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Estado de Minas DERMATOLOGIA

A sa�de da pele durante a quimioterapia

Constantemente, a autoestima fica abalada e o aumento no n�vel de cortisol eleva a predisposi��o � acne e dermatites


22/07/2023 06:00 - atualizado 07/08/2023 15:02
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Creme nas mãos
(foto: Adore Beauty/Pixabay)

O c�ncer � hoje a segunda principal causa de morte, sendo que a cada seis mortes no mundo uma est� relacionada ao c�ncer. Isso se d� pelas caracter�sticas da doen�a que se baseiam na multiplica��o r�pida de c�lulas anormais que crescem al�m de seus limites habituais, invadindo outros tecidos e podendo se espalhar pelo corpo por meio do sistema circulat�rio. 

Uma de suas formas de tratamento � por meio da quimioterapia, tratamento que utiliza f�rmacos que se misturam ao sangue com o fim de destruir c�lulas tumorais. Essa forma de tratamento apresenta diversas modifica��es no organismo, pois as c�lulas tumorais s�o muito parecidas com as c�lulas normais e isso faz com que os tratamentos sejam inespec�ficos, ou seja, atuam n�o s� na morte de c�lulas cancer�genas, mas tamb�m na morte de c�lulas saud�veis. 

Quando essas transforma��es ocorrem nas c�lulas da pele, este quadro leva � diversos problemas dermatol�gicos como manchas, vermelhid�o e incha�o nos p�s e nas m�os e altera��es no couro cabeludo. Vale ressaltar o estresse em que todos os pacientes s�o submetidos ao passarem pelo tratamento quimioter�pico, n�o apenas pelo diagn�stico da doen�a em sim, mas tamb�m pelas transforma��es na autoimagem. 

Constantemente, a autoestima fica abalada e o aumento no n�vel de cortisol, horm�nio liberado quando experimentamos altos n�veis de estresse, eleva a predisposi��o � acne e dermatites. Quadros de doen�as autoimunes tamb�m podem ser agravadas com o aumento do cortisol, causando pioras na pele de pacientes com vitiligo, psor�ase, e eczemas.


Essas altera��es causadas pelo tratamento quimioter�pico tamb�m atingem os anexos da pele, como unha e cabelos. A alopecia, ou queda de cabelo, � um dos sinais caracter�sticos de pessoas que passam pela quimioterapia. Esse efeito adverso est� intimamente relacionado a mudan�a na percep��o da autoimagem do paciente que contribui para eleva��o do n�vel de estresse e �ndices de depress�o durante esse tratamento. 

A alop�cia � consequ�ncia, principalmente, da redu��o da atividade da gl�ndula seb�cea, respons�vel pela lubrifica��o do pelo e hidrata��o da pele. Com a redu��o da lubrifica��o natural e baixa hidrata��o da pele, o bulbo capilar perde sua for�a e reduz seu metabolismo e o fio de cabelo n�o consegue condi��es ideais para passar pela fase de crescimento. Esse � o principal motivo pelo qual o paciente deve ter muita aten��o com a hidrata��o da sua pele durante o tratamento.

Outra c�lula que pode ser responsiva ao tratamento quimioter�pico s�o os melan�citos, c�lulas produtores de melanina. Quando essas c�lulas s�o hiperativadas pelo tratamento quimioter�pico, o paciente pode apresentar manchas na pele, conhecidas como hiperpigmenta��es. Esse efeito adverso ocorre gra�as ao aumento na produ��o de melanina gerada pelas modifica��es biol�gicas da terapia e s�o ainda mais agravadas em �reas com exposi��o � raios ultravioletas e �reas de atrito, como axilas e virilha. 

Essa manifesta��o tamb�m afeta diretamente na autoestima do paciente e qualidade de vida agravando ainda mais os efeitos descritos anteriormente. Por�m, � comum o desaparecimento de parte dessas manchas ap�s alguns meses sem o uso dos quimioter�picos. Vale ressaltar, que, dependendo do f�rmaco administrado, o aparecimento de manchas pode ser mais r�pido e tamb�m pode atuar em regi�es distintas do corpo. 

Outro sintoma caracter�stico do tratamento � a s�ndrome m�o-p�. Essa s�ndrome promove a vermelhid�o, incha�o e dor nas m�os ou nos p�s. Essa s�ndrome pode se agravar ao ponto de levar a redu��o da dose do f�rmaco administrado ou at� mesmo a interrup��o do tratamento. Ainda n�o h� uma causa certa para esta s�ndrome, por�m, teorias apontam que ela ocorre gra�as a toxicidade exposta pela terapia, que tem como consequ�ncia o aumento da taxa de reprodu��o de c�lulas da pele. 

Dito isso, � v�lido afirmar que quando falamos da pele de pacientes que passam pela quimioterapia estamos falando de uma pele extremamente sens�vel, vulner�vel e alterada. Por isso, seu cuidado deve ser refor�ado. S�o recomendados cremes com a��o hidratante, antioxidante e a��o anti-inflamat�ria para proteger, restaurar e acalmar a camada protetora da pele, com suas c�lulas e todos seus anexos. 

Vale comentar que cremes que tamb�m contenham a��o cicatrizante, s�o importantes j� que a pele extremamente fragilizada apresenta problemas de regenera��o de feridas. Por fim, � grande a import�ncia da utiliza��o de cosm�ticos sem alerg�nicos, ou seja, produtos que n�o contenham ess�ncias, corantes e parabenos para que n�o desencadeie mais um processo inflamat�rio e prejudicial � pele.

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