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Estado de Minas EDUCA��O

Museu da Vida fomenta debate de propostas para universidade ind�gena

Encontro com educadores comemora 123 anos da Fiocruz


26/05/2023 16:21
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Museu da Vida
O museu fica localizado no bairro de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro (foto: Fernando Fraz�o/Ag�ncia Brasil)
Uma intensa programa��o no Museu de Vida da Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) permite ao p�blico partilhar da vis�o e do conhecimento dos ind�genas da Aldeia Maracan�, aldeia urbana que re�ne povos de v�rias etnias localizada no bairro do Maracan�, na zona norte do Rio de Janeiro. A lista de atividades � extensa, com oficina de grafismo corporal, de tupi-guarani, conta��o de hist�rias, feira de artesanato e medicina da floresta e apresenta��o de c�nticos.

As atividades integram as comemora��es dos 123 anos da Fiocruz e dos 24 anos do Museu da Vida. Toda a programa��o foi organizada em parceria com a Aldeia Maracan�.

“Pensar e planejar o evento com o museu tem sido uma troca de emo��es, mem�rias e afetos. A todo instante, sentimos muito respeito � cultura e � espiritualidade dos povos origin�rios”, diz M�nica Lima Tripuira Kuarahy Mana� Arawak, professora da Universidade Pluri�tnica Ind�gena Aldeia Maracan�, doutora em biologia e servidora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e da Secretaria de Estado de Educa��o.
Na quinta-feira (25), um encontro com professores apresentou as propostas educativas da institui��o e compartilhou o trabalho colaborativo desenvolvido com as escolas.  

Uma das atra��es do encontro, com o tema Universidade Pluri�tnica Ind�gena Aldeia Maracan� na Perspectiva do Bem-Viver: Medicina da Floresta, foi a participa��o de M�nica e Amanda Goytac�, educadora popular e terapeuta natural da Aldeia Maracan�. O evento abordou quest�es ligadas � exist�ncia de povos ind�genas em situa��o urbana e � constru��o coletiva de uma universidade ind�gena.

Estruturada dentro da Aldeia Maracan�, a universidade foi pensada pelos ind�genas como um espa�o para desenvolvimento das atividades de preserva��o, estudo, pesquisa, ensino e difus�o das culturas origin�rias do Brasil e de outras partes da Am�rica. "Existe para cultivar e promover o compartilhamento de conhecimentos tradicionais, al�m de desenvolver a consci�ncia sobre a nossa cultura e valoriz�-la, ajudando a criar um sentimento de pertencimento”, explicou M�nica, em entrevista � Ag�ncia Brasil.

Segundo a professora, o sucesso individual � supervalorizado na sociedade atual, reduzindo a for�a do coletivo no dia a dia. Ela disse que, com isso, o desequil�brio entre "o eu e o n�s", tem como sintomas as dificuldades de comunica��o, competi��o a todo momento, desigualdade social, depress�o, viol�ncia, emerg�ncia clim�tica, entre outros.

A professora ressaltou ainda que, nas comunidades ind�genas, onde grande parte das atividades � compartilhada, aprendem-se valores para uma melhor conviv�ncia comunit�ria. “Valorizamos a identidade cultural. Ter consci�ncia sobre a pr�pria cultura e valoriz�-la ajuda a criar um sentimento de pertencimento. Sabemos viver em comunidade porque sabemos que somos ind�genas”. Para a educadora, os n�o ind�genas, ao negligenciar sua origem, perdem-se e trilham um caminho competitivo, no qual tentam ser melhores do que os outros.

De acordo com M�nica, o evento possibilita a abordagem de aspectos da medicina da floresta e da cosmovis�o ind�gena. “Penso que as pessoas do museu est�o se aprofundando neste resgate ancestral a cada contato conosco”, ressaltou. A professora ressaltou que os visitantes podem, inclusive, vivenciar a espiritualidade dos povos da floresta, pois � na floresta que reside toda ci�ncia e vida.
“Sa�de tem a ver com o nosso bem viver,. Ent�o, combinar os dois saberes, a ci�ncia acad�mica e a ci�ncia ancestral dos povos origin�rios � uma combina��o que vai nos levar a cura – essa conex�o nos faz retornar a uma sa�de que � a ess�ncia, uma sa�de preventiva", afirmou.

M�nica destacou a expectativa de que o encontro traga desdobramentos futuros, divulgando aos visitantes as mais urgentes pautas ind�genas e ajudando na forma��o de parcerias dentro e fora da Fiocruz em quest�es como o combate �s viola��es e viol�ncias contra os povos origin�rios. A professora ressaltou ainda quest�es como a demarca��o da Aldeia Maracan� e da Universidade Pluri�tnica Ind�gena e a necessidade de mais aten��o � Casa do �ndio, localizada na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro.


Museu da Vida

Criado em 1999, o Museu da Vida fica no campus da Fiocruz em Manguinhos, zona norte do Rio. Trata-se de um centro dedicado � preserva��o da mem�ria da Fiocruz e �s atividades de divulga��o cient�fica, pesquisa, ensino e documenta��o da hist�ria da sa�de p�blica e das ci�ncias biom�dicas no Brasil.

O evento que celebra o anivers�rio do museu termina neste s�bado (27). Toda a programa��o, das 9h �s 16h, tem entrada gratuita, mas � necess�ria inscri��o pr�via para as atividades, com exce��o de amanh�, quando o museu est� aberto ao p�blico em esquema de visita��o livre.


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