
O Servi�o Nacional de Sa�de do Reino Unido atualizou nessa segunda-feira (4/4) a lista oficial de sintomas da COVID-19 no pa�s com 9 novos sinais da doen�a. Anteriormente, o pa�s s� listava oficialmente 3 ind�cios da infec��o pelo coronav�rus. A demora em ampliar o �ndice � um problema do ponto de vista cl�nico e epidemiol�gico, segundo especialistas ouvidos pelo Estado de Minas.
Mesmo ap�s mais de dois anos de pandemia, a autoridade m�xima da sa�de no Reino Unido s� listava oficialmente febre, tosse e perda de olfato ou paladar. Foram inclu�dos os seguintes sintomas: falta de ar; sensa��o de cansa�o ou exaust�o; dores no corpo; dores de cabe�a; dor de garganta; congest�o nasal ou coriza; perda de apetite; diarreia; e indisposi��o.
Na �ltima semana, �rg�os oficiais do Reino Unido registraram 4,9 milh�es de casos de COVID no pa�s, 600 mil a mais que na semana anterior.
No Brasil, a lista de sintomas reconhecidos pelo Minist�rio da Sa�de j� reconhecia as novidades brit�nicas, que faziam parte tamb�m das diretrizes utilizadas para definir as regras de afastamento do trabalho, por exemplo.
“O que aconteceu, na minha vis�o, � que com a chegada das variantes, os principais sinais e sintomas foram sendo acrescentados. A dor de garganta como primeiro sintoma n�o era comum nas outras variantes como foi na �micron, por exemplo. Em geral, as defini��es de ag�ncias visam o acompanhamento de casos pass�veis de vigil�ncia epidemiol�gica”, analisa o epidemiologista e mestre em infectologia, Jos� Geraldo Leite Ribeiro.
Para Ribeiro, mudan�as na listagem oficial de sintomas t�m poucas afeta��es no sentido do tratamento individualizado, mas ajuda em medidas epidemiol�gicas de combate � doen�a. A vis�o � corroborada pela professora titular do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (IMS-UERJ), Gulnar Azevedo e Silva.
Crit�rios bem definidos
“Quanto mais informa��o e mais crit�rios bem definidos forem estabelecidos, voc� est� ampliando a possibilidade de conhecimento sobre a doen�a e seus efeitos. � muito importante que esses crit�rios sejam bem divulgados e aplic�veis em todos os contextos de um pa�s”, avalia.
Para a m�dica, o Reino Unido ampliou a lista com atraso e o Brasil, que j� tem um �ndice mais completo, poderia ter trabalhado melhor na divulga��o desses sintomas.
“� muito importante tornar isso p�blico para ajudar na vigil�ncia e na identifica��o pelas pr�prias pessoas. Acho que a gest�o da doen�a seria melhor se as pessoas conhecessem melhor seus sinais”, pontua.
Na �ltima semana, o Brasil superou a marca de 660 mil mortes em decorr�ncia da COVID-19.
Mudan�a no tratamento m�dico
Embora n�o veja uma mudan�a no tratamento espec�fico � COVID-19 causado pela inclus�o oficial de sintomas, Jos� Geraldo Ribeiro acredita que a pandemia pode provocar altera��es na forma de trabalho dos m�dicos, que buscar�o descobrir as causas espec�ficas dos sintomas e n�o apenas trat�-los.
“Antes da pandemia, os m�dicos buscavam menos um diagn�stico etiol�gico. A partir da COVID-19 acredito que vai ser mais comum. Isso � positivo porque sem o diagn�stico etiol�gico, o seu conhecimento sobre a epidemiologia e o impacto na sa�de n�o � t�o claro”, afirma.
O epidemiologista explica que as viroses respirat�rias costumam ter sintomas muito parecidos. Por isso, n�o havia um esfor�o em descobrir o agente causador da doen�a at� a chegada do coronav�rus, que estabeleceu uma nova pol�tica de rigor em testagens.
Ribeiro ressalta que para que, para que essa mudan�a no tratamento m�dico ocorra, � importante que a estrutura de testagem seja disponibilizada no Sistema �nico de Sa�de (SUS) e tamb�m pelos planos de sa�de.
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