
O Estado, essa m�quina administrativa criada para menosprezar a hist�ria dos indiv�duos, enquanto enriquece a elite pol�tica do pa�s e cria novos carimbos para preencher os caixas dos cart�rios, vive em fun��o do trabalho alheio.
O aparato estatal se caracteriza, fundamentalmente, como um grande produtor de nada nenhuma e, justamente por isso, precisa de confiscar a renda de quem verdadeiramente produz no pa�s.
Ao contr�rio do que dizem os partidos populistas, no Brasil, o Estado � o grande respons�vel pelo aumento das desigualdades: criando estrat�gias para desvio de verbas e garantindo a heran�a das fam�lias pol�ticas que historicamente escravizam os contribuintes.
Trabalhamos cerca de 150 dias para sustentar privil�gios daqueles e daquelas que ganham sal�rios altos e recebem aux�lio-moradia, mas n�o gostam de contato com o povo, excluso a proximidade das elei��es.
Enquanto sonhamos com a semana de trabalho de quatro dias, muitos j� vivem a de tr�s. A conta � simples: enquanto alguns nada produzem, outros devem produzir (e muito!) para arcar com a despesa de cinco milh�es de d�lares anuais, custo de cada congressista.
O 12º pa�s mais rico do mundo, que ocupa a 87ª posi��o no �ndice de Desenvolvimento Humano, atr�s de vizinhos como o Chile, Argentina, Peru e Uruguai e ostentando o 54º lugar no PISA, a principal avalia��o internacional de desempenho escolar, possui o segundo congresso mais caro do mundo.
N�o precisa ser nenhum acad�mico, pesquisador ou especialista em estat�stica para inferir que os dados do par�grafo acima s�o, no m�nimo, contradit�rios. Bancamos a segunda vida pol�tica mais cara do mundo e moramos em uma das na��es mais desiguais do planeta. Nosso trabalho sustenta isso.
Nada mais atual que a leitura de D. Thoureau e sua Desobedi�ncia Civil, texto escrito quando o fil�sofo se negou a pagar impostos aos Estados Unidos, pois sabia que os recursos seriam utilizados para financiar a guerra contra o M�xico.
“O melhor governo � o que menos governa”, essa frase inicial que sustenta o pensamento do autor pode nos inspirar em uma reescrita de vida, afirmando que o melhor Estado � o que menos explora.