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Estado de Minas

Minas � o terceiro maior exportador de ra��o do pa�s

Produtos mais elaborados e com maior valor agregado s�o a meta dos fabricantes de alimenta��o animal do Brasil, que avan�am em tecnologia e conquistam mercados


postado em 02/09/2019 06:00 / atualizado em 02/09/2019 10:33

Em 2018, o estado vendeu para outros países 73 mil toneladas de ração para animais, ficando na terceira posição do ranking nacional das exportações (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)
Em 2018, o estado vendeu para outros pa�ses 73 mil toneladas de ra��o para animais, ficando na terceira posi��o do ranking nacional das exporta��es (foto: Luiz Ribeiro/EM/D.A Press)

Nos �ltimos tr�s anos, a exporta��o mineira de ra��es para animais vem apresentando cont�nuo crescimento, segundo o Minist�rio da Economia, Ind�stria, Com�rcio Exterior e Servi�os (MDIC). Em 2018, o valor registrado com as vendas externas somou US$ 60 milh�es, ficando o estado na 3ª posi��o do ranking nacional das exporta��es em 2018, respondendo por 22% das vendas de ra��o para animais. Foram embarcadas 73 mil toneladas e o pre�o m�dio praticado foi de US$ 815 por tonelada. A Tail�ndia foi o principal destino, com US$ 8,34 milh�es (13,9%), seguida do Uruguai, com US$ 7,53 milh�es (12,6%), e Taiwan, US$ 6,16 milh�es (10,3%).
 
A Associa��o das Ind�strias de Alimenta��o Animal da Am�rica Latina e Caribe (FedLatina) enxerga uma oportunidade no setor gra�as � participa��o regional de produtos como carnes bovina, de frango e su�na. Segundo o presidente da entidade, Pablo Azpiroz, “o mercado latino-americano tem registrado maior participa��o na produ��o mundial em consequ�ncia dos problemas sanit�rios que est�o ocorrendo na �sia. Al�m disso, o resultado do consumo interno est� mais est�vel ou com crescimento em alguns pa�ses do bloco. O consumidor tamb�m est� em busca de carnes e produtos derivados da pecu�ria de melhor qualidade e cada vez mais acess�veis”, afirma.
 
A FedLatina promoveu workshop em S�o Paulo, na semana passada, com produtores de alimentos para animais na Am�rica Latina, quando discutiram desafios no que se refere � quantidade e qualidade dos produtos exportados, visando conseguir melhores resultados econ�micos e regulat�rios, de forma a facilitar e fomentar a importa��o e exporta��o, n�o s� entre os pa�ses do bloco, mas tamb�m de outros continentes. A regi�o foi respons�vel pela produ��o de 163,3 milh�es de toneladas no ano passado, representando 15% de tudo que se produziu no mundo. A expectativa � de crescimento em torno de 2,5% neste ano.
 
Segundo a associa��o, que conta com o apoio de outras entidades do setor, como o Sindira��es, no Brasil, a Conafab, no M�xico, a Caena, na Argentina, e a Audina, no Uruguai, a produ��o total de alimentos para animais em 2018 na regi�o registrou incremento de 2,32% em rela��o a 2017. “Conseguimos bons resultados no ano anterior, por isso, nossa expectativa para este ano � de crescimento constante”, comenta Azpiroz. O registro contou com dados que contemplam um total de 19 pa�ses, distribu�dos na Am�rica do Sul, Am�rica Central, Caribe e M�xico.
 
Desde 2009, o setor tem vivenciado aumento significativo na regi�o. No ano passado, o setor av�cola deteve 52% do montante total, divididos em 38,3% pela produ��o de frango e 14,1% pela de ovos. Na sequ�ncia, a suinocultura, com 20,7%, e o o setor de bovinos, que representa aproximadamente 19% da produ��o total.
 
A FeedLatina criou quatro grupos de trabalho com o prop�sito de desenvolver projetos para melhorar os resultados na regi�o: t�cnico, assuntos regulat�rios, comunica��o e estrat�gico. “� um novo formato para gerar bons resultados, uma resposta mais r�pida e efetiva para o setor”, afirmou o presidente.

BOAS PR�TICAS De acordo com o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa), o setor de alimenta��o animal no Brasil tem se adequado �s exig�ncias de mercado e vem avan�ando em tecnologias no processamento e fabrica��o de ra��es, no sentido de maximizar a efici�ncia produtiva, minimizar a perda de nutrientes e incrementar a formula��o de produtos mais elaborados e com maior valor agregado.
 
