Borboleta rara � encontrada na Serra da Canastra, em MG

Asas pretas com detalhes em rosa: essas foram as caracter�sticas de uma borboleta que despertaram a aten��o de um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Serra da Canastra, regi�o Sudeste mineira. 

 

 

 

A Parides burchellanus, esp�cie rara de borboleta, consta na lista de alerta internacional para risco de extin��o. Mais conhecida como “Ribeirinha”, ela tem recebido a aten��o dos membros da Uni�o Internacional para Conserva��o da Natureza e dos Recursos Naturais. 

 

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Segundo os pesquisadores, essa esp�cie precisa de locais com sombra, muita �gua e de uma planta trepadeira chamada “papo-de-peru" ou "jarrinha”, essencial para a alimenta��o da borboleta na fase em que ela ainda � uma larva. Essa particularidade � respons�vel pelo seu nome popular. 

A “Ribeirinha” foi encontrada, em 2007, na regi�o de Brumadinho. Ap�s o rompimento da Barragem da Mina C�rrego do Feij�o, em 2018, a demanda pela busca destas borboletas foi retomada. 

“A gente foi a v�rias �reas, incluindo alguns pontos que t�nhamos visitado naquele primeiro trabalho (em 2007), e achamos que seriam ideais para esse monitoramento. A ‘Ribeirinha’ ocorre no Distrito Federal, em Brumadinho e, agora, na Serra da Canastra, onde foram descobertas h� pouco tempo” relata a bi�loga e pesquisadora do Programa de Ecologia da UFMG Marina Beir�o.  

 

 

No caso de Brumadinho, desde o �nicio do ano, uma equipe vai ao local semanalmente para realizar a coleta e marca��o das borboletas.  Segundo a bi�loga, depois de analisadas, as borboletas s�o devolvidas � natureza para continuarem o seu ciclo. 

O professor Frederico Neves, do Laborat�rio de Ecologia de Insetos do Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da UFMG, explica que a conserva��o do ambiente em que a borboleta se encontra � fundamental para sua sobreviv�ncia. “Se, eventualmente, a borboleta ou a planta da qual ela se alimenta desaparecem, toda uma hist�ria evolutiva � perdida. E isso pode amea�ar o equil�brio ambiental daquele local”, explica. 

Por isso, de acordo com Neves, � feito o monitoramento. “O objetivo � entender o que ocorre e utilizar as informa��es para tra�ar estrat�gias para que n�o haja algum tipo de extin��o”, diz o professor. 

Ele acrescenta que inc�ndios criminosos, desmatamento e polui��o podem provocar um efeito domin� capaz de provocar o desaparecimento n�o apenas das borboletas j� amea�adas, mas, possivelmente, de v�rios outros seres vivos.

 

* Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie. 

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