
Em toda a hist�ria do Brasil, envelhecer � �rduo, dif�cil e acompanhado de muitas perdas. Em qualquer faixa de escolaridade ou faixa de renda, o passar da vida exige luta constante. Em qualquer idade os mais pobres e os n�o brancos pagam um pre�o maior pelo existir, atualmente, devido � pandemia que nos assola desde dezembro de 2019, surgiu um fardo ainda maior para os idosos. E que fardo.
Al�m de serem obrigados a ficar isolados e convivendo o tempo todo com o risco de morrer, tiveram suas poucas atividades recreativas e l�dicas suspensas, pois pararam de receber visitas, de ir � pra�a dar um dedo de prosa, de frequentar suas igrejas, de fazer suas atividades de hidrogin�stica ou caminhadas.
Essas atividades impactam negativamente o evoluir dos anos das pessoas mais velhas, pois pode desencadear redu��o da cogni��o, aumento da incid�ncia de depress�o, fragilidades f�sicas e emocionais. Al�m disso, pode culminar em transtornos de humor, como depress�o e ansiedade.
Essa faixa et�ria �, provavelmente, a mais atingida com as incertezas de uma pandemia que ceifou a vida de mais de 575 mil brasileiros e que, entre esses, est�o antigos companheiros, amigos de jornada e entes queridos.
De qualquer forma, envelhecer no Brasil, na grande maioria dos casos � um fardo. O Brasil � um pa�s que envelheceu e n�o enriqueceu. Enquanto na Europa o processo de envelhecimento demogr�fico durou mais de 300 anos, o envelhecimento populacional no Brasil ocorreu em menos de meio s�culo.
Nesta linha de racioc�nio, os velhos t�m de conviver com as doen�as cr�nicas e degenerativas, por�m ainda convivem com as doen�as infectocontagiosas, t�picas de pa�ses pobres. Al�m disso, vivemos em uma sociedade hedonista, com os prazeres imediatos ditando a prem�ncia de que ocorra j� com muito �nfase na est�tica.
Assim, fica claro que o geronte precisa ter uma reserva ps�quica muito saud�vel para suportar as perdas e a decrepitude f�sica que o envelhecimento inexoravelmente traz.
Nesta linha de racioc�nio, os velhos t�m de conviver com as doen�as cr�nicas e degenerativas, por�m ainda convivem com as doen�as infectocontagiosas, t�picas de pa�ses pobres. Al�m disso, vivemos em uma sociedade hedonista, com os prazeres imediatos ditando a prem�ncia de que ocorra j� com muito �nfase na est�tica.
Assim, fica claro que o geronte precisa ter uma reserva ps�quica muito saud�vel para suportar as perdas e a decrepitude f�sica que o envelhecimento inexoravelmente traz.
Cabe ressaltar, tamb�m, que envelhecer n�o traz somente preju�zos e dificuldades no existir. Idosos que envelhecem bem assim o fazem com dignidade e resili�ncia. Sabem extrair desta fase da vida as experi�ncias acumuladas, a sabedoria amealhada, a pondera��o do amadurecimento. Como � m�gica a perda da urg�ncia de que tudo se resolva no exato instante. Como � espetacular vislumbrar um idoso que, assentado na cabeceira da mesa, deslumbra-se com os seus filhos e netos. Trata-se da preserva��o de um pedacinho dele em cada um deles, j� que parte do DNA que estes carregam foi herdada dele. � a preserva��o biol�gica da vida. � a perpetua��o do seu eu. S�o situa��es que, reconhecidas, trazem extremo orgulho e alegria. Eles t�m a no��o de que aquelas pessoas s�o a sua continua��o. S�o seus amores, suas dores, seus sorrisos e suas l�grimas, suas conquistas e suas derrotas no decorrer da vida.
Cabe aos mais jovens o reconhecimento do papel do seu genitor, seu av�, seu vizinho, seu amigo e at� mesmo um desconhecido de que o peso da vida j� � suficiente para eles carregarem e que devemos tentar n�o colocar mais fardos nesta caminhada. Facilitemos a vida dos idosos que cruzam os nossos caminhos. Sejamos carinhosos, tolerantes, pacientes com suas dificuldades e, em muitos casos, sua lentid�o, sua surdez, suas limita��es cognitivas. Fa�amos da vida dos idosos algo um pouco mais prazeroso e l�dico. Viver � m�gico em qualquer tempo. Deixemos isso claro a estas pessoas.Cabe a n�s ressaltar o que se mant�m intacto e preservado e n�o ficar apontando s� o que deles j� est� sendo tirado pelo contar das primaveras.
Exercitemos nossa humanidade. Pensemos que n�s, mais jovens hoje, seremos os idosos de amanh�. Pensemos sempre em como gostar�amos de ser tratados em um futuro breve. Cuidemos de quem nos proporcionou ser o que somos.
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