
Em 2022, Roraima foi o estado que concentrou mais assassinatos, respondendo por 41. Mato Grosso do Sul vem logo atr�s, com 38, seguido pelo Amazonas, com 30. Tal tend�ncia j� podia ser constatada nos anos anteriores de an�lise. Apenas Goi�s e Rond�nia permaneceram sem registrar nenhuma ocorr�ncia desse tipo, o que demonstra que o luto � uma realidade com a qual convivem diferentes povos ind�genas em todos os pontos do territ�rio brasileiro.
Em rela��o �s viol�ncias cometidas contra pessoas, classe que inclui, al�m dos assassinatos, outros tipos de viol�ncia n�o letais, o ano passado chegou ao fim com um total de 416 casos. Esse n�mero � 15,2% superior ao de 2021. Dentro dessa categoria, as amea�as de todo tipo praticamente dobraram quando comparados os registros do ano passado com os de anos anteriores, assim como os casos de racismo e discrimina��o e as viol�ncias sexuais.
Clima de tens�o
Em muitos casos, as execu��es ocorrem ap�s uma sucess�o de acontecimentos, que eleva o clima de tens�o na regi�o. O monitoramento das disputas que tomam conta dos territ�rios � tamb�m parte do trabalho do Cimi, que apresenta esses detalhes desses dados.
O documento tamb�m traz n�meros sobre viol�ncia contra o patrim�nio. Esses casos totalizaram 467, um aumento de 10,4% na compara��o com o ano de 2021, quando o total foi de 423. A categoria inclui conflitos relativos a direitos territoriais, invas�es de terra, explora��o ilegal de recursos naturais e danos ao patrim�nio.
O Cimi documenta ainda como a falta de atua��o do poder p�blico afetou os ind�genas em 2022. Nesse contexto, o dado mais expressivo � o relacionado � mortalidade infantil, que abrange 835 casos.
Esse recorte traz 72 casos de desassist�ncia geral; 39 na �rea de educa��o; 87 na �rea da sa�de; 40 mortes ocasionadas por desassist�ncia de atendimento de sa�de; e cinco casos de dissemina��o de �lcool e outras drogas. O relat�rio destaca tamb�m que 115 ind�genas cometeram suic�dio.