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Estado de Minas TIRO LIVRE

Que o Atl�tico reverencie Tardelli - o que n�o fez com Marques e R10

Nem precisaria que essa terceira passagem de Tardelli pelo Galo fosse brilhante - como de fato n�o foi. A folha de bons servi�os prestados j� estava completa


27/05/2021 18:32 - atualizado 04/06/2021 16:08

Tardelli encerra trajetória no Atlético com 230 jogos, sete títulos e 112 gols(foto: Pedro Souza/Atlético)
Tardelli encerra trajet�ria no Atl�tico com 230 jogos, sete t�tulos e 112 gols (foto: Pedro Souza/Atl�tico)
Quando o Atl�tico decidiu pelo encerramento do v�nculo com Ronaldinho Ga�cho, em julho de 2018, a coluna Tiro Livre simbolizou aquele ponto final com a seguinte frase: “Muitos s�o os que aparecem, mas poucos s�o os que se eternizam.” Escrever uma hist�ria de idolatria em um esporte movido pela passionalidade como o futebol n�o � t�o f�cil quanto possa parecer. E isso fica cada dia mais evidente.

Se voc� puxar na mem�ria, certamente vai listar dezenas de jogadores que chegaram ao seu clube do cora��o com toda pompa e foram embora sem deixar a menor saudade. Tanto na vida quanto nos campos, a saudade � boa m�trica para qualificar o que foi vivido.

Por isso, t�o importante quanto a contrata��o de um jogador com potencial para ser �dolo � a maneira como o clube se comporta na despedida dele, sobretudo depois de uma parceria bem-sucedida.

Conferir dignidade a esse momento � uma forma de respeito � institui��o, ao atleta e aos torcedores.

Na trajet�ria recente do Atl�tico houve dois casos pontuais em que faltou sensibilidade nesse adeus – o clube ficou devendo maior rever�ncia a Marques e Ronaldinho Ga�cho.

O primeiro fez seu �ltimo jogo pelo Galo em maio de 2010 e se despediu da torcida em entrevistas pela imprensa. Nada foi feito de oficial.

Por tudo o que significou para o alvinegro, por ter feito jus aos gritos de “Ol�, Marques” que ecoavam pelas arquibancadas do Mineir�o, pelo drible de corpo que tantas vezes enganou advers�rios, por ter ajudado a consagrar tantos atacantes, como Renaldo e Guilherme, e tamb�m pelos muitos gols marcados, Marques merecia ter tido sua hist�ria exaltada.

Com Ronaldinho Ga�cho havia um desgaste evidente de fim de relacionamento, como ficou registrado na coluna Tiro Livre publicada tr�s dias antes do an�ncio da despedida: “Na pr�tica, o ano de 2014 n�o entrou no calend�rio futebol�stico do craque. Os gols rarearam. Os passes magistrais diminu�ram. As cobran�as de falta deixaram de ser t�o precisas. A bola n�o beija o p� do astro com a mesma devo��o. Ele nem fica mais em campo por 90 minutos”.

Mesmo assim, quando o clube decide pela ruptura com jogadores desse quilate precisa reconhecer tudo o que foi constru�do. A passagem de Ronaldinho Ga�cho colocou o Atl�tico em outro patamar. E o Atl�tico devia a ele um agradecimento � altura.

Como Marques, Ronaldinho n�o teve jogo de despedida, apesar das muitas promessas e da grande cobran�a feita pela torcida. Um amistoso entre os times Amigos do Ronaldinho e Sele��o do Galo chegou a ser anunciado para dezembro de 2019. Decidiram adiar para 2020, e a� deu no que deu.

Agora chegou a vez de Diego Tardelli.Nem precisaria que essa terceira passagem dele pelo Galo, que se encerrou nesta quinta-feira (27/5), fosse brilhante – como de fato n�o foi. A folha de bons servi�os prestados j� estava completa.

Seria apenas o complemento de uma miss�o que j� havia sido cumprida.

Ele j� havia se dedicado, corpo e alma, � camisa preto e branco na primeira temporada e depois, quando retornou para ser um dos pilares da conquista da Copa Libertadores de 2013 e da Copa do Brasil de 2014.

Aquele era o Tardelli em seu auge, f�sico e emocional. Em campo, entregava tudo o que se esperava dele. Por isso, os 230 jogos, 112 gols e sete t�tulos o al�aram a uma condi��o que poucos conseguem. O posto daqueles que se perpetuam mesmo sem precisar dar nenhum chute a mais na bola.

Quando voltou para o alvinegro, no in�cio do ano passado, Tardelli j� n�o estava no �pice da carreira. Vinha de uma temporada frustrante no Gr�mio e tentaria resgatar, na Cidade do Galo, a fa�sca que o movia dentro das quatro linhas. Contou com o apoio da Massa, mas ele n�o foi suficiente.

Tardelli se machucou gravemente e quando voltou j� estava perto do encerramento do contrato e em desvantagem na briga por um lugar no ataque atleticano com Savarino, Hulk, Keno, Marrony, Sasha e Vargas.

Como Marques e Ronaldinho, Tardelli est� no rol de grandes craques do centen�rio Atl�tico. Nessa lista h� jogadores que muitos torcedores n�o viram jogar e nem por isso deixam de respeitar ou de admitir a import�ncia que t�m para o clube.

S�o atletas que imortalizaram o nome, um n�mero de camisa, uma conquista, uma jogada. A admira��o por eles atravessa gera��es, extrapola qualquer contagem temporal. A torcida reconhece isso, e o clube tamb�m precisa formalizar esse respeito.

Que a prometida homenagem a Tardelli no domingo, na estreia do Atl�tico na S�rie A do Campeonato Brasileiro, contra o Fortaleza, no Mineir�o, atenda a esses quesitos. Que o �ltimo cap�tulo tenha um final feliz.

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