 e 79 anos. Quando observados os adultos acima de 60 anos, o percentual sobe para 65%.

Fatores gen�ticos e sociais

A hipertens�o � uma condi��o caracterizada pela eleva��o persistente da press�o arterial, em que a press�o sist�lica (m�xima) � maior do que 140 mmHg e a press�o diast�lica (m�nima) fica acima de 90 mmHg. Seu desenvolvimento � influenciado por fatores gen�ticos, ambientais e sociais.

Al�m da doen�a renal cr�nica, que implica em cuidados permanentes ao paciente, a hipertens�o arterial est� relacionada � infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs), que figuram entre as principais causas de morte no Brasil.

Doen�a silenciosa

“O grande desafio da hipertens�o � a falta de sinais e sintomas. � uma doen�a silenciosa, por isso o diagnostico � tardio e, em muitos casos, o paciente deixa de conduzir o tratamento adequadamente porque n�o sente nenhum inc�modo pela doen�a”, explica Zawadzki. Mas esse inc�modo pode surgir de forma grave e irrevers�vel, com infarto, AVC e doen�a renal cr�nica.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que a press�o seja medida de rotina nas consultas de qualquer especialidade m�dica. Se o valor encontrado for menor que 14x9, o paciente pode ser avaliado anualmente.

Embora a hereditariedade seja um fator importante para a hipertens�o, existem fatores ambientais que podem ser controlados, como tabagismo, bebidas alco�licas em excesso, obesidade, estresse, consumo elevado de sal, n�veis altos de colesterol e sedentarismo.