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Estado de Minas PRA�A MARAJOARA

Pra�a Raul Soares receber� tr�s pain�is do CURA e ilumina��o especial

O Cura levar� para o territ�rio a pintura das empenas, uma pintura de ch�o e uma instala��o urbana criada pelo Giramundo. O festival come�a em 21 de outubro


22/09/2021 11:05 - atualizado 22/09/2021 15:47

Caio Flávio/Área de Serviço
Caio Fl�vio/�rea de Servi�o (foto: Obra de Daiara Tukano na Avenida Amazonas anuncia a sexta edi��o)
 
Quem olha para as empenas gigantescas do Circuito Urbano de Arte (CURA), que mudam a paisagem de Belo Horizonte, nem sempre se d� conta do trabalho de arqueologia realizado pelas ideadlizadoras do festival, Priscila Amoni, Jana�na Macruz e Juliana Flores, e pelos curadores convidados. Substantivo feminino, arqueologia compreende o processo de escavar, coletar, descobrir costumes e culturas dos povos antigos. E � exatamente isso que as tr�s, e as curadoras convidadas, fizeram para a sexta edi��o do festival. 
 
Ver galeria . 10 Fotos Praça Raul Soares, ponto central da construção da nova capital de Minas Gerais, é repleta de simbolismo e segredosArquivo EM
Pra�a Raul Soares, ponto central da constru��o da nova capital de Minas Gerais, � repleta de simbolismo e segredos (foto: Arquivo EM )
 
 
 

A sexta edi��o do Cura ser� realizada de 21 de outubro a 2 de novembro na Pra�a Raul Soares que ser� transformada numa Pra�a Marajoara. O CURA levar� para l� tr�s empenas pintadas, sendo uma de artista escolhido por convocat�ria p�blica, uma pintura de ch�o, uma instala��o urbana criada pelo Giramundo. A arqueologia da Pra�a Raul Soares reafirma o di�logo com os povos origin�rios,  dando visibilidade ao Rio Amazonas, aos rituais e costumes que se alimentam daquelas �guas .
 
Ter� tamb�m um ato no dia 2 de novembro, em lembran�a �s vidas perdidas pela COVID-19, e o lan�amento do cat�logo contando a hist�ria das edi��es anteriores. Como em outras edi��es, o  festival tamb�m cria  novo espa�o de contempla��o de arte urbana em BH.
 
As pinturas mudam  a paisagem do ponto de vista est�tico e convocam os belo-horizontinos a conhecerem um pouco mais da pr�pria cidade. Dessa vez, como as curadoras bricam, a "nave" do Cura aporta na Pra�a Raul Soares. Viagem essa que tamb�m ser� conduzida pelo olhar das curadoras convidadas, a pesquisadora, a mulher do Povo Terena, artista e educadora Naine Terena de Jesus e a artista visual Falviana Lasan foram convidadas para a curadoria. A palavra territ�rio ganha cada vez mais for�a dentro do festival.
 

“O CURA deste ano � um festival que amadureceu. Cresceu com a gente e consegue se aprofundar muito mais", revela Priscila Amoni. Com o sucesso das edi��es anteriores, as curadoras receberam convites para realiz�-lo em outras cidades, como Rio, S�o Paula e Bras�lia. No entanto, elas seguem firme no prop�sito de colocar a capital mineira no mapa da arte urbana mundial. "A gente ama BH e vai fazer o mundo vir para BH. Colocar a cidade no mapa mundial do graffitti, arte urbana e muralismo", completa Priscila.
 
Flaviana Lasan destacou o di�logo com as cosmovis�es de povos origin�rios e da di�spora afro-atlt�nticas. Naine apontou o  desafio pensar em atividades que envolvem as artes urbanas e artes nas ruas.    
 
