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Estado de Minas DIVERSIDADE NO OSCAR

Oscar da diversidade: atriz queer e o primeiro ator surdo levam estatuetas

Cerim�nia foi marcada pela busca por mais diversidade na premia��o, que tamb�m contou com apresenta��es feitas por negros, LGBTQIA e uma cadeirante


28/03/2022 12:50 - atualizado 28/03/2022 13:56

Troy Kotsur, vencedor do prêmio de Ator Coadjuvante por 'CODA' posa na sala de imprensa na 94ª edição do Oscar em Hollywood
Troy Kotsur � o primeiro ator surdo a ganhar um Oscar (foto: David Livingston)


A premia��o do Oscar mostrou que est� mais atento �s cr�ticas e coment�rios sobre a representatividade de grupos diversos nas indica��es, principalmente depois do cancelamento da transmiss�o do Globo de Ouro 2022 devido �s manifesta��es que exigiam maior diversidade em Hollywood. Desde a escolha dos apresentadores das categorias at� os vencedores, � poss�vel ver uma mudan�a gradual em andamento. 

A entrega da premia��o, na noite de domingo (27/03), foi marcada pelo filme “No ritmo do cora��o”, que conquistou tr�s estatuetas. O filme acompanha uma fam�lia de surdos na qual Ruby (Emilia Jones) � a �nica que n�o � deficiente auditiva, sendo a conex�o da fam�lia com o resto do mundo. A produ��o teve o cuidado de que os personagens surdos da trama fossem interpretados por atores que tamb�m tinham a defici�ncia.  

O longa rendeu o pr�mio de Melhor Ator Coadjuvante para Troy Kotsur, no papel de Frank Rossi, o primeiro ator surdo a ganhar um Oscar. Troy contracena no filme com Marlee Matlin, a primeira atriz surda a vencer um Oscar pelo filme Filhos do Sil�ncio, em 1987.

"Quero dizer que este pr�mio � dedicado � comunidade de d�ficit auditivo, � comunidade CODA (Child of deaf adult - filho de adulto surdo em tradu��o livre) e � comunidade de pessoas portadoras de defici�ncia. Este � o nosso momento. Para a minha m�e, o meu pai e meu irm�o, Mark: eles n�o est�o aqui hoje, mas olhem para mim. Eu cheguei aqui!", declarou Troy em seu discurso feito em l�ngua de sinais. A fala do ator foi aplaudida em sinais pela plateia de p�.

Diversidade nas premia��es

Al�m do pr�mio de Melhor Ator Coadjuvante, “No Ritmo do Cora��o” tamb�m ganhou o pr�mio de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme, pr�mio que foi anunciado por Lady Gaga e Liza Minnetti. Aos 76 anos, Liza foi acolhida por Gaga que segurou sua m�o, quando ela titubeou ao falar.  “Estou com voc�”, disse � colega de apresenta��o que � cadeirante.

Na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante o Oscar foi para Ariana DeBose, pelo filme “Amor, Sublime Amor” no papel de Anita. Ariana � a primeira afrolatina e abertamente queer a ganhar o pr�mio. A atriz usou um conjunto de blusa e cal�a vermelhos, completado por uma capa tamb�m vermelha, e em resposta para quem opina sobre ela se vestir como homem ou como mulher, disse apenas que estava se vestindo como ela mesma.

Atriz Ariana DeBose posa com seu Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por 'West Side Story' na sala de imprensa durante o 94º Oscar no Dolby Theatre em Hollywood
Ariana DeBose � a primeira afro-latina a ganhar o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante (foto: FREDERIC J. BROWN)


"Imagine essa menina no banco de tr�s de um Ford Focus branco. Olhe nos olhos dela, veja uma mulher de cor abertamente queer e afro-latina que encontrou sua vida e sua for�a na arte. Isso � o que acredito que celebramos aqui. Ent�o, se algu�m, alguma vez, questionou a sua identidade, prometo a voc�, h� um lugar para n�s", afirmou Ariana em seu discurso ao receber o pr�mio. 

Jane Campion ganhou o Oscar de Melhor Dire��o com “Ataque dos C�es”, a primeira vez que duas mulheres vencem na categoria em anos consecutivos. Ano passado Chloe Zhao ganhou a estatueta por “Nomadland”. 

Na categoria de Melhor Anima��o o vencedor foi “Encanto”, anima��o da Disney sobre uma fam�lia com poderes m�gicos que se passa na Col�mbia. Al�m dos personagens serem representados com caracter�sticas latinas, Mirabel � a primeira personagem principal da Disney a usar �culos. 

Apresenta��es marcantes

O in�cio da cerim�nia foi emblem�tico por trazer as atletas negras, Serena e V�nus Willians, cuja vida e rela��o com o pai foi inspira��o para o filme "King Richard: Criando Campe�s" que fizeram a chamada para a apresenta��o de Beyonc�, que concorria ao pr�mio de Melhor Can��o Original com “Be Alive”. A can��o foi interpretada ao vivo da quadra onde as irm�s treinavam t�nis no in�cio da carreira e contava com orquestra, coral e time de dan�arinas totalmente formado por mulheres.

A atriz e comediante norte-americana Amy Schumer (esquerda), a atriz e comediante norte-americana Wanda Sykes (centro) e a atriz norte-americana Regina Hall falam no palco durante o 94º Oscar no Dolby Theatre em Hollywood
Amy Schumer, Wanda Sykes e Regina Hall, fizeram o discurso inicial do Oscar (foto: ROBYN BECK)


Na sequ�ncia, Amy Schumer, Wanda Sykes e Regina Hall, duas atrizes negras e uma l�sbica, fizeram o discurso inicial com severas cr�ticas ao sexismo, e � LGBTfobia. "� mais barato contratar tr�s mulheres do que apenas um homem para apresentar a cerim�nia", declarou Wanda. O trio ainda fez refer�ncia � carta dos funcion�rios da Pixar contra o apoio da Disney � um pol�tico que era a favor da aprova��o da Lei apelidada de “Don’t say gay” (n�o diga gay) no estado de Fl�rida, afirmando “gay, gay, gay” diversas vezes no palco.

A noite tamb�m teve apresenta��o de Elliot Page, Jennifer Garner e J. K. Simmons, todos do elenco de “Juno” (2007), em comemora��o dos 15 anos do longa. Na �poca das filmagens de Juno, Elliot ainda se identificava como Ellen, e surge na cerimonia do Oscar j� com a transi��o completa. 

Ou�a e acompanhe as edi��es do podcast DiversEM




 
*Estagi�ria sob a supervis�o de M�rcia Maria Cruz 


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