Me lembro bem da expectativa pelo retorno do meu pai do trabalho na �poca da Copa Uni�o. Ele chegava em casa, eu corria para abra��-lo e abr�amos juntos um pacotinho de figurinhas, torcendo para completar as p�ginas do time do Galo. Renato Morungaba e Luizinho eram bem dif�ceis e no col�gio ningu�m os tinha pra trocar ou colocar em disputa nas partidas de bafo. Guardo o �lbum com carinho at� hoje.
34 anos se passaram e l� fui eu atr�s de um card raro do Hulk. A figurinha n�o � mais de papel, ela agora � um ativo digital, �nico e autenticado. E deixou de ser uma simples brincadeira, pois as cartas t�m valor monet�rio de verdade. Dei um lance de cerca de setenta reais e em poucos minutos recebi uma notifica��o de que ele havia sido superado. Mais tarde, descobri que o vencedor havia desembolsado cinco mil reais. E, pasmem, uma carta do Guilherme Arana foi comprada por mais de noventa mil reais.
O Galo no mundo dos NFTs
Tudo isso est� acontecendo porque o Atl�tico decidiu investir em parcerias inovadoras para experimentar a for�a de sua marca no mercado de NFTs (tolken n�o-fung�vel). A primeira delas, relatada acima, acontece na plataforma Sorare, um fantasy game que pode ser jogado gratuitamente com cartas comuns, mas que tamb�m permite a aquisi��o de cards dos jogadores de 137 clubes licenciados. Cada negocia��o � registrada em blockchain, garantindo a rastreabilidade e autenticidade do ativo.
Em outra iniciativa pioneira, o Atl�tico ser� o primeiro clube sul-americano a comercializar uma obra de arte em NFT. Ao longo do m�s de maio, a plataforma OpenSea realizar� o leil�o de “2013 S�o Victor”, uma produ��o digital do artista Pedro Nuim, contratado pelo clube para este projeto. A inesquec�vel defesa do goleiro do Galo na conquista da Libertadores tamb�m ser� eternizada digitalmente.
A parceira com plataformas j� consolidadas � um ponto positivo das iniciativas, pois assegura credibilidade para o p�blico e aprendizado para o clube.
Ao experimentar modelos inovadores de conex�o com o p�blico, o Atl�tico mostra que sua inspira��o est� nos grandes clubes europeus e nas ligas americanas, como a NBA. Isso � muito positivo, pois a institui��o abre caminho para novas fontes de receita, que se somar�o aos patroc�nios, venda de direitos de atletas, bilheteria e programa s�cio-torcedor. Al�m disso, essas iniciativas promovem a internacionaliza��o da marca, amplificando a for�a do clube.
A ideia de que “marketing � bola na casinha” parece ter ficado no passado. Que o Galo continue pioneiro na inova��o no futebol brasileiro, honrando o nome de Minas no cen�rio esportivo digital.