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Estado de Minas

Trabalhadoras dom�sticas e patroas divergem sobre novas regras da OIT


postado em 24/06/2011 11:31

Trabalhadoras dom�sticas e patroas divergem em rela��o � efic�cia e aos benef�cios das novas regras sobre o trabalho dom�stico estabelecidas pela conven��o da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT). Para Maria do Ros�rio, 43 anos, empregada dom�stica, o conjunto de normas pode melhorar a vida das trabalhadoras.

“Fiquei muito feliz, n�o por mim, mas por todas as minhas colegas de profiss�o. Aqui eu j� tenho carteira assinada e sempre que preciso de qualquer coisa sei que posso contar com a minha patroa. Agora, espero que a popula��o d� mais valor �s empregadas dom�sticas porque eu j� trabalhei em casas em que eu era muito mal tratada”, disse.

Maria do Ros�rio trabalha h� mais de dez anos na casa da advogada Fernanda Soares, 52. Para a advogada, as novas medidas s�o boas e podem beneficiar um grande n�mero de trabalhadoras.
“Elas s�o trabalhadoras, como qualquer outro profissional, saem cedo de casa, muitas vezes, deixam de cuidar de sua pr�pria

casa ou dos seus filhos para cuidar dos nossos, por isso, sou muito compreensiva com ela, e sei que, infelizmente, essa compreens�o n�o ocorre em todas as casas.”

J� a dom�stica Lucimara da Silva, 37 anos, acredita que as novas regras n�o v�o mudar o dia a dia das trabalhadoras uma vez que muitas delas t�m medo de cobrar seus direitos. “Acho v�lido a disposi��o em melhorar as condi��es de trabalho, mas n�o acredito que v� afetar muitas pessoas n�o porque as empregadas, muitas vezes, t�m medo de cobrar essas coisas dos patr�es.”

Sua patroa, a aposentada Isadora Martins, 67, discorda de medidas como a hora-extra. “A gente trabalha o dia todo e n�o tem como controlar se realmente n�o deu tempo de realizar todo o servi�o. J� tive v�rias empregadas. Muitas delas ficavam enrolando no servi�o e, depois, faziam tudo correndo para ir embora logo”, afirmou.

Ela disse ainda que apoia medidas como assinar a carteira e acredita que as trabalhadoras devam receber um sal�rio justo, entretanto, critica algumas trabalhadoras que, segundo ela, se aproveitam da boa-f� das patroas. “Elas tamb�m t�m que ter bom senso. Muitas se aproveitam da falta de pessoas no mercado para abusar da nossa paci�ncia. Hoje, eu tenho uma pessoa de extrema confian�a h� mais de tr�s anos, mas foi dif�cil encontrar algu�m que realmente quer trabalhar”, disse a aposentada.

A conven��o da OIT sobre trabalhadoras dom�sticas foi aprovada na �ltima semana e, para ter validade, � preciso que dois pa�ses a ratifiquem.


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