A disparada da cota��o do d�lar em rela��o ao real permitiu aos produtores e exportadores agr�colas compensar as quedas de pre�os no mercado internacional de commodities e, no caso do caf�, n�o foi diferente. Mas a alta n�o deve se sustentar por muito tempo. Segundo estimativa do diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Caf� do Brasil (Cecaf�), Guilherme Braga, o valor da moeda norte-americana vai cair, “n�o para o mesmo n�vel que estava, em torno de R$ l,60, mas deve ficar pr�ximo de R$ l,75”.
No in�cio do dia, a cota��o atingiu R$ l,95, mas, em uma hora, baixou para R$ 1,87 ap�s as interven��es do Banco Central, que fez opera��es de swap cambial (compra e venda de moeda no mercado futuro). A autoridade monet�ria vendeu US$ 2,7 bilh�es em contratos futuros, de um total ofertado de US$ 5,6 bilh�es. S� este m�s, at� �s 14h20 de hoje, o d�lar se valorizou 15,95%.
De acordo com ele, em raz�o da crise econ�mica que atinge os Estados Unidos e os pa�ses da zona do euro, os pre�os do caf� chegaram a cair 3,5% ontem. Apesar do ceticismo dos analistas em rela��o �s medidas tomadas pelos Estados Unidos para evitar uma recess�o e das incertezas referentes ao endividamento da Gr�cia, de Portugal e da It�lia, est�o mantidas as proje��es de crescimento de 10% da receita de exporta��o do caf� brasileiro. O valor dever� passar de US 7,4 bilh�es para US$ 8,2 bilh�es, com 32 milh�es de sacas embarcadas, ante 33 milh�es no ano passado.