
De acordo com a AEB, a soja em gr�o permanecer�, pelo terceiro ano, na lideran�a da exporta��o do agroneg�cio do Brasil, com previs�o de faturar U$210,660 bilh�es. A cota��o projetada para 2017 indica alta de 1,6% e a expectativa � exportar 57 toneladas ao pre�o de US$ 380 por tonelada. Entre os maiores itens das vendas externas do campo tamb�m est� o frango, com proje��o de embarques de 4,2 toneladas, rendendo R$ 6,3 bilh�es.
A lista dos principais produtos de exporta��o do Brasil para 2017 abriga, ainda, o farelo de soja, caf� e milho em gr�os, carnes bovina e su�na, fumo em folhas, algod�o e a��car em bruto, al�m de bovinos vivos. Todos os produtos considerados comp�em uma estimativa de receita de US$ 91,7 bilh�es para o Brasil, neste ano, em venda de produtos b�sicos ao exterior. A cifra, se confirmada, representar� acr�scimo de 15,8% frente aos US$ 79,1 bilh�es tamb�m estimados do valor das exporta��es do pa�s nesse segmento.Segundo o presidente da AEB, Jos� Augusto de Castro, alguns fatores internos e externos podem interferir nas proje��es feitas para a exporta��o. Os principais, no caso dos produtos agr�colas. est�o localizados no exterior. “Os mais importantes s�o as grandes safras de soja e milho nos Estados Unidos, Brasil e Argentina, que poderiam provocar queda de pre�os e as eventuais medidas tomadas por Trump (Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos) que impactarem negativamente a China”, afirmou. Castro acredita que, como repres�lia, a China poderia transferir importa��es dos EUA para o Brasil, provocando queda de pre�os, j� que as bolsas de mercadoria americanas usam as vendas ao pa�s asi�tico como par�metro.
Outro aspecto levantado pelo presidente da AEB � uma eventual queda nas cota��es de soja e milho, que poderia reduzir os pre�os das carnes em geral e, com isso, afetar a receita da exporta��o. No Brasil, Jos� Augusto de Castro acredita que a crise pol�tica e a valoriza��o cambial n�o ter�o impacto negativo sobre as exporta��es. “Os custos de produtos agr�colas s�o competitivos. Em contrapartida, a hip�tese impens�vel de cria��o de impostos sobre esses produtos certamente teria impacto negativo sobre as exporta��es, podendo afetar os volumes exportados”, avaliou.
Ainda com base no estudo da AEB, o a��car (em bruto) est� no topo da lista dos itens semimanufaturados para exporta��o. O produto teve uma varia��o de 10,4% em sua cota��o estimada, passando de US$ 344 por tonelada em 2016 para US$ 380 na proje��o de 2017. Com isso, a receita dos embarques dever� subir de US$ 8,307 bilh�es no fechamento do ano passado para US$ 8,550 bilh�es em 2017. A proje��o considera embarques de 22,5 toneladas neste ano. O valor comp�e uma s�rie de produtos que tendem a gerar, ao todo, US$ 29,2 bilh�es em semimanufaturados exportados pelo Brasil neste ano.
POT�NCIA MUNDIAL Na avalia��o o presidente da AEB, o Brasil j� � reconhecido como uma pot�ncia mundial em alimentos em raz�o da produtividade das lavouras e dos criat�rios, al�m da competitividade dos exportadores, mas pode subir ainda mais de patamar. “Se o Brasil realizar as reformas estruturais que est�o sendo discutidas, permitir que o setor privado invista em infraestrutura e tome decis�es para reduzir a burocracia, haver� uma redu��o de custos que fortalecer� ainda mais o pa�s”, afirmou.
Jos� Augusto de Castro acrescenta que, enquanto os EUA n�o t�m espa�o f�sico para expans�o das atividades agropecu�rias, o Brasil disp�e de extensas �reas agricult�veis sem entrar em choque com o meio ambiente. “O presente e futuro celeiro do mundo est� aqui no Brasil”.
Desempenho hist�rico do caf�
As estimativas das exporta��es de caf� brasileiro em 2016, finalizadas em dezembro pelo Conselho dos Exportadores de Caf� do Brasil (Cecaf�), mostram que foram exportadas em todo 34,005 milh�es de sacas, gerando receita cambial de US$ 5,4 bilh�es. Houve decr�scimo de 8,1% em compara��o com 2015, quando foram vendidas 37,018 milh�es de sacas. O pre�o m�dio por saca foi de US$ 158,68.

O caf� teve participa��o de 6,4% nas exporta��es do agroneg�cio brasileiro em 2016. Se considerados todos os segmentos de exporta��o, essa presen�a foi de 2,9%. “O segundo trimestre do ano foi o mais desafiador para o segmento, devido ao per�odo de entressafra e �s redu��es dr�sticas nos estoques. Por�m, apresentamos uma grande recupera��o no quarto trimestre, que foi o melhor per�odo do ano”, explica Nelson Carvalhaes, presidente do Cecaf�.
De acordo com ele, o caf� conilon (robusta) foi o que mais impacto sofreu em 2016 por causa de condi��es clim�ticas. O produto voltou a patamares de 1997. “J� o ar�bica, por sua vez, compensou esse cen�rio negativo, com recorde em toda a nossa s�rie hist�rica de exporta��es”, disse.
Segundo o levantamento da Cecaf�, os caf�s verdes somaram 30,148 milh�es de sacas (29,568 milh�es de sacas do tipo ar�bica e 580,3 mil sacas de robusta). Os caf�s industrializados somaram 3,857 milh�es de sacas embarcadas em 2016, sendo 3,828 milh�es de sacas de caf� sol�vel e 29,206 mil sacas de caf� torrado e mo�do, representando aumento de 7,8% em compara��o com o total exportado em 2015. Historicamente, o setor n�o havia registrado volumes t�o altos de caf� ar�bica e caf� sol�vel embarcados.