
Abrindo o M�s do Orgulho LGBTQIA, a primeira sexta-feira de junho (03/06) marca o lan�amento de "Lend�ria (A Maior)", da cantora e compositora belo-horizontina Lua Zanella. A faixa narra a trajet�ria de autoconfian�a de Lua enquanto artista e travesti e fala sobre n�o aceitar ser colocada num lugar menor do que as outras pessoas por ser uma mulher trans.
Lua Zanella iniciou sua carreira em 2019, mesmo ano em que se descobriu uma mulher trans, e a m�sica fez parte desse processo de autorreconhecimento. Seu primeiro lan�amento foi a m�sica “Popotch�o”, e ano passado lan�ou seu primeiro EP, “Dama de Paus”, com participa��es de Paige, Della Vitti e In Morais. O disco aborda as viv�ncias da artista, que canta sobre o corpo trans, a liberdade sexual, a for�a do folclore e a cidade de BH.
Influ�ncias musicais
Em sua trajet�ria Lua busca levar divertimento ao p�blico, ao mesmo tempo que aborda discuss�es pol�ticas acerca do corpo, da heteronormatividade, dentre outros assuntos. Seu ritmo principal � o pop com influ�ncias do rap, que exercita participando de batalhas de MC’s.
H� dois meses come�ou a frequentar a Batalha do 402, no Jardim Riacho das Pedras, em Contagem, e foi campe� da primeira batalha que participou. “Ocupar esse espa�o � muito foda, � muito forte, � muito potente, porque n�o tem outras trans batalhando em BH ou regi�o. Ent�o ocupar esse espa�o e perceber que t� sendo acolhida nesse espa�o � muito bonito, tem sido muito bom, eu descobri uma nova paix�o”, conta Lua, que foi convidada para ser jurada de duas pr�-seletivas pro duelo de MC’s nacional.
Como artista ainda quer se aventurar por outros ritmos e tem�ticas. Ainda esse m�s vai lan�ar um piseiro em parceria com Alana Fox e em julho lan�ar� um single com seu irm�o explorando o funk.
“A m�sica � um pilar na minha vida. Eu comecei tocando violino na igreja e eu comecei a me apaixonar por harmonia por arte por melodia. A� eu entrei no Valores de Minas em 2013 e tive acesso ao canto de coral, e me apaixonei por cantar. A partir da� eu percebi que eu n�o conseguiria viver sem fazer arte, eu n�o conseguiria viver sem cantar”, afirma a artista.
Orgulho LGBTQIA
Sobre o M�s do Orgulho LGBTQIA, Lua fala da import�ncia de colocar corpos que geralmente marginalizados em evid�ncia, e mostrar que s�o como qualquer pessoa que n�o est� inclu�da na sigla, que merecem os mesmos direitos e as mesmas oportunidades.
“� s� o m�s virar que as empresas j� colocam os logos de arco-�ris, frases bem gen�ricas a respeito dos LGBTQIA+”, aponta Lua. “A gente sabe que as mulheres trans e as travestis tem pouca oportunidade no mercado de trabalho. Porque essas empresas n�o acolhem de uma forma verdadeira, dando oportunidade de trabalho? Colocar um abandeira numa p�gina na rede social � muito f�cil, mas a oportunidade de fato a gente n�o enxerga no restante do ano”, conclui.
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