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Estado de Minas

Medidas cambiais da Argentina podem ser insuficientes


postado em 28/10/2011 11:44

As medidas argentinas de conten��o da sa�da de capitais do pa�s podem n�o ser suficientes para evitar uma desvaloriza��o do peso no curto prazo, avaliam analistas de mercado ouvidos pela Ag�ncia Estado. O mercado prev� que a taxa de c�mbio do peso em rela��o ao d�lar dever� registrar uma deprecia��o at� o fim do ano, passando dos atuais 4,265 pesos por d�lar para entre 4,40 a 4,50 pesos por d�lar. Uma fonte do BC garantiu � AE que a autoridade monet�ria n�o permitir� oscila��es abruptas da moeda. "O BC est� acompanhando os movimentos e tomar� todas as medidas necess�rias", avisou a fonte do BC.

No mercado, h� boatos de que a autoridade monet�ria poder� impor maiores restri��es para a compra de d�lares. "O governo n�o pode deixar o c�mbio fixo como est�, e para atuar tem duas op��es: ou fazer uma desvaloriza��o forte ou deixar o c�mbio continuar deslizando, como tem feito at� agora, mas em um ritmo mais r�pido", opinou o ex-secret�rio de Finan�as Miguel Kiguel, analista da consultoria Econviews. "A expectativa � chegar a uma corre��o maior do c�mbio, em torno de 18%, em lugar de 7%, como ocorreu neste ano", afirmou um diretor de um banco estrangeiro instalado no pa�s, que prefere n�o ser identificado. O executivo explicou que a corre��o � importante para acompanhar a infla��o, que tende a ser menor no pr�ximo ano, mas tudo vai depender das negocia��es salariais.

Em 2011, a infla��o anual medida pelo governo � de 10,9%, enquanto o c�lculo feito por analistas privados varia de 22% a 25%. A m�dia dos reajustes salariais tamb�m ficou na faixa de 25%. Fontes da Uni�o Industrial da Argentina (UIA) informaram que "h� o entendimento no governo de que n�o ser� poss�vel validar aumentos similares aos concedidos neste ano". A ideia � reduzir as expectativas inflacion�rias com acordos de reajustes salariais em torno de 18%.

A alta dos pre�os tem motivado as compras de d�lares por parte de pessoas jur�dicas e f�sicas, que temem desvaloriza��es profundas da moeda nacional. Para conter essa busca por d�lares, o Banco Central da Rep�blica Argentina (BCRA) tem sofrido uma grande press�o sobre as reservas internacionais. O quadro se completa com a menor entrada de divisas na Argentina. "A soja vale menos, e entram menos d�lares dessas exporta��es. O real tamb�m teve corre��o, o que tamb�m reduz a competitividade das exporta��es argentinas", ressaltou Kiguel. Some-se a isso o forte movimento de sa�da de capitais do pa�s em 2011, que j� chega a US$ 21,8 bilh�es, em compara��o com a fuga total de US$ 11,4 bilh�es em 2010. Segundo c�lculos da Empiria Consultores, a fuga de capitais chegar� a US$ 3,6 bilh�es em outubro, um volume recorde. Se o valor for confirmado, ser� a segunda maior fuga de capitais desde 2002, o primeiro ano depois do default da d�vida. O maior volume de sa�da de recursos da Argentina desde ent�o ainda � o de outubro de 2008, ap�s o colapso do Lehman Brothers e a estatiza��o dos fundos de pens�o pelo governo argentino, com US$ 4,35 bilh�es.

Os operadores das mesas de c�mbio disseram, no entanto, que o mercado se acalmou com a nova norma, anunciada na quarta-feira, que obriga as empresas de petr�leo e g�s e as mineradoras a venderem os d�lares obtidos pelas exporta��es no mercado dom�stico. Ontem, outra medida refor�ou a anterior, dando prazo at� 31 de dezembro �s seguradoras para repatriarem seus ativos no exterior. O BC estima que a primeira medida produza o ingresso de US$ 4 bilh�es a US$ 5 bilh�es por ano no mercado dom�stico. At� dezembro de 2011, a medida traria cerca de US$ 1 bilh�o. Com a segunda norma, o mercado receberia mais US$ 1,6 bilh�o at� o fim deste ano. "� como jogar um balde de �gua em uma terra castigada pela seca. Ajuda, mas n�o resolve o problema de fundo", resume Kiguel.


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