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Estado de Minas COLUNA

Guerra mundial na medicina

A acupuntura atravessou o tempo milenar e, ao se encontrar com a homeopatia e a psican�lise, ampliou o horizonte do tratamento e da cura


13/08/2023 04:00 - atualizado 12/08/2023 16:31
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O medico acupunturista realiza procedimento na paciente
A acupuntura foi desenvolvida na China h� mais de 5 mil anos (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press - 17/9/12)
O primeiro m�dico do mundo estabeleceu o mais simples dos m�todos de diagn�stico que consiste em tomar o pulso de um paciente para medir sua press�o e sentir seu estado vital de energia. S�o s�ndromes energ�ticas e os meridianos do corpo, que, em harmonia ou desarmonia, estabelecem nosso estado de sa�de ou de doen�a.

Dosagens, analgesia, incis�es pontuais, gin�stica, profilaxia, toxicologia, teoria das doen�as infecciosas, boas pr�ticas na fabrica��o de rem�dios, �tica no seu uso.

A acupuntura atravessou o tempo milenar e, ao se encontrar com a homeopatia e a psican�lise, ampliou o horizonte do tratamento e da cura, passando a incomodar a medicina tradicional de droga, interna��o, cirurgia e hospital.

Adeptos da homeopatia, a rainha Elizabeth, Paul McCartney e Bill Clinton s�o sua melhor propaganda. Imagine as manchetes m�dicas de uma hipot�tica �ltima edi��o da imprensa mundial com o necrol�gio da vida na terra derretida pelo calor.

Certamente seriam cinco as principais not�cias sobre sa�de dos �ltimos tr�s mil anos: 'Nasceu a acupuntura'; 'Descobriram a homeopatia'; 'Inventaram a psican�lise'; 'Criaram a penicilina'; 'Transplantaram um cora��o'.

Originado em sistemas humanistas dedicados a escutar o sofrimento das pessoas e ajud�-las a restabelecer a sa�de, sem as distra��es que a medicina biotecnol�gica produziu no corpo e seus sintomas, s� devia ser permitido o exerc�cio da medicina a quem acredita na energia vital do corpo posta em liberdade para poder agir sobre as mol�stias.

A pretens�o obsessiva de curar voc� de si mesmo que a medicina industrial pratica � uma boa oportunidade para ter uma decep��o com quem a defende. M�dico bom � quem se recusa a ver um s� sintoma e n�o anula a miss�o do corpo e do desejo de viver e vencer os fen�menos m�rbidos que cercam nossa vida.

A esperan�a de viver � mais forte do que pode imaginar o recurso hospitalar. Do contr�rio, ningu�m morreria na UTI. Mas o capitalismo de aten��o domina a intelig�ncia de entrevista e adora sua cultura in�til e torturada.

Com a corda toda embarca na bobagem de anunciar que existe s� uma medicina tentando conferir ao boato a cortesia da veracidade da opini�o. A ci�ncia � essencial e poderia anunciar uma exuberante persist�ncia vital, mas, por causa do uso torto que fazem do seu nome, a plenitude da vitalidade e da alegria est� desaparecendo dos cora��es humanos.

As ambi��es da ci�ncia comercial s�o indiferentes sobre o que ser� do mundo. Aborrecida com o esp�rito de liberdade e a perigosa aventura da ideia ousada, v� o natural e o pr�tico como antagonista do progresso. E se coloca acima da vida da pessoa, por n�o estar � altura dela.  

H� um qu� de deleite em falar mal do que n�o � carceral, interdi��o e poder. H� um aspecto sombrio em estudos que ajudam a afrouxar as exig�ncias que a medicina devia fazer sobre si mesma. Por�m, as v�timas, conhecem o sofrimento pelo que se fez delas.

As mortes provocadas por medicamentos e erro m�dico s�o um esc�rnio e se tornaram a parte que o povo menos v� e o que mais sente.

N�o h� grandeza em tirar proveito da ci�ncia tentando distorcer o direito. O que � a vida, o que � a mat�ria m�dica, Deus que nos acorde. Pior do que a justi�a � a injusti�a. De onde vem essa condena��o sem apelo �s sess�es demoradas de anamnese, m�dicos rel�quia que tocam nos pacientes, acompanham crian�as, idosos, seus odores, alucina��es do olfato e dos humores.

Acreditam no tratamento conservador das fraturas, conhecem os meridianos do corpo, sabem por que algu�m tombou do lado errado, m�dicos que n�o s�o s�cios de laborat�rios e cirurgias.

� carnavalesco n�o ser considerado ci�ncia doses fracas, dilu�das, agulhas, pomadas, infludo, alimentos convenientes - s�lido na mol�stia cr�nica, l�quido nas agudas -, defesa intransigente da higiene.

Dinamiza��es variadas, fric��es, embroca��es, talcos,  suposit�rios, dietas. Existe gente nux v�mica, arnica, bryonia ou am�nia, azeda, doce, salgada, linf�tica.

A homeopatia est� na vida humana e n�o na farmacoeconomia que domina consult�rios. Est� fora de moda louvar aos pr�ticos o que � escondido aos s�bios. O jugo bruto do poder m�dico mundial se ressalta quando se disp�e a desmoralizar a medicina milenar.

Disparates? Objeto cobi�ado, a sabedoria popular n�o perdeu seu atrativo. N�o � dos consagrados saberes medicinais que o cr�tico n�o gosta, � de quem o usa. A gritaria n�o � para impedir, � para diminuir a confian�a.

Na exagerada abund�ncia das farm�cias se descobre o segredo dos cr�ticos da medicina milenar. Na vida real de quem precisa e recorre sem preconceitos aos dois modelos de medicina, a balan�a nos diz que os defeitos da qualidade da alopatia, drogaria e psiquiatria predomina sobre a qualidade dos defeitos da homeopatia, acupuntura e psican�lise. 

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