Ainda segundo o minist�rio, a ado��o das boas pr�ticas de fabrica��o (BPF) nas empresas do setor de alimentos balanceados � requisito b�sico para assegurar a qualidade em todas as etapas de desenvolvimento de produtos para consumo animal. “Uma f�brica de ra��es caracteriza-se pela interdepend�ncia entre seus setores componentes. Assim, num fluxo que se inicia antes da entrada das mat�rias-primas na f�brica, � imprescind�vel estabelecer especifica��es nutricionais para cada ingrediente a ser adquirido (n�vel de umidade ou teor de mat�ria seca), de prote�na bruta, fibra, gordura (extrato et�reo) e outros padr�es de qualidade na depend�ncia do tipo de mat�ria-prima.”
 
Uma inspe��o f�sica pr�via do ingrediente, incluindo amostragens em produtos a granel e sacarias, dever� incluir exame da presen�a de impurezas, mat�rias estranhas, detritos etc. Um nutricionista deve iniciar a formula��o estabelecendo os n�veis de exig�ncia nutricional para cada fase da cria��o, indicados para as diferentes linhagens dispon�veis no mercado, conhecendo os ingredientes e selecionando-os pela sua composi��o qu�mica (analisada ou calculada), fixando n�veis de inclus�o de produtos e mat�rias-primas, e equilibrando a rela��o custo/benef�cio.
 
A moagem e mistura s�o as etapas finais de extrema import�ncia no processo, objetivando-se adequada homogeneidade e balanceamento. Quanto aos equipamentos e acess�rios da f�brica, devem ser adequados para atender ao fluxo operacional e, ao mesmo tempo, objetivando a redu��o de custos e atendendo prioritariamente � obten��o de alimentos balanceados e sem risco � seguran�a do produto elaborado final.

Alerta para os aditivos proibidos

A importa��o e a fabrica��o da subst�ncia antimicrobiana sulfato de colistina – usada como aditivo zoot�cnico melhorador de desempenho na composi��o das ra��es para aves, bois e porcos – est� proibida em todo o Brasil desde 2016, mas liberada para tratamento veterin�rio de doen�as.
 
De acordo com o Mapa, a proibi��o dessa subst�ncia na alimenta��o animal � baseada nas recomenda��es da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), devido a poss�vel impacto na sa�de humana. Segundo a OMS, o sulfato de colistina � uma subst�ncia com restri��es para a sa�de humana. Por isso, ap�s a avalia��o t�cnico-cient�fica dessa subst�ncia como aditivo zoot�cnico e considerando a recomenda��o da OMS, o uso desse elemento em ra��es foi proibido.
 
A m�dica-veterin�ria do Instituto Mineiro de Agropecu�ria (IMA) Daniela Cristina Bernardes Silva Lamas alerta os produtores rurais para a proibi��o de alimentar ruminantes com a “cama de frango” – forragens utilizadas nas granjas – que alguns criadores oferecem como comida para o gado, principalmente em per�odo de seca, quando as pastagens n�o conseguem suprir a alimenta��o necess�ria.
 
Daniela explica que qualquer alimento que cont�m prote�na e gordura animal coloca o rebanho em risco de adquirir a doen�a encefalopatia espongiforme bovina (EEB), mais conhecida como “vaca louca”. A doen�a � caracterizada pela r�pida deteriora��o mental, geralmente dentro de alguns meses. A maioria das pessoas que consome a carne contaminada, eventualmente, entra em coma.
 
SACRIFICADOS As forragens utilizadas nas granjas, quando retiradas, v�m misturadas a restos de penas, fezes e urina das aves. Essa mistura � liberada para uso como fertilizante, mas alguns produtores a utilizam como alimenta��o para ruminantes, o que � proibido. Daniela lembra que qualquer prote�na infectante detectada pode provocar grandes impactos no com�rcio internacional de carnes. “Al�m de ser problema sanit�rio, � tamb�m de sa�de p�blica.” O produtor flagrado ter� seus animais interditados e submetidos � coleta de materiais a ser enviados aos laborat�rios do Minist�rio da Agricultura. Em caso de resultados positivos, os animais ser�o sacrificados na pr�pria propriedade ou abatidos em abatedouros espec�ficos, autorizados para esse fim, com isolamento de materiais de risco.

Exig�ncias para fabrica��o
Segundo o Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento (Mapa), o processo de fabrica��o de ra��es, al�m do conhecimento da �rea, implica ter � disposi��o estrutura para tal. As principais necessidades s�o: espa�o �til na �rea da f�brica de ra��es para instalar silos graneleiros, visando � estocagem de cereais; sala de estoque de drogas, aditivos, vitaminas e minerais, a qual sirva tamb�m para pesagens de ingredientes que s�o usados em menores quantidades (abaixo de 10 quilos); balan�a com capacidade de pesagem de 10 quilos e sensibilidade de um grama; balan�a de 200 quilos ou mais, com sensibilidade de 20g, para pesagem de cereais; moinho de martelos com motor adequado � tritura��o de cereais; misturador de ra��o horizontal ou vertical, com capacidade condizente com a necessidade da produ��o; roscas sem fim para transporte at� a carreta e desta para os silos a granel localizados junto ao avi�rio.


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