Pintura da artista Lidia Viber
Pintura da artista Lidia Viber (foto: Caio Fl�vio/�rea de Servi�o)
 

Perspectiva circular para descobrir o territ�rio 

 
A descoberta de faces da cidade ocorreu no territ�rio da rua Sapuca� e depois com o Bairro Lagoinha.O tema deste ano � "Voc� n�o est� sozinha" e dialoga com obras de edi��es anteriorres como o Abra�o, do artista DMS. A pintura das empenas se transformou em um evento importante no calend�rio cultural da cidade.
 
Momento para apreciar o trabalho dos artistas e encontrar os amigos. No entanto, devido �s restri��es decorrentes do enfrentamento � pandemia, ser� um pouco diferente. A Prefeitura de Belo Horizonte ainda n�o liberou a realiza��o de eventos, portanto, o CURA seguir� a determina��o.
 

Mas o CURA n�o renunciar� a voca��o de criar espa�os de conviv�ncia e contempla��o da arte. Neste ano, investir� numa ilumina��o especial da pra�a. "A gente quer transformar lugar lindo e interessante n�o s� dia como � noite para apreciar as obras", afirma Juliana Flores. E esse ano as obras estar�o dispostas de forma circular em bem mais pr�ximas do p�blico. "As obras estar�o bem de pertinho. Estar�o muito mais pr�ximas que no mirante da Sapuca�", completa. As curadoras afirmam que ser� uma experi�ncia imersiva de aprecia��o art�stica.

O festival fechar� para carros a primeira faixa da Avenida Amaz�nica durante o per�odo de realiza��o das pinturas, A��o que abre espa�o para pedestres e ciclcistas. A ilumina��o permitir� a aprecia��o da instala��o do Giramundo tamb�m � noite e a Pra�a receber� uma ilumina��o c�nica. 

As curadoras saem da Rua Sapuca�, passam pela Amaz�nia em dire��o a Pra�a Raul Sores. N�o por acaso Sapuca� � uma palavra do Tupi Guarani e significa "rio que grita". A partir do Cura Lagoinha, as idalizadoras entenderam a import�ndcia de pesquisar o territ�rio se comprometer com ele socialmente. "Na Lagoinha a gente se aprofunda nisso. J� acontecia na Sapuca�".
 

Na Pra�a Raul Soares, em vez de ser um mirante, o p�blico fica no meio. As obras est�o em volta, seguindo a ideia de circularidade. A obra M�e-Selva Menino Rio, primeira empena feita por uma mulher ind�gena no mundo, abre o portal para o Rio Amazonas. As curadores lembraram uma afirma��o da artista Daiara Tukano: "A m�e do Rio � a Selva. Plantando a Selva plantamos o rio. Portal anunciando o Cura 2021".
 
Obra de Diego Mouro, artista de São Paulo que foi selecionado pela convocatória da edição passada
Obra de Diego Mouro, artista de S�o Paulo que foi selecionado pela convocat�ria da edi��o passada (foto: Caio Fl�vio/�rea de Servi�o)
 

O piso da pra�a recebe mosaico portugu�s com grafismos marajoara, povo ind�gena considerado extinto". Os marajoaras t�m tradi��o de urnas funer�rias gigantescas. Ilha Maraj�, ilha onde des�gua o rio Amazonas. N�o por acaso, est� ali."A escolha da pra�a veio de um sonho da Jana. Ela sonhou com isso e trouxe para gente", afirma Priscila.
 
A fonte tem forma da cruz inca a Chakana. "Ela aparece no estilo de v�rios povos que habitam a regi�o do Rio Amazonas". Essa cruz rodeada por raios de sol, cruz andina, de v�rios significados. As curadoras lembram que o  Rio Amazonas avenida estil�stica do povo brasileiro, transitavam e trocavam ali.  Tamb�m h� di�logo com a cosmogonia das religi�es africanas. A pra�a � vista de cima como uma grande encruzilhada, o encontro entre os mundos. "Trazendo energia de Exu. Trabalhar pelas narrativas n�o oficiais" 
 

ONDE FICAR�O AS EMPENAS

 
Empena 1 - Edif�cio Levy na Avenida Amazonas
Empena 2 - Edif�cio Paula
Empena 3 - Convocat�rioa para pintar o Edif�cio Savoy





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