(Por Jos� Milton Cardoso Junior e Juraciara Vieira Cardoso)
Ao assistirmos filmes e desenhos animados � comum vermos os idosos retratados de forma caricatural: ou s�o apresentados como ranzinzas ou como cidad�os pacatos, que assistem televis�o ou tricotam enquanto esperam a vida passar. Entretanto, esta realidade n�o mais se apresenta na vida cotidiana dos idosos.
Com o aumento do n�mero de idosos, da expectativa de vida e, principalmente, da qualidade que estas vidas passaram a ter, muito em raz�o de avan�os m�dicos significativos para acompanhamento deste p�blico, passamos a ver idosos que t�m uma vida ativa tanto ou at� mais da que tinham antes de envelhecer.
Com o aumento do n�mero de idosos, da expectativa de vida e, principalmente, da qualidade que estas vidas passaram a ter, muito em raz�o de avan�os m�dicos significativos para acompanhamento deste p�blico, passamos a ver idosos que t�m uma vida ativa tanto ou at� mais da que tinham antes de envelhecer.
Tal fato se deve, em parte, a uma postura mantida por estes “novos” idosos. Diferentemente de seus antepassados, que viviam pouco e, ap�s a aposentadoria, apenas esperavam calmamente o tempo passar, os “novos” idosos buscam adjetivar suas vidas, criando formas e maneiras de existir nem sonhadas por seus ancestrais.
Estes “novos” idosos compreenderam que, para manuten��o de sua funcionalidade, precisam estar mais atentos � sua sa�de f�sica, emocional e social. Assim, eles s�o c�nscios da fragilidade que a idade traz consigo e buscam meios para mitig�-la, tais como a pr�tica constante de atividade f�sica, o cuidado com a ingest�o de alimentos considerados ruins para a sa�de, a realiza��o de atividades sociais e intelectuais, dentre outros.
Estes “novos” idosos compreenderam que, para manuten��o de sua funcionalidade, precisam estar mais atentos � sua sa�de f�sica, emocional e social. Assim, eles s�o c�nscios da fragilidade que a idade traz consigo e buscam meios para mitig�-la, tais como a pr�tica constante de atividade f�sica, o cuidado com a ingest�o de alimentos considerados ruins para a sa�de, a realiza��o de atividades sociais e intelectuais, dentre outros.
Um importante fator para manuten��o da qualidade de vida do idoso � a pr�tica de atividades consideradas l�dicas, pois, se a sa�de f�sica � determinada por um conjunto de variantes de sa�de, a sa�de mental e social depende de uma gama de a��es que deve ser perpetrada pela pessoa idosa. A sa�de, antes entendida apenas como bem-estar f�sico, passou a ser percebida pelos “novos idosos” como um completo bem-estar f�sico, mental e social, no qual, a aus�ncia de um deles acarreta piora na qualidade de vida.
- Leia: Envelhecer, como encaramos este desafio?
Assim, atividades como dan�ar, jogar, conversar com pessoas diferentes daquelas do conv�vio di�rio, ir a festas ou ouvir as m�sicas prediletas podem significar um aporte de felicidade na vida das pessoas idosas, fazendo com que sua leitura da realidade se mostre muito mais apraz�vel e que o seu bem-estar subjetivo passe a ser percebido de maneira positiva. Ao mudarem a percep��o sobre si mesmos e sobre o ambiente que os cerca, os idosos passam a viver suas experi�ncias de modo mais otimista.
Um estudo realizado com 524 idosos, no Brasil e na Espanha, demonstrou que as rela��es sociais e o suporte social, sendo ele emocional, instrumental ou informacional, melhoram em muito a qualidade de vida das pessoas idosas.
Interessante observar que as atividades mais realizadas pelos idosos do grupo estavam relacionadas � sociabilidade, expressas no contato com amigos, momento em que podiam falar das suas alegrias, tristezas e demonstrar seu conhecimento.
Os idosos que participaram da pesquisa afirmaram que sentiam que o pertencimento ao grupo de conviv�ncia era uma conquista que lhes proporcionava a oportunidade de deixar de lado sua vida cotidiana de afazeres dom�sticos e de cuidado com filhos e netos. Disseram que no grupo tiveram a chance de compartilhar conhecimentos e desfrutar de uma liberdade h� muito n�o percebida.
Em todo o mundo h� um est�mulo para a forma��o de grupos de conviv�ncia para idosos, pois se em um primeiro momento eles buscam tais grupos para realizar atividades f�sicas, com o tempo e com a conviv�ncia, come�am os encontros para festas, viagens e passeios diversos. Essa intera��o faz com que a percep��o sobre a qualidade de vida que se tem se eleve consideravelmente e com ela a autoestima e o bem-estar da pessoa idosa, proporcionando uma melhora no estado geral, no humor e na sua percep��o sobre si mesmo e sobre a vida.
Em um grupo de conviv�ncia o idoso pode compartilhar suas dores, afli��es, alegrias e conquistas, reduzindo sentimentos ruins como o medo, a inseguran�a e a depress�o. Ao conviver com pessoas de idade parecida, a pessoa idosa tem a oportunidade de rememorar seu passado, os fatos hist�ricos importantes e at� mesmo de fazer grandes amigos.
Portanto, fica aqui o nosso convite para que os idosos procurem grupos de conviv�ncia e para que seus familiares apoiem tal decis�o, pois � de fundamental import�ncia para a manuten��o do bem-estar global da pessoa idosa. Conviver melhora o viver!