Estudo divulgado nesta quarta-feira pela Federa��o das Ind�strias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que a tarifa m�dia de energia el�trica para a ind�stria brasileira, de R$ 329 por megawatt-hora (MWh), � cerca de 50% maior que a tarifa m�dia internacional de R$ 215,50. O estudo considera os dados de 27 pa�ses, dispon�veis na Ag�ncia Internacional de Energia (IEA, do ingl�s International Energy Agency).
O gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Cristiano Prado, disse � Ag�ncia Brasil que a diferen�a de valor tira a competitividade da ind�stria nacional. “Aumenta o pre�o dos produtos internamente e dificulta a competitividade dos nossos produtos que s�o vendidos externamente”. Em rela��o � R�ssia, �ndia e China, pa�ses emergentes que com a �frica do Sul integram o chamado grupo Brics e pagam, em m�dia, R$ 140,70 pela energia industrial, a diferen�a de tarifa ultrapassa os 130%.
O custo de gera��o, transmiss�o e distribui��o de energia no Brasil � mais caro do que o custo final de energia dos tr�s principais parceiros internacionais do pa�s, que s�o a Argentina, os Estados Unidos e a China. Enquanto ele � R$ 165 por MWh no Brasil, na China o custo atinge R$ 142,4, nos Estados Unidos, R$ 124,7 e, na Argentina, R$ 88,1.
O estudo da Firjan mostra que 14 encargos respondem por 17% da tarifa final de energia el�trica da ind�stria. Somente os tributos federais e estaduais, incluindo PIS/Cofins e o Imposto sobre Circula��o de Mercadorias (ICMS), representam 31,5% da tarifa, na m�dia.
O custo total da tarifa de energia � mais alto em Mato Grosso (R$ 419,2), enquanto o mais baixo � encontrado em Roraima (R$ 255,9). “Ainda assim, o [custo] mais baixo no Brasil � mais alto que a m�dia mundial”, disse o gerente da Firjan.
Prado lembrou que em 2015, vencer�o as concess�es para gera��o de energia el�trica. A discuss�o atual � se ser� feita uma nova licita��o ou se o prazo ser� postergado. Ele defendeu que “independentemente da decis�o final do governo, se n�s n�o considerarmos uma redu��o de, no m�nimo, 35% do custo de gera��o, transmiss�o e distribui��o de energia, a gente est� fora do jogo da competitividade mundial. A gente vai continuar discutindo quest�es de c�mbio e juros, sem atacar as quest�es que, estruturalmente, s�o relevantes para a ind�stria do Brasil”.
Para Prado, a situa��o � “alarmante”. O estudo evidencia a necessidade de o governo federal e a sociedade como um todo tratarem com urg�ncia do problema. “Porque, se quisermos ser competitivos nos pr�ximos anos, n�o basta s� tratar de quest�es de c�mbio e juros. A gente precisa atacar quest�es estruturais. E energia � uma delas“.
A Firjan adverte, ainda, que mesmo considerando um cen�rio melhor, como o leil�o de energia nova A-3, que dever� ser realizado este m�s e que estabelece um pre�o-teto de R$ 280 por MWh, a tarifa de energia industrial brasileira continuar� acima da tarifa cobrada em outros pa�ses. Os dados contidos no estudo da Firjan est�o sendo avaliados pela Secretaria de Energia El�trica do Minist�rio de Minas e Energia (MME), informou o MME, por meio de sua assessoria de imprensa.