
Valad�o associou as viv�ncias das pessoas homoafetivas a um comportamento "desviante, pecaminoso, imoral e, portanto, algo a ser odiado e recha�ado". Quase um m�s depois, em 2 de julho, o religioso fez declara��es ainda mais preconceituosas, incitando a viol�ncia f�sica.
A procuradoria destacou que, em 4 de junho, "J� em 2 de julho, tamb�m em transmiss�o ao vivo, Valad�o subiu mais um degrau na escalada de �dio e viol�ncia, incitando os fi�is a matarem pessoas LGBTQIA . Em trecho do culto, ap�s mencionar “que se Deus pudesse mataria todos pra come�ar tudo de novo”, o pastor diz: “T� com voc�. Sacode uns quatro do teu lado e fala: vamos pra cima!”. A fala do l�der religioso � clara ao estimular os crist�os a repudiarem e a atacarem fisicamente essa coletividade de pessoas que, socialmente, j� se encontra em situa��o de vulnerabilidade social", afirma o documento enviado ao Poder Judici�rio.
A procuradora da Rep�blica Ludmila Oliveira, que assina a pe�a, afirma que o discurso "ultrapassa em muito a liberdade religiosa e de express�o". O MPF diz que na fala destaca-se o "tom agressivo e permeado de ataques � popula��o LGBTQIA , com a inten��o de estimular os fi�is a estigmatizar, isolar e ir pra cima para matar tais pessoas. Inclusive, outros pastores criticaram a propaga��o de discurso de �dio de Valad�o, condenando o uso descontextualizado de trechos da B�blia para justificar as falas transhomof�bicas".
A a��o tamb�m pede que Valad�o se retrate sobre o caso e arque com pe�as publicit�rias contra a homofobia. O MPF tamb�m encaminhou of�cio �s empresas Meta Plataform (respons�vel pelo Instagram e Facebook) e Google Brasil (respons�vel pelo YouTube) para analisarem o v�deo e as postagens de Andr� Valad�o e "submet�-los � modera��o de conte�do, diante da poss�vel viola��o � pol�tica de combate ao discurso de �dio dessas plataformas". O Google respondeu, dizendo que o v�deo foi avaliado e n�o representa viola��o �s pol�ticas da plataforma.