
A variante Mu (pronuncia-se mi) foi classificada pela entidade como "variante de interesse", por ter "uma constela��o de muta��es que indicam propriedades potenciais de escape da imunidade", ou seja, da prote��o das vacinas.
Por�m, essa suspeita ainda precisa ser confirmada por mais estudos, segundo boletim da organiza��o divulgado em 31 de agosto.
Por�m, essa suspeita ainda precisa ser confirmada por mais estudos, segundo boletim da organiza��o divulgado em 31 de agosto.
Esse termo significa que a Mu tem diferen�as gen�ticas em rela��o a outras variantes conhecidas e est� causando infec��es em v�rios pa�ses. Portanto, pode representar uma amea�a espec�fica � sa�de p�blica.
Neste caso, as altera��es gen�ticas da variante podem fazer com que ela seja mais transmiss�vel, respons�vel por doen�as mais graves e mais capaz de driblar a prote��o da vacina existente. Assim, a Mu pode ser menos suscet�vel a tratamentos.
Al�m dela, a OMS monitora outras quatro variantes de interesse (VOI): Eta, Iota, Kappa e Lambda.
J� para ser considerada uma variante de preocupa��o (VOC), a cepa precisa ter comprovadas essas caracter�sticas que a tornam mais perigosa e estar diretamente ligada a um aumento no n�mero de casos ou mortes.
At� agora, a OMS tem quatro variantes classificadas como de preocupa��o: Alpha (identificada no Reino Unido), Beta (na �frica do Sul), Gama (no Brasil) e Delta (na �ndia).
A Mu, por enquanto, segue sendo monitorada de perto para ver se deve ser reclassificada como uma VOC.
Muta��es do coronav�rus
A nova variante carrega muta��es importantes e com potencial para isso, seja por estarem associadas a uma maior transmissibilidade e redu��o na resposta imunol�gica, tamb�m identificada nas variantes Beta, Gama e Delta.
Embora ainda n�o exista um estudo sobre a efic�cia de imunizantes espec�ficos contra a Mu, ela carrega pelo menos tr�s muta��es que est�o associadas � redu��o da prote��o de imunidade conferida pelas vacinas.
Dados em an�lise pela OMS indicam que pessoas vacinadas ou que j� tiveram COVID podem n�o ter uma prote��o t�o forte contra essa variante, mas s�o necess�rios mais estudos para confirmar isso.
Por�m, como esses dados s�o de estudos feitos em laborat�rio, ainda n�o � poss�vel saber ao certo como a variante realmente funciona na popula��o.
Em um relat�rio sobre variantes, a organiza��o ressalta ainda que apenas uma nova gera��o de vacinas, que bloqueiem tamb�m as transmiss�es da COVID, ser� capaz de impedir que novas muta��es continuem surgindo.
Onde ela surgiu e onde j� foi identificada?
A Mu foi identificada pela primeira vez na Col�mbia, em janeiro deste ano, quando recebeu a designa��o de B1621. Desde ent�o, foi detectada em 40 pa�ses incluindo Estados Unidos, Coreia do Sul, Jap�o, Equador, Canad� e em algumas partes da Europa.
Por�m, a estimativa � que atualmente ela seja respons�vel por apenas 0,1% das infec��es em todo o mundo.
Por�m, a estimativa � que atualmente ela seja respons�vel por apenas 0,1% das infec��es em todo o mundo.
A variante tem sido muito mais prevalente na Col�mbia do que em qualquer outro lugar. A Mu j� � a variante predominante em circula��o no pa�s e respons�vel por mais de um ter�o dos casos de COVID-19.
A terceira onda da doen�a no pa�s sul-americano, entre abril e junho, tem sido atribu�da a essa variante.
Nesse per�odo, quando a Col�mbia registrou cerca de 700 mortes por dia, quase dois ter�os dos testes gen�ticos feitos nas pessoas que morreram indicaram a presen�a da variante Mu, segundo o Instituto Nacional de Sa�de do pa�s.
Nos Estados Unidos, foram identificados cerca de 2 mil casos at� agora, de acordo com a Global Initiative on Sharing All Influenza Data ( GISAID ), o maior banco de dados de novas sequ�ncias do genoma do coronav�rus no mundo. A maioria dos casos se concentra na Calif�rnia, Fl�rida, Texas e Nova York.
Por�m, as autoridades americanas n�o consideram a Mu uma “amea�a imediata agora” no pa�s, por ainda n�o ser a dominante. Neste momento, a Delta � a que mais preocupa, j� que � respons�vel por mais de 99% dos casos.
No Brasil, a variante foi identificada pela primeira vez em julho durante a Copa Am�rica. As amostras foram colhidas em Mato Grosso e analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz, de S�o Paulo. Os testes positivos foram de um colombiano e um equatoriano.
Al�m disso, j� houve dois casos confirmados no Amazonas, na regi�o de Tabatinga, que faz fronteira com a Col�mbia.
Nesta ter�a-feira (14/9), o Secret�rio de Estado de Sa�de de Minas Gerais, F�bio Baccheretti, mencionou a
possibilidade de transmiss�o comunit�ria da variante no estado
. At� o momento, o governo confirmou sete casos de Mu, distribu�dos por Bra�nas (2), Virgin�polis (3) e Guanh�es (2) – cidades do Vale do Rio Doce.
Sintomas e Delta ainda concentra as preocupa��es
A nova variante parece ter os mesmos sintomas de todas as outras cepas do novo coronav�rus: febre alta, tosse cont�nua, perda ou mudan�a no olfato ou paladar s�o alguns deles.
Embora a variante Mu tenha demonstrado possuir uma grande capacidade de transmiss�o, a
variante Delta ainda concentra a maior preocupa��o dos especialistas
.
Eles destacam que o surgimento de variantes � esperado dentro do ciclo de avan�o de um v�rus durante uma pandemia como a de COVID, principalmente em locais onde a circula��o desse v�rus ainda � alta. A maioria das muta��es t�m pouco ou nenhum efeito nas propriedades do v�rus.
Mas, nesse processo, algumas variantes mais perigosas surgem e, por enquanto, a Delta � a que mais desperta preocupa��o no mundo, por ter demonstrado uma grande capacidade de transmiss�o e j� ter sido identificada em cerca de 170 pa�ses.
No estado do Rio de Janeiro, por exemplo, ela � considerada a variante predominante desde agosto.
O que torna a Delta mais problem�tica � que pessoas infectadas com essa variante podem ter grandes quantidades de v�rus nas vias a�reas superiores – como nariz, boca e laringe – mais cedo do que teriam com a vers�o original do coronav�rus, mesmo sem apresentarem sintomas.
Com uma maior quantidade de v�rus no corpo, a pessoa pode transmiti-lo mais facilmente e ter seu sistema imunol�gico testado mais duramente. Por isso, a variante infecta pelo menos o dobro do que a vers�o original do coronav�rus.
Al�m disso, � motivo de apreens�o o fato de a Delta ter avan�ado at� mesmo em pa�ses com alta cobertura vacinal. Isso n�o significa, por�m, que essa cobertura vacinal n�o tenha efeito.
Quanto mais pessoas vacinadas com duas doses ou com imunizante de dose �nica, menor a chance de surgimento e prolifera��o de novas variantes.
Quanto mais pessoas vacinadas com duas doses ou com imunizante de dose �nica, menor a chance de surgimento e prolifera��o de novas variantes.
(Com informa��es BBC News Brasil)
*Estagi�ria sob supervis�o do editor �lvaro Duarte
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