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Estado de Minas TREND TALKS

Voc� j� pensou em ter um conselho consultivo na sua empresa?

Os conselhos consultivos devem complementar e fortalecer a estrutura existente na empresa, partindo de uma estrat�gia clara, objetivos e diretrizes consistentes


01/09/2023 06:00 - atualizado 01/09/2023 07:29
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Reunião corporativa
Os conselhos consultivos podem ser consideravelmente mais fluidos e leves em termos de processos e burocracia (foto: Pixabay)
Um n�mero crescente de organiza��es est� nomeando conselhos consultivos e existem boas raz�es para faz�-lo.

Seja para garantir aconselhamento especializado sobre tecnologia emergente ou avan�os cient�ficos, ou para obter informa��es sobre como fazer neg�cios em diversos mercados em muta��o constante, contar com a contribui��o de olhares diversos e especializados pode ser um grande diferencial para empresas que j� constru�ram uma certa "musculatura".

Algumas empresas j� iniciam o processo de melhoria de sua governan�a corporativa com a instala��o de um conselho de administra��o. Outras, entretanto, fazem isso gradualmente, preferindo iniciar o processo com um conselho consultivo, n�o previsto no estatuto ou contrato social, n�o deliberativo e apenas aconselhador da gest�o.

Mas o que � um conselho consultivo?

De acordo com o IBGC/Instituto Brasileiro de Governan�a Corporativa, em seu Caderno de Boas Pr�ticas em Governan�a Corporativa para Empresas de Capital Fechado, "O Conselho Consultivo muitas vezes � o primeiro passo dado por empresas fechadas para fomentar a ado��o das melhores pr�ticas de Governan�a Corporativa. Como regra, n�o delibera, mas sim aconselha e prop�e diretrizes que podem ou n�o ser aceitas pelos s�cios e administradores. Se o Conselho Consultivo, previsto e instalado conforme o Contrato/Estatuto Social, atuar de forma deliberativa, formalmente estar� atuando como um Conselho de Administra��o, pelo qual assumir� os correspondentes deveres e responsabilidades legais."

Um conselho consultivo tamb�m pode ajudar uma empresa a alavancar seus produtos e servi�os a nichos espec�ficos de clientes, como o governo, por exemplo, ou para fornecer aconselhamento sobre rela��es p�blicas, gest�o da reputa��o e como navegar em momentos de incertezas pol�ticas e econ�micas.

Mas cuidado. Os conselhos consultivos devem complementar e fortalecer a estrutura existente na empresa, partindo de uma estrat�gia clara, objetivos e diretrizes operacionais consistentes. A sele��o e supervis�o da administra��o, o monitoramento de desempenho, a aprova��o de estrat�gias e a avalia��o de riscos s�o assuntos reservados para a dire��o e conselhos de administra��o, cabendo, ao conselho consultivo apoiar essa governan�a.


Nesse sentido, os conselhos consultivos podem ser consideravelmente mais fluidos e leves em termos de processos e burocracia. N�o h� a necessidade de elei��es, limites de mandato, comit�s ou ampla publicidade de atos e remunera��es. Os conselheiros consultivos s�o livres para concentrar suas energias em seu papel de aconselhamento stricto sensu, fornecendo experi�ncia especializada, conhecimento e contatos n�o prontamente acess�veis �quela organiza��o.

Em termos de foco, um conselho consultivo pode ser constitu�do com responsabilidades espec�ficas para ajudar a empresa a buscar:

  • Profissionaliza��o
  • Expans�o
  • Internacionaliza��o
  • Compliance
  • Transpar�ncia
  • Diversidade
  • Crescimento Inorg�nico
  • Abertura de Capital
  • Reestrutura��o Societ�ria
  • Sucess�o
  • Competitividade
  • Inova��o

Mas como isso vai ser operacionalizado e quais ser�o os t�picos priorizados? Depende de cada organiza��o. Algumas empresas podem desejar/precisar de intelig�ncia comercial, outras de inova��o e tecnologia, outras de conhecimentos em rela��es internacionais. O alcance um conselho consultivo pode ser ilimitado, mas deve estar muito ligado a necessidades hierarquizadas da empresa que o constitui, sob pena dos resultados serem bem aqu�m do esperado, face � desorganiza��o e grande amplitude de frentes de a��o. 

Empresas em busca de rela��es comerciais ou investimentos internacionais podem buscar nomear conselheiros espec�ficos com conhecimento e network em determinados pa�ses. Em outros casos, com o em startups, o interesse principal pode ser desenvolver neg�cios abrindo portas e realizando apresenta��es e reuni�es de neg�cio com maior valor agregado. 

� evidente que h� in�meras �reas ou demandas em que especialistas externos podem aumentar o conhecimento, compreens�o, habilidades e pensamento estrat�gico da dire��o, corpo t�cnico ou conselho de administra��o de uma empresa. Mas h� um equil�brio cr�tico a ser alcan�ado, em rela��o a experi�ncia e habilidades, com a constru��o de uma rela��o de complementaridade com a dire��o, sem mascarar lacunas por ventura existentes.

Tamb�m, por outro prisma, conselhos consultivos podem ser uma maneira �til para que se desafie as suposi��es e dogmas at� ent�o existentes naquela organiza��o.

J� em termos operacionais, os conselheiros consultivos devem estar comprometidos em cumprir o pactuado e ajudar a organiza��o com o melhor de suas habilidades, participando de reuni�es, tendo dedicado tempo a conhecer os materiais pr�vios, mantendo-se em comunica��o aberta, clara e direta com a dire��o e outros membros do conselho, fazendo os follow ups dos pontos discutidos e apoiando os comit�s, quando houver.

Um dos deveres mais sutis dos membros do conselho � a obedi�ncia. O conselho deve fazer tudo ao seu alcance para atingir as metas organizacionais, mas os membros t�m a obriga��o de seguir as diretrizes da sua organiza��o. 

Concluindo, um conselho consultivo pode, e deve, ser �gil, flex�vel e capaz de se concentrar em um conjunto restrito de quest�es. Uma organiza��o pode recorrer a uma opini�o ou parecer do conselho para criar, fortalecer ou desafiar um entendimento sobre qualquer n�mero de t�picos, incluindo tecnologia, economia, pol�tica, legisla��o e o valor agregado adv�m da exposi��o para novos olhares e racioc�nios, alargando, assim, os horizontes, melhorando a compreens�o da empresa em rela��o a mercados, produtos, modelo de neg�cios e riscos.